O autor deste livro tenta entender , depois de uma abrangente pesquisa, o universo da diversidade em famílias com filhos marcados pela excepcionalidade.
Ele fala sobre surdos, anões, portadores de síndrome de Down, autistas, esquizofrênicos, portadores de deficiências múltiplas, crianças prodígios, filhos concebidos por estupro, transgêneros e menores infratores.
São ´identidades horizontais´, ou seja, divergentes dos padrões familiares, linguísticos e sociais predeterminados, e sujeitas em graus distintos a influências genéticas e ambientais.
O autor também expõe os sentimentos dos pais confrontando a inevitabilidade da convivência com estas divergências, fazendo um verdadeiro estudo particular sobre cada uma delas.
A intenção é aprender a amar e respeitar as diferenças.
Acabei Os Irmãos Karamázov. Terminar este livro não foi simples; demorei alguns meses para tanto. A leitura é intensa e são inúmeros núcleos de personagens dentro do romance/novela, não sendo nada difícil se perder na história.
Mas é aquela coisa, né? Não preciso falar muito. Dê um clique a respeito do livro e você vai encontrar trocentos resumos, tratados e opiniões a respeito..
Só gostaria de mencionar que foi o último grande romance de Dostoiévski, terminado pouco antes da sua morte (provavelmente o escritor faria uma continuação segundo os especialistas) e considerado por Freud “a maior obra da história”.
Para Freud este romance, juntamente com Édipo Rei e Hamlet, são os três importantes livros a respeito do embate pai e filho e retratam o complexo de Édipo.
Juan Ramón Jiménez Mantecón foi um poeta espanhol que se exilou nos EUA por perseguição do regime franquista. Ele recebeu o Nobel de literatura de 1956 e encanta gerações dispostas a ler suas palavras encantadoras, delicadas e poéticas.
Este texto é uma parte do livro Platero e eu, indicado para meus meninos na escola. Talvez hoje eles não entendam bem a obra, mas quem sabe um dia? Ela recria poeticamente a vida e morte de um animal de estimação, o burrinho Platero.
Leia “O canário morre” e entenda como é bonita a escrita de Juan Ramon.
A grande história da evolução é uma mostra da árvore genealógica da vida. O autor parte de onde estamos hoje e vai passando por 40 entroncamentos de ancestrais e peregrinos que vêm de outros ramos até chegar há 4 bilhões de anos, na origem da vida.
É uma longa narrativa, portanto, que nos leva ao ancestral comum de todos os seres vivos da Terra, em uma história complexa e, pelo menos pra mim, bem difícil.
Algumas coisas me deixaram intrigada: eu não sabia que ainda não se definiu o porque andamos sobre dois pés ou porque perdemos a cauda.. achei interessantes as informações sobre hemofilia (não sabia que existia mulher hemofílica).. eu achava que coelhos eram roedores..
Dawkins fala sobre racismo na biologia quando explica que os gorilas foram, por muito tempo, vistos como violentos (o que não condiz com a natureza desse animal) e nos mostra que somos muito, mas muito parecidos com aqueles que entendemos diferentes.
Não consegui ler o livro inteiro. Pulei algumas partes. Penso que esse livro é uma enciclopédia da vida para mais que ler e reler: consultar sempre. E, de qualquer forma, indico ler primeiro O maior espetáculo da Terra primeiro. E depois esse. Acho que a experiência fica mais completa.
Olha, sinceramente, já estava com dificuldades de acabar a série. A autora realmente estendeu demais o final da história que, no meu entender, terminou cansativa. Talvez eu não seja uma fã suficiente, só sei que ouvi alguns capítulos para me ajudar a finalizar o projeto. heheheh
Esse livro é daqueles ao qual você quer que todo mundo tenha acesso. E olha.. não é fácil ler sobre tanta tramóia, tanto jogo sujo e depois fazer compras da mesma maneira, sem questionar várias coisas, desde a promoção do dia até se os ovos da granja das galinhas soltas são mesmo de galinhas soltas.
E o buraco é muito mais embaixo. Existe uma exploração contínua do trabalhador, todo mundo sabe disso. Porque não existe uma fiscalização firme? Porque não existe um MPT continuamente trabalhando para coibir os tomés que o povo sofre diuturnamente?
Sei lá. Esse livro nos causa um misto de esperança, por existirem pessoas que ainda se importam, com uma depressão terrível, pois parece que não há como sair do poço fundo onde nos metemos. A problemática não é só brasileira – diga-se – mas aqui, ainda mais com os governos liberais que estão nos governando desde o golpe em Dilma, a coisa vai só piorando.
Lembrando que os direitos trabalhistas foram detonados no período Temer e que agora somos assolados pela praga chamada Bozonero. Aff.
Aqui em casa vamos tentando algum movimento de conscientização. Compramos, quando dá, de produtores, de feirantes (isso toda semana), de pequenos sacolões… Mas não conseguimos abandonar as grandes redes, ainda mais nesse período em que todos os produtos aumentaram demais os preços, mas os nossos salários não. Então… ofertas e promoções também nos seduzem. 🙁
Leiam esse livro.
