um blog sobre todas as coisas em geral

Mês: agosto 2008

Alumiando o pensamento

Falando em cerrado e em Coromandel, é interessante salientar que a população do Alto Paranaí­ba tem sotaque e palavrear bastante caracterí­sticos. Tudo é bem diferente de quem mora na capital e as pessoas pronunciam expressões do tempo do onça ou nunca utilizadas por aqui.

Quando criança, passando férias por lá, especialmente quando ficava na fazenda, me assustava ouvir verbos como apear, arribar, alumiar e muitos outros que não me recordo agora. Por vezes não sabia mesmo o que queriam me dizer e, na minha ignorância, por vezes achava que aquela linguagem encontrava-se em desacordo com a norma do português.

Mais tarde, estudando e lendo mais e mais, compreendi que, em verdade, não há um português errado ou correto. Há, sim, a norma culta, que deve obedecer aos padrões gramaticais e é utilizada em ocasiões especí­ficas, mas o português – definitivamente – não se resume a ela e as diferentes regiões e/ou populações possuem a sua linguagem particular, que deve ser respeitada.

Pois então. Na nossa última viagem, ouvimos por vezes o verbo alumiar. Chegando a Beagá, continuei a leitura de Anna Karenina e, pra minha surpresa, em uma tradução não muito recente, lá estava ele. Eu não imaginava, sinceramente, que alumiar é verbo regular da 1ª conjugação. Aproveitei e verifiquei apear e arribar e também são, isto mesmo, verbos constantes da norma culta. O que quero dizer: o que eu, por vezes, achei fosse “errado”, não era. E o meu desconhecimento, minha ignorância, fora fruto de algum preconceito.

E ainda que não fossem verbos da norma culta, vale dizer, estariam inseridos em um contexto próprio, ou seja, em nada desqualificariam seus falantes. Hoje, claro, tenho uma visão mais crí­tica e a mim me agrada bastante conhecer um pouco mais da riqueza de nossa lingua.

Enfim, em Coromandel, por várias razões, ficamos um pouco mais ricos em matéria de lingua portuguesa, o que também foi muito bacana.

Viagem pelo cerrado – Coromandel

Como prometido, iremos postar algumas fotos da nossa viagem de julho. Foram 10 dias muito bacanas, começando a viagem pela cidade de Coromandel.

Coromandel é uma pequena cidade do Alto Paranaí­ba/MG. Daquelas em que os vizinhos ainda se visitam e pegam panelas emprestadas. E que no sábado bolos gostosos e pães de queijo amarelinhos (um dos melhores de Minas) saem do forno. As crianças ainda podem brincar nas ruas e uma festa de peão com show de Bruno e Marrone é um grande acontecimento. 😉

São de lá vários dos maiores diamantes brasileiros. Curioso, inclusive, que alguns, ao matar galinhas, ainda tenha o costume de conferir em suas moelas a presença de algum cisco de diamante. É que as coitadas comem tudo o que chama a atenção e, logo, mandam fácil pra dentro uma pedrinha que esteja brilhando ao sol. No passado, podem acreditar, não era raro encontrarem o pequeno tesouro dentro do bucho das penosas. Hoje, acho eu, isto não é tão frequente.

Várias cachoeiras transformam o lugar em encantador, mas são quase todas em áreas particulares ou de difí­cil acesso. Nós passeamos bastante pela região e, além de ver dezenas e dezenas de belas plantações, conhecemos alguns lugares não turí­sticos, como a cachoeira da usina de Lages.

Vendo ou alugo chave do céu

E não é que a Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a devolver a um de seus fiéis todo o dinheiro ofertado a tí­tulo de dí­zimo, desde 1996? O sujeito, portador de doença mental, envolveu-se até o pescoço com os ‘pastores’ da ‘igreja’, que chegaram a lhe vender a chave do céu. Quem tentasse dissuadi-lo, claro, era chamado de demônio.

Hancock

Vimos ontem o  Hancock, com o Will Smith. Muito bacana e divertido. Tudo bem que ele vai na onda já batida dos mutantes (ou super-heróis, como preferir), mas isto não o prejudica. Principalmente se você for como nós do Em Geral que acha que filme de ficção é sempre bacana, ainda que não seja lá grandes coisas. Mas este não é o caso de Hancock; o filme é bom e o roteiro surpreende. Indicamos, pois vale a pena.

Justiça complacente

Milhares de polí­ticos cuja vida pregressa está pior que pau de galinheiro irão disputar as próximas eleições. Acabo de ver, por exemplo, a cara lavada do atual prefeito de Uberaba/MG, Anderson Adauto, em sua atual campanha. O santinho estampa um sorriso aberto de quem ‘aga e anda’ pra quantidade de denúncias que correm contra ele.

E tudo com respaldo da Justiça brasileira, especialmente das instâncias superiores, pois creio haver muitos magistrados (singulares) bem intencionados.Â É isto que me impressiona e aborrece.

Arquivo X e Batman, o Cavaleiro das Trevas

Sobre Batman, o Cavaleiro das Trevas, sem comentários, pois supera as expectativas, é realmente excelente.

Arquivo X, assistimos numa ida infrutí­fera ao cinema, querendo ver Batman. Mas é bem legalzinho, apesar de meio arrastado e de eu achar meio chatinha a tal da Scully.

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