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Mês: dezembro 2016

O fatídico ano do golpe, o ano de 2016

Primeiramente, ForaTemer.

Segundamente, pra que eu possa fazer um breve resumo do que foi 2016 preciso respirar fundo e revirar sentimentos que eu jamais pensei pudesse sentir dentro do meu paí­s,  junto dos meus conterrâneos, amigos, irmãos. É que o ano de 2016 abalou sobremaneira tudo o que eu pensava sobre o paí­s, seus cidadãos.. e pior: sobre as instituições e o Direito aplicado na terra que é de quase ninguém.

Preciso mencionar 2014, quando a já presidente Dilma ganha a reeleição e fere de morte o orgulho da oposição. Vale dizer que a campanha já foi tensa e nós aqui de casa já estávamos notando um crescente pensamento fascista e conservador nos votantes do eterno derrotado Aécio Neves. É óbvio que nem todos os eleitores do PSDB são, individualmente, fascistas malucos, mas – podes crer – a massa formada por estas pessoas é de um reacionarismo assustador.  Pois então, a campanha foi delicada e a presidente venceu (comemoramos aos gritos e ouvindo O baile do pó Royal – as crianças amaram!).

Os perdedores não deixariam por menos, já que são historicamente donos do poder e a ele simplesmente decidiram voltar; para isso, numa manobra rasteira, num acordão com as instituições que nos deveriam proteger, articularam a queda de Dilma, via um falso e demente impeachment.  Descobrimos neste momento os grandes traidores da democracia, apoiados justamente – pelo menos em grandí­ssima parte – pelos eleitores do candidato suplantado. O ano de 2015 foi preocupante, mas ali ainda eu acreditava na Justiça. Ainda naquele momento eu cria nas pessoas que estavam nomeadas e empossadas como defensoras da Constituição.

2016 foi diferente. A cada dia um sopapo e um hematoma diferente. A cada dia fatos consternantes doeram no peito. Pela primeira vez senti dor fí­sica ao ver a perseguição polí­tica tomando forma e ao perceber o retrocesso ao qual chegarí­amos. No dia 17 de abril de 2016 presenciamos a escória polí­tica dando iní­cio ao processo. Reunidos em famí­lia – alguns de vermelho – vimos um bando de sem-vergonhas admitir formalmente o processo de impeachment. A sessão polí­tica seguiu noite adentro, sendo interessante lembrar que a maior rede golpista (Globo, vulgo Globosta) dedicou toda sua programação a televisionar protestos contra o governo.  Neste dia de tragédia mais que anunciada houve mais conflitos e bate-bocas familiares.

Uma parcela da população não se conformou – e não se conforma – com o golpe e foi pra rua.

Fotos de quando participamos de um protesto do MST pelo centro de BH, subindo a rua da Bahia e chegando até a Praça da Liberdade – 01/05/2016.

Infelizmente, em 12 de maio de 2016 o Senado decide manter o processo de impeachment e afasta provisoriamente a presidente Dilma, que fez uma peregrinação pelo paí­s e recebeu suporte de seus eleitores.

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As 3 últimas fotos são de uma manifestação de apoio ao governo – dia 20 de maio de 2016, dia em que Dilma esteve em um encontro no Othon Palace de Belo Horizonte (Faculdade de Direito e Avenida Afonso Pena).

Foto tirada no dia 20 de maio de 2016, por um jornalista, de dentro do hotel.

Me entristeceu muito que os protestos e manifestações de apoio foram se arrefecendo ao longo das semanas; parece-me que o abalo do afastamento e a certeza da queda nos fizeram calar definitivamente. O golpe, enfim, foi muito bem orquestrado e o povo, mais uma vez, muito aos moldes de 64, se deixou cair.