Como as redes de supermercados cresceram tanto? Carrefour e Pão de Açúcar formam um duopólio? Como o Estado permitiu que isso acontecesse? Que impactos esse gigantismo traz para os consumidores e fornecedores? E para os quase 200 mil funcionários das duas maiores redes? Essas e outras perguntas ecoaram em nossas cabeças por meses. As respostas estão neste livro-reportagem, que destrincha as estratégias que fizeram dos grupos franceses os donos do mercado. E mostra que o preço mais alto não está nas prateleiras. ** Nosso gesto de consumo mais banal. Mais automático. Mais repetido e repetitivo. Mais impensado. E, no entanto, um dos gestos que mais tem implicações para nós e nossos corpos. Para nossas cidades. Para nosso planeta. Os supermercados, em especial aqueles posicionados em áreas de classes média e alta, são a linha tênue entre o absolutamente chato e o perfeitamente eficiente. Um espaço onde não se está. Um não problema. Um lugar no qual entramos, nos servimos do que precisamos e seguimos a vida. Seguramente é assim que as corporações do setor querem ser vistas. Carrefour e Pão de Açúcar não pretendem rastejar pelo nosso afeto. Basta que não as odiemos. Ao longo de um ano, os repórteres Victor Matioli e João Peres vasculharam cada prateleira em busca de respostas. E, principalmente, foram além do que está exposto para venda. A investigação parte de uma pergunta simples: qual a fatia de mercado controlada por Pão de Açúcar e Carrefour? A partir disso, revela-se uma teia complexa de estratégias diversas e entrelaçadas que fizeram e fazem das duas corporações francesas as donas do varejo alimentar brasileiro. O supermercado é a vitrine principal de um paradigma de desenvolvimento que fracassou profundamente. Sete décadas depois de lançada a ideia de progresso infinito e inevitável, estamos mais pobres e mais desiguais. O planeta está esgotado. O desalento dá o tom de nossa década. Há contestações ao agronegócio, í s indústrias química, farmacêutica, alimentícia, automobilística, têxtil, de tecnologia, a praticamente qualquer corporação do planeta. E, no entanto, os supermercados seguem desfrutando de nossa boa vontade. Da banalidade absoluta do ato de consumo mais corriqueiro. Ao longo da investigação, o sofrimento se revela como regra, e não como exceção. Trabalhadores que recebem o mínimo e são descartados í s dezenas de milhares todos os anos. Um Judiciário abarrotado de processos por violações, assédio, doenças laborais. Os autores descobrem um sem-fim de condições impostas pelas redes aos fornecedores, que, mesmo milionários ou bilionários, parecem sempre frágeis diante do tamanho dos supermercadistas. Um modelo de negócios que exclui os pequenos agricultores, cada vez mais em apuros. E que exclui a diversidade para transformar a todos em consumidores pasteurizados. Nesse lugar de gente infeliz, o Estado peca duplamente. Ora pela inação: foram as vistas grossas do órgão de controle da concorrência que permitiram que a concentração aumentasse fortemente nas últimas três décadas. Ora pelas atitudes em favor do poderio das duas redes: os recursos do BNDES foram absorvidos quase na totalidade pelas duas redes. Ora pela anuência a uma série de artifícios utilizados para evitar o recolhimento de tributos. Créditos cobrados por empresas-fantasma, esquemas de exportação fictícia, remessas a paraísos fiscais: nada disso encontra punição í altura pelos mecanismos federais e estaduais de controle tributário e fiscal. Mas não há um grande volume de reflexões sobre o papel dos supermercados nessa operação. É ali, entre gôndolas e códigos de barra, que a história se perde. A história do alimento. A nossa história. Donos do mercado é um trabalho imprescindível para quem quer enxergar além das prateleiras.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe é o livro mais denso de toda a série no meu entender, pois trata do passado sombrio de algumas personagens. Ele é muito rico em informações também e nem todas couberam no filme.
Eu demorei muito a lê-lo, pois passamos um período complicado enquanto ele era o meu companheiro de leitura. Ainda bem que as coisas estão se acertando. Se tudo der certo, ano que vem as leituras serão colocadas em dia. (dedinhos em figa!)
Enfim, gostei muito de ler sobre a intensidade da amizade de Harry e Dumbledore (triste os finalmentes, claro) e também da presença de Dobby (que não aparece no filme, infelizmente).
Enfim, já no finzinho do ano eu consegui terminar nosso amiguinho “Enigma do Príncipe”. Ano que vem tem mais. 🙂
Ilha de Sacalina é um relato de Anton Tchékcov, escritor russo – considerado um dos maiores contistas de todos os tempos – que também era médico e teve o interesse (e grande disposição, pois não foi um trabalho simples) de ir até a ilha de Sacalina, para onde eram enviados os condenados a trabalhos forçados na Rússia czarista, e fazer um inquérito de saúde pública.
O condenado, em regra, cumpria sua pena de trabalhos forçados e, ao final de sua pena, recebia um pequeno pedaço de terra para trabalhar como colono. A ideia era a ressocialização. Decorridos dez anos de permanência na condição de colono, o deportado passava ao estatuto de camponês, sujeito a mais direitos. Mas a deportação era irrevogável.
Tudo ocorria em meio a muita degradação e sofrimento; as mulheres, por exemplo, sofriam horrores. Em número ínfimo em relação aos homens, viravam mero objeto de servidão na ilha:
“…uma dona de casa, mas uma criatura inferior até mesmo a um animal doméstico. Os colonos do povoado de Siska entregaram ao chefe do distrito o seguinte pedido: “Pedimos muito humildemente a Vossa Excelentíssima que mande gado para produção leiteira para a localidade mencionada abaixo e também o sexo feminino, para cuidar da vida doméstica 
Depois de sua viagem e relatos, Tchekhov chegou í conclusão de que o governo tinha a obrigação de assegurar um tratamento humanitário aos prisioneiros. Suas pesquisas foram publicadas exatamente sob o título A Ilha de Sacalina como uma obra sociológica — ou seja, não literária – e suscitaram a atenção do Czar. Ela só foi desativada como colônia penal em 1906, no entanto.
A propósito, ela é objeto de breve comentário e análise no romance 1Q84, do escritor japonês Haruki Murakami, texto que tenho baixado e preciso ler. Mais um pra lista. 🙂
obs: Sacalina: ilha do Pacífico ao norte do Japão, a mais de 9 mil quilômetros de Moscou.