O terceiro dia no Atacama foi pesado. Acordamos de madrugadinha e, além da visita aos geiseres del tatio, a algumas vilas e à  floresta de cactus, andamos bastante pelo Vale da Lua. Tudo foi muito, muito bacana, mas nada se compara à  primeira atração.

Como disse, acordamos ainda de madrugada, já que havia previsão de que a van (da empresa de turismo) estaria na  porta da pousada às 4 da manhã. E assim foi. Nos encapotamos, improvisamos um café da manhã e, depois de mais de uma hora pelo deserto, praticamente no escuro, estávamos na entrada do parque que dá acesso aos geiseres.

Durante a viagem pudemos ver montanhas maravilhosas e ficamos impressionados com todos aqueles cumes cobertos de neve. Também nos espantou a habilidade do motorista da van ao visualizar estrada  em uma região quase intocada. Neste ponto, de se alertar que não é muito recomendável ir aos geiseres sem o acompanhamento de um guia experiente. Pode acontecer – e não acho isso muito improvável – do turista se perder, o que é péssimo em se tratando de uma área pouquí­ssimo habitada como o Atacama.

Bom, chegando ao ponto de apoio ao turista, no parque, você já vê a imagem retradada nestas fotos: um grande vale, montanhas cobertas de neve e um monte de fumacinhas saindo do chão. O frio intenso, inédito para nós, dava o toque final na aura de exoticidade.

A Bolí­via é logo ali – disse alguém – atrás daquelas montanhas. E nós tivemos a clara idéia de quanta estrada tí­nhamos rodado desde o iní­cio da viagem.