Os dias, semanas e meses se passaram e o fajuto impeachment pôs abaixo o mandato legí­timo de Dilma, assumindo a presidência o traidor Michel Temer: traidor não só de Dilma, mas traidor do povo que havia colocado os planos de governo  do PT em pauta. Enfim, é sim com muita tristeza que me lembrarei de 2016. Pelo menos neste campo da polí­tica, já que não posso me queixar dos demais aspectos de minha vida. Todo o resto foi muito bem, ainda bem. E por isso sou bastante agradecida. Não sei bem a quê ou a quem sou agradecida. Mas sou.

Muito interessante, aqui você encontra a cronologia do golpe.

Um feliz 2017 pra nós. Que o povo encontre forças, sabedoria e coragem para trazer o Brasil de volta aos trilhos da democracia.

 

Séries que assistimos em 2016

Nosso dia-a-dia é bem rotineiro. Com crianças em casa não temos muito como ficar saindo í  noite e, com prazer, depois que elas caem no sono, ficamos juntinhos vendo séries de TV. í€s vezes vemos filmes, mas há um tempo as séries tem dominado. Em 2016 assistimos algumas e eu fiz uma listinha para guardar de recordação. 🙂

Séries de 2016

Top of the lake
Penny Dreadfull
Jessica Jones
The Nick
Orange is The New black
Demolidor
True detective
Game of Thrones
The Americans
Sense8
The fall
The following
Orfhan black
Better call Saul
The returned
House of cards
Homeland
Walking dead
Dexter
Desperate housewives
Doctor Who
Mister Robot – temporadas 1 e 2
El patron del mal
Narcos –  temporadas 1 e 2
Black list – temporadas 1, 2 e 3
Luke Cage
Glitch
Black Mirror – temporadas 1 e 2
The Fall – temporada 3
Gotham
3%

Algumas séries são continuações, como a excelente The Americans. E vamos que vamos! Em busca de mais séries em 2017!

Feliz Natal!

Esta árvore de Natal foi feita pelo papai e pelos meninos. Eu apenas dei a ideia dos lacinhos. Ficou linda.

Foi, na verdade, um pedido da escola: que fizéssemos algo com material reciclável, para a decoração natalina das crianças. Então tivemos a ideia de procurar na net uma árvore de cápsulas de café, guardadas cuidadosamente pelo papai, que colocou a mão na massa.

Ele fez as bases da árvores de papelão, colou as cápsulas e no outro dia pintou tudo com spray verde. Logo depois os meninos jogaram glitter e eu coloquei os lacinhos.

Fez sucesso. 🙂

Prato do dia

Hoje tivemos arroz branco, frango passado na farinha e passado na chapa e a famosa beringela/berinjela refogada com pimentões e tomate que eu amo. A receita desta maravilha está aqui!

Cuscuz de abobrinha, nozes e passas

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Se tem um prato rápido de fazer, gostoso e super prático é o cuscuz temperado. Os ingredientes podem ser armazenados com facilidade e na hora do aperto você tem í  mão tudo o que precisa para uma receita que surpreende a todos.

No caso, eu conservo o cuscuz seco no congelador. Desta forma você mantém o produto por mais tempo. O resto dos ingredientes também são de armazenamento prolongado, ou seja: nozes e uvas passas. Azeite, cebola e  alho nós costumamos sempre ter em casa. Aqui, no caso, eu também usei dois outros produtos, o bacon e a abobrinha. Mas se eles forem retirados não há nenhum problema; fica gostoso do mesmo jeito. Você também pode adicionar diversas outras frutas secas, tipo damasco, ameixa.. ou trocar a abobrinha por beringela/berinjela, refogando-a bem no alho antes de juntar o cuscuz hidratado.

