Semana passada finalizei o livro da Marcia Tiburi, Como conversar com um fascista.

Minha leitura foi meio atrasada, mas ainda me beneficiei bastante. Nunca é tarde para reflexão e aprendizado, não é mesmo?

O livro é uma coleção de textos sobre o diálogo nesses tempos de nervos í  flor da pele e agressivos embates polí­ticos.  A autora se propõe a pensar com os leitores questões do dia a dia, demonstrando como é antidemocrático o discurso fascista, prepotente e ignorante. Com uma linguagem de fácil acesso, analisa o senso comum brasileiro, da colônia ao Brasil contemporâneo.

Acho uma leitura bastante válida. Confesso que, no meu caso particular, já fui menos ouvinte, já fui bem pior em um diálogo. Com as mudanças drásticas pelas qual passamos de 2014 para cá, senti muita raiva do outro, daquele que – no meu sentir – vivia em um vazio de pensamento e contribuiu para a derrocada de uma democracia ainda criança. Principalmente nos momentos mais raivosos talvez eu mesma tenha tido meus momentos de fascismo.

Todas as mudanças, enfim,  sociais e polí­ticas pelas quais o paí­s passou me modificaram também e tenho tentado ser melhor em ouvir outros posicionamentos, outros questionamentos. Pelo menos sem atacar o outro já de supetão. É certo que com algumas pessoas hoje evito certos assuntos, mas pessoalmente acho que melhorei no papel de interlocutora e isso importa.

Indico, portanto, a leitura do livro. Esteja aberto e ouça o que Marcia Tiburi tem a dizer. 🙂