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Que o Chile logo se recupere

Ficamos muito, mas muito tristes com o terremoto que assolou o Chile na semana passada. Em 2008 estivemos lá e foi uma experiência fantástica. Visitamos Santiago e depois fomos ao deserto do Atacama, um dos lugares mais maravilhosos do mundo na minha opinião.  Quando retornamos a BH  relatamos passo a passo nossa viagem. Postamos muitas fotos do deserto, das lagunas, do salar, dos geiseres…  Falamos da comida chilena e dos chilenos, claro. E hoje, vasculhando os arquivos passados, dei com este post.  Achei interessante revivê-lo para mostrar como este terrí­vel evento natural é encarado pelos chilenos.

Enfim, agora é torcer para que cada indiví­duo afetado pelo terremoto possa se reerguer e que o Estado possa recuperar suas forças e finanças para voltar a ser como antes. É o que gente deseja a este paí­s que tão bem nos recebeu e que ainda nos terá por suas terras – espero que em um tempo não muito distante.

O texto e as fotos  abaixo foram postados em 17 de abril de 2008.

Um dos guias que tivemos no Atacama foi o Patrí­cio, que aparece neste ví­deo de 2007 durante o terremoto que atingiu o norte do Chile. Ele nos deu algumas informações sobre os tremores de terra que assolam diariamente o paí­s. De acordo com ele, o chileno está acostumado a este tipo de evento e nos falou a respeito de um ditado popular do paí­s segundo o qual o chileno só morre de doença de chagas, tiro e mulher.

Ou seja, os tremores de terra e terremotos podem até assustar, mas não tiram o sono de nenhum chileno, o que é normal quando se é obrigado a conviver com este tipo de coisa, vide o cotidiano de milhares de pessoas no mundo inteiro que se vêem obrigadas a continuar na luta mesmo em época de guerras ou calamidades naturais de toda espécie, o que pode ser bem pior que um tremorzinho de terra.

Pra quem é turista, porém, o buraco é mais embaixo e não dá pra não ficar assustado quando, a todo tempo, se é lembrado de que a terra pode dar uma sacolejadinha. Em Vinã del Mar, em cada esquina, nos deparamos com placas alertando para rotas de fuga em caso de tsunamis. Já em Valparaí­so, ao entrarmos no ascensor, tivemos a grata surpresa de ler o aviso abaixo.

De toda forma, mais importante é ter informação. Tremores de terra ocorrem sempre, quase que diariamente, segundo o Patrí­cio. Eles são suaves e quase imperceptí­veis. Já os terremotos ou sismos são mais fortes e ‘sabe-se deus’ quando e com qual intensidade podem ocorrer. Se você estiver em área descampada, como no Atacama, o risco de ser soterrado é pequeno. Mas, em Santiago, com tantos prédios í  volta, não sei não.

O lance é torcer pra não ser na sua vez.

Despedimo-nos do Chile

É muito difí­cil, passados alguns meses de nossa chegada, dizer do que mais gostamos no Chile. Nem sei, em verdade, se saberí­amos dizê-lo assim que descemos em Confins. Enumerar um lugar, uma situação ou um dia seria injusto, porque tudo foi muito bom.

No caso do Chile, presentes todas as qualidades que venho mencionando no decorrer dos posts, foi ótimo realizar um plano antigo nosso, de viajar sem rumo, sem hotéis reservados, sem caminhos pré-definidos. Pois foi assim que fomos indo, de acordo com as vontades, de acordo com a conveniência. Espero, mesmo, poder fazer outras viagens assim, encontrando lugares tão interessantes