Mas vamos lá. Para esta minha receita você vai precisar de:

  • 300 gramas cuscuz seco
  • 1 + 1/2 caldo de galinha
  • 700 ml de água fervente
  • azeite para refogar (usei bastante :0)
  • 4 dentes alho
  • cebola (usei uma e meia)
  • 50 gramas de bacon picado
  • 150 gramas de nozes picadas (castanha do pará fica ótima)
  • 1 abobrinha média picada
  • 200 gramas de uvas passas (qualquer uma ou misturada)

Então, faça assim:

Hidrate por uns 10 minutos o cuscuz seco na água fervente, onde você já terá derretido o caldo de galinha (se você usar um caldo natural ficará bem melhor, aposte). Numa panela a parte refogue no azeite o bacon, o alho, a cebola até tudo ficar bem douradinho. Junte as passas, o bacon, as nozes e a abobrinha. Refogue mais um pouco. Junte, por fim, o cuscuz hidratado, mexa bem e acerte o sal. Se desejar tempere com mais algum temperinho de sua preferência. Eu coloquei um pouco de pimenta do reino ralada na hora.

Deliciosa, esta receita é muito rápida. Sirva com carnes ou coma pura mesmo. Vale a pena.

Ah, serve umas 6 pessoas. Embora eu queira comer tudo sozinha. 🙂

Bife de carne moída 0% gordura extra

Comprei este moldador de hambúrgueres e gostei bastante. É ótimo para fazer o chamado Bife de Einstein, conhece? É um bife de carne moí­da pura, que não leva gordura extra na chapa nem temperos diretamente na carne. Fica macio e super saboroso.

Você precisa apenas de:

  • carne moí­da de primeira qualidade
  • sal (e pimenta do reino moí­da na hora, se gostar)
  • frigideira realmente antiaderente 🙂

Faça assim:

Molde a carne moí­da pura em formato de hambúrguer. Aqueça bem a frigideira antiaderente e nela salpique sal refinado. Quando a frigideira estiver bem quente, coloque o bife e deixe que sele de ambos os lados (se quiser, moa nesta hora um tico de pimenta na carne). Deixe grelhar até que o meio da carne cozinhe e.. pronto. Vai ser um dos melhores hambúrgueres que você já comeu.

Detalhe 1: você pode fazer o mesmo com bifes de carnes macias: não precisa ser necessariamente moí­da. Filé mignon, contrafilé,  alcatra, além de uma bela picanha ou maminha ficam fenomenais com o mesmo processo.

E a dica é não deixar a carne muito tempo no fogo. Selou de um lado, selou de outro, mais uns poucos minutos e pronto. O ideal do boi é mais mal passado mesmo. Se não gosta, tente um molho escuro na carne ainda vermelha. Fenomenal.

Detalhe 2: se você não suporta a carne mal passada, molde o hambúrguer de carne moí­da mais fino e/ou faça bifes mais finos, mas, por favor, nada de comer carne tostada, tipo sola de sapato. Isso não! 😀

Filhos sem Deus

Filhos sem Deus – Ensinando í  criança um estilo ateu de viver, de Alejandro Rozitchner e Ximena Ianantuoni

Filhos sem Deus é um livro escrito por um casal, em forma de perguntas e respostas, que traz a opinião dos dois autores sobre questões pertinentes ao ateí­smo na criação dos filhos.

Ambos são – obviamente – ateus e, por meio de respostas (cada hora um deles responde a seu modo a mesma pergunta) propõem que se  exponha í s crianças, da forma mais clara possí­vel, o que é o ateí­smo. Para quem ainda tem dúvidas (arg),  eles demonstram como é possí­vel e factí­vel ensinar í s crianças valores educacionais  imprescindí­veis fora de uma cultura religiosa, sendo, principalmente, francos com os pequenos.

Achei interessante. Praticamente tudo do livro já havia sido discutido aqui em casa. Até porque nossos filhos já estão bem espertos o suficiente para captarem que mamãe e papai não pensam como a maioria das pessoas ao nosso redor. Então as perguntas chegam a toda hora e nós precisamos lidar com isso.

De qualquer forma, o livro é uma excelente iniciativa do casal. Não se trata de desqualificar quem crê em Deus, mas de abrir espaço de legitimidade para aqueles que vivem um esquema não compreendido, o ateí­smo!

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