um blog sobre todas as coisas em geral

Mês: março 2016

Bolinho de arroz na air fryer; merenda caseira

IMG_20160316_123629

Aproveitei que fiz um bolinho de arroz na air fryer e o enviei como merenda das crianças no outro dia. E isto, claro, porque os meninos adoraram. A receita foi mais ou menos a seguinte:

  • 2 xí­caras de arroz cozido;
  • 2 ovos;
  • 50 gramas de parmesão ralado;
  • mais ou menos 1 xí­cara de farinha de trigo;
  • temperos diversos (eu não tinha cheiro verde, mas é bom colocar)

No caso da farinha de trigo, vá adicionando aos poucos: ela serve  para dar o ponto de fazer as bolinhas; serve como “liga”. Então caso você consiga com um pouco menos, ok. Se precisar de mais, pode adicionar; fui colocando no olho.

Então, junte todos os ingredientes (a farinha aos poucos) e passe no processador. Eu gostei de fazer desta forma porque a massa ficou muito fina e leve, ficaram parecendo pães de queijo. Na medida que você for passando no processador vá verificando se já dá pra fazer as bolinhas, com a ajuda de um pouco de óleo espalhado nas mãos. Como não foi nada de óleo na massa, apenas o do queijo, a bolinha continua ficando bastante leve e light.

Massa adequada e devidamente temperada, faça as bolinhas (não se esqueça do óleo nas mãos) e coloque-as diretamente na air fryer. Aqui em casa foram menos de 10 minutos para que estivessem prontinhas.

Meus meninos gostaram, perguntaram se não era pão de queijo… e no dia seguinte ainda comeram um bolinho de arroz no lanche da escola, acompanhado de meia maça (picada com faca de cerâmica e coberta com papel alumí­nio para não escurecer) e suco integral de frutas vermelhas, sem adição de açúcares extras.

Costela de porco no bafo

marinada

costela no bafo (2)

macarrão primo pastifí­cio

Há muitos anos fizemos uma deliciosa costela de boi no bafo. O tempo passou, usamos a churrasqueira para assados tradicionais e só quase 7 anos depois é que voltamos a fazer um assado no bafo. Só que hoje, no lugar do boi, usamos uma costela de porco. Super carnuda, muito boa.

Primeiro eu marinei de um dia para o outro 1 quilo de costela de porco. Usei óleo, shoyu, molho de pimenta, alho, cominho, louro e ainda pinguei umas gotinhas de óleo de gergelim. O tempero cobriu metade da carne, que foi virada no meio do tempo da marinada. Depois a costela ficou a cargo d´Ele, que a enrolou em bastante papel alumí­nio, “recheando” os pedaços de costela com cebola e um pouco de manteiga. A manteiga foi colocada porque a carne estava com pouca gordura e ficamos com medo que ficasse seca.

Dica: ao fazer a carne no bafo enrole-a em muito papel alumí­nio, de modo que o suco que desprende da peça não evapore. O x da questão é fazer uma espécie de panela de pressão dos tempos das cavernas, saca? Ah, o tempo de cozimento foi de mais ou menos 2 horas e meia.

O resultado foi muito bom, embora eu ache que o tempero podia ter sido um pouco mais carregado no sal. Também achei que uma carne mais gorda seria mais apropriada. No caso, costela de porco mesmo, porém com mais gordura. Ou então uma fraldinha, uma capa de filé…

Também fiz peito de frango passado na farinha de trigo na air fryer para caso a costela desse zica. E a massa ficou por conta de um macarrão da Primo Pastifí­cio,  que comemos com um molho de tomates caseiro (que ficou delicioso, por sinal).

Claro que não poderia faltar uma salada: alface, rúcula, tomatinhos sweet grape, mussarela de búfala e beringela (também da Primo Pastifí­cio).

Ps. quando a costela ficou pronta foi um salve-se quem puder. Garfo pra cá, garfo pra lá..  quando me lembrei da foto já era tarde demais. 😉

Ps2. Este não é um post patrocinado pela Primo Pastifí­cio. Nós comemos uma vez no estabelecimento e gostamos. Ontem resolvemos experimentar a massa seca, que foi aprovada, apesar de acharmos o preço meio salgado. O pacote da foto (macarrão para 3 pessoas) sai por R$14,90. Eu acho um pouco caro comparado í s massas comuns. A propósito, usei dois pacotes e deu bem para 4 adultos e 2 crianças.

O Idiota, de Dostoiévski

O livro O Idiota, de Dostoiévski, começa com o retorno do prí­ncipe Mí­chkin (que dizem ter vários traços do autor) da Suí­ça, onde fazia tratamento de saúde. A personalidade do prí­ncipe Mí­chkin é o grande ponto deste livro. Ele era visto como uma pessoa diferente, exótica. Não possuí­a nenhuma idiotia, mas era tão diferente das demais pessoas, era um indiví­duo tão puro, superior, que acabava sendo para os demais, numa sociedade corrompida, um idiota, um inadaptado.

Mí­chkin era um humanista; a crí­tica diz que Dostoiévski o criou uma mescla de Cristo e Dom Quixote (não aceito por todos, pois Dom Quixote era desconectado da realidade e Mí­chkin não era). Sua compaixão sem limites vai de encontro ao desregramento de Rogójin e a beleza de Nastácia Filí­ppovna. Sua bondade e o impacto da sua sinceridade briga com um mundo obcecado por dinheiro, poder e conquistas. E o sanatório acaba sendo o único lugar para um santo.

O Idiota é bem diferente de Gente Pobre. Não é um livro fácil. A narrativa é um pouco cansativa. Há muitos personagens (í s vezes chamado pelo nome, í s vezes pelo diminutivo, í s vezes pelo apelido) e a trama é, sim, um pouco rocambolesca. De fato, neste livro, as discussões morais sobre as questões do romance acabam sendo bem mais interessantes que o próprio.

Mas vale a leitura. Sempre vale. 🙂

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén