No domingo, dia 18 de outubro, fomos í Praça do Papa conferir o show gratuito que o Uakti (uma das coisas musicais mineiras mais legais em minha opinião) fez para encerrar um evento cultural que contou com vários espetáculos na cidade.
Adoramos. Apesar de muita gente estar lá para outras coisas e atrapalhar um pouco a experiência, foi muito bacana ver ao vivo a performance destes mestres que são capazes de nos transportar para o lugar mais confortável do mundo com suas deliciosas músicas.
Não é a toa que o Uakti é a melhor música para escutar enquanto se busca concentração. São os meus preferidos para leitura.
Na semana passada fomos – pela segunda vez – a um show dos Pet Shop Boys em BH.
O show foi, como em 2007, no Marista Hall. O trato acústico do local não é dos melhores, mas a experiência foi excelente. Pudemos ir sem carro (procedimento altamente recomendado a se fazer quando for a um show naquele lugar), evitando aborrecimentos com flanelinhas e curtimos muito com as músicas do novo disco da dupla – Yes – e também com hits antigos, que povoaram nossa adolescência.
Confesso que esperava um pouco mais do set-list do show. Imaginei que presenciaríamos a performance da música “We are all criminals now“, em que eles falam da morte do Jean Charles de Menezes. Mas esta música não foi tocada no show. Ainda assim, aproveitamos para fazer alguns vídeos do show, que postamos em nosso canal no YouTube (estamos ficando chiques!). Um deles – da música “Go West” – você confere abaixo:
Depois das apresentações do Rafinha Bastos e do Danilo Gentili, no último dia 11 de julho fomos assistir ao stand-up do Fábio Rabin.
Deu pra sacar que a gente gosta deste tipo de espetáculo, né?
Pois bem, só temos coisas boas a falar desta última experiência. Contrário das duas primeiras, o local (Teatro Dom Silvério) se mostrou como sendo o mais apropriado. A espera foi mínima (com segurança e conforto) e quase não teve fila.
A apresentação foi muito bacana. Teve, inclusive, dois pockets com o pessoal do Queijo, comédia e cachaça; o primeiro (razoável) com o Gabriel Freitas e o segundo (muito bom) com o Bruno Berg. Deu até um pouco de vontade de ir assistí-los numa terça no Canapé.
Voltando ao Rabin, a experiência foi ótima. As piadas são muito bacanas e os trejeitos dele são muito bacanas. A gente não parou de rir quase em nenhum momento. Vale muito a pena, embora seja legal avisar que tem um conteúdo um tanto quanto forte (palavrões); mas se você não se importa com isso (como nós), o espetáculo é excelente.
No dia 24 de maio (puxa, preciso escrever com mais frequência aqui, né?), embora a experiência com o Minascentro anteriormente vivenciada na ocasião do stand up do Rafinha Bastos indicasse que nunca mais deveríamos ir para o local, fomos assistir o Danilo Gentili em seu stand up.
Apesar de a dor de cabeça com o local se repetir, o espetáculo foi muito bacana. As piadas se encaixam perfeitamente uma após a outra, e quando você menos percebe ele já mudou de assunto. Isso indica um roteiro bem escrito e executado.
O jeito do Danilo Gentili falar – parece um jeca do interior (ops, ele é do interior de SP) – faz com que a coisa fique ainda mais interessante. Embora muitas piadas sejam locais (dizem respeito í realidade dele em SP), o conteúdo é bastante divertido.
No frigir dos ovos, apesar do local e do estresse para entrar (o Minascentro ainda tem que melhorar MUITO) a experiência foi bem bacana.
Morrissey lançou novo cd agora em fevereiro e, bem, não é preciso dizer que é bacana, bem bacana. Gostei da carro-chefe, I’m Throwing My Arms Around Paris e de todas as demais.
A voz de Morrissey sobressai bastante em You were good in your time, tornando-a deliciosa. Também gostei muito de It´s not your birthday anymore, com seus típicos altos e baixos. Outra bem legal (já ouvi várias vezes) é When I last spoke to Carol.
Como muitas meninas da minha época de adolescente, eu era apaixonada pelo Morten, vocalista do A-ha. Hoje, passeando pela net neste dia cinza de chuva, achei este vídeo e me recordei da época. Primeiro o A-ha veio ao Rock in Rio II e eu esperei impacientemente na frente da TV o início do show. Gravei tudo, claro, mas minhas fitas já viraram lixo, até porque foram tão rodadas que perderam a cor.
Depois, o grupo veio a BH. Eu e uma amiga fomos cedo para o Mineirinho para pegar um bom lugar (!) e quando o show começou foi a glória (!). Ficamos no gargalo, completamente espremidas, mas, como tudo o que é bom dura muito pouco, tive a sensação de que o show acabou em poucos minutos; ou seja, nem sofremos com o apertucho. O papo a respeito do show, claro, rendeu pra caramba.
Hoje, 17 anos depois, vem í minha mente duas coisas. A primeira é que eu era, sim, apaixonada pelo grupo, mas era algo extremamente saudável. Ouvia as músicas, até comprava revistas de fotos e tudo o mais, porém havia um limite. Artistas pra lá, fãs pra cá. Nada de gritos, choros ou outras demonstrações de confusão mental. Havia uma grande admiração, achava o cara lindo de morrer, a voz linda de morrer, mas tudo bem administrado, bem diferente do que de vez em quando vemos na TV. Mas tudo bem, cada um deve saber o que faz.
Outro ponto é que eu tinha apenas 15 anos quando fui ao show do A-ha. Fui sozinha com uma amiga e, depois, voltamos de carona com o pai de uma terceira. Hoje em dia os meninos e meninas de 15 anos mal podem sair de perto da mãe. Há uma preocupação tão grande com a violência que os adolescentes são, todo o tempo, tolhidos. Não critico os pais. Me imagino fazendo o mesmo com meus filhos, pois temerei por eles. O triste é que, com o passar do tempo, estamos nos enclausurando cada dia mais. Os grandes centros são, apesar de convidativos, violentos e estressantes. Além da questão da violência, há uma sensação de que todos vivem voando, sem tempo pra nada.
Como não gosto disto, tento viver de um jeito um pouco diferente. Não gosto de correr, de fazer tudo í s pressas. Só consigo ser feliz se tiver tempo pra dormir direito, comer direito (em casa e não na rua), fazer meu yôga, ler, andar com o cachorro… e, claro, estudar e trabalhar, pois são necessidades não só materiais como físicas e psicológicas. Eu sinto muito (mesmo) por não conseguir influenciar os outros, como algumas amigas, que vivem em estresse e não tem tempo para um papo via telefone sequer. E, claro, também sinto por ter que, na rua, conviver com o medo da violência. Por todos nós.
De qualquer forma, adorei ter ouvido esta linda música do A-ha. Neste dia de tanta chuva trouxe ótimas lembranças de quando tinha 15 anos e a vida era quase só estudar e papear. Falávamos também sobre o futuro e como estaríamos e seríamos aos 30..