Não sei porquê cargas d’água resolvemos visitar a Concha Y Toro após o almoço, ou melhor, após um Mac Minhoca dos grandes e num dia de imenso calor. Calma aí­. Não tí­nhamos o hábito de comer este tipo de comida. Enquanto estivemos no Chile comemos tudo quanto era comida tí­pica.

Já começávamos o dia com um bom pan de pascua ou um pan amasado com geléia. Depois.. empanadas, pollo, porotos verdes, pastel de choclo.. Papas fritas, então… nem se fala! No Atacama também comemos vários pratos diferentes, de modo que nunca poderemos ser acusados de preconceito alimentar. Ocorre que, neste dia, estávamos (isto mesmo, os dois) sofrendo as conseqí¼ências de uma pequena complicação intestinal e resolvemos almoçar algo familiar.

Sede da Concha Y Toro

Então, depois de um bom sanduí­che, numa tarde bem quente, fomos í  Concha Y Toro degustar alguns vinhos.A viní­cola é bastante bonita; tem uma sede linda, um casarão estilo década de 50. O que nos decepcionou um pouco é que você não vê o vinho sendo produzido. O guia te leva a uns vinhedos, explica a origem da empresa, que é gigante, diz algumas gracinhas como é comum em passeios guiados… e fica nisto. Você degusta 3 tipos de vinho. Um branco e dois tintos, sendo um destes, claro, o Casillero del Diablo.

Uvas

Como disse, estava muito quente e, pelo menos pra mim, um dia não muito propenso a vinhos, de modo que acabei jogando fora – disfarçadamente – o resto da terceira taça. Mas é legal o esquema que eles montaram para promover o Casillero del Diablo. Há uma adega climatizada abaixo do solo e lá eles fizeram uma espécie de cela onde o demo encontra-se aprisionado. Mas, sério, achei meio engana turista o passeio na Concha Y Toro. Muito caro, muito rápido e pouco a se ver.

Mas valeu, principalmente pela região onde se localiza a viní­cola, que é muito bela. Fiquei imaginando aquilo ali no inverno, que maravilha deve ser. Há glaciares e montanhas muito, mas muito bonitas. Da Concha Y Toro trouxemos as taças da degustação, sob meus protestos. Eu achava que não resistiriam ao resto da viagem e que seria bobeira ficar pra cima e pra baixo carregando aquela sacolinha maleta.

Mas no fim, apesar da trabalheira que alguém teve (não fui eu), deu tudo certo e agora, de vez em quando, tomamos um vinhozinho nas taças chilenas.