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Fazendo justiça a São Pedro do Atacama – Chile

Alguns posts atrás, escrevi que SPA não é nada mais do que um ponto de apoio no deserto do Atacama. Tal afirmação não é esclarecedora em se tratando da história do Chile, por isso resolvi falar algo mais a respeito.

Pois bem, segundo registros históricos, a região de São Pedro foi frequentada por nômades desde que o homem é homem. Nesta época, havia grandes lagos e rios abundantes. Milhares de anos depois, o clima sofreu uma grande mudança, passando de chuvoso a seco. As águas se evaporaram, surgindo, por exemplo, uma das grandes atrações do lugar, o Salar do Atacama (surpreendente, por sinal).

Então, em razão desta mudança climática e já pelos idos de 1000 a.c, as famí­lias começaram a buscar as poucas regiões que mantiveram alguma umidade e nas quais encontrariam o algarrobo, o chanãr (duas árvores tí­picas que produzem fruto) e os guanacos, um tipo de lhama selvagem. Os primeiros assentamentos humanos na região foram Tulor, Coyo e Beter, nos quais se cultivava milho, batata e quinua. Mais tarde, viraram vilas e passaram a negociar com outras, como Chiu Chiu e Lasana, que se tornaram importantes centros de comércio.

Duas culturas sobressaí­am nesta época, a atacamenha e a tiawanaku, e tem-se, como curiosidade, que, ainda no ano de 500 d.c, era comum o uso de alucinógenos com finalidade espiritual. A partir de 700/900 d.c as relações entre as duas culturas começaram a ruir, iniciando-se a produção de armas, sendo que as vilas tornaram-se verdadeiras fortalezas, conhecidas como Pucaras. A cultura atacamenha foi mais brava e consolidou-se na região.

Na época em que os europeus rumaram para o norte do Chile, foram se instalando onde hoje é, propriamente, São Pedro; dá pra perceber, inclusive, a cultura cristã  sobrepujando-se í  atacamenha (ou licanantai).

Enfim, São Pedro encontra-se neste burburinho histórico, circundada de vilas e fortalezas, algumas ainda encobertas pela areia.  

Estivemos em alguns destes lugares. Logo virão as fotos.

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  1. Ela, suas fotos estão lindas. Com calma, vou ler todos os posts da viagem ao Atacama. Parabéns 🙂

    Um grande abraço!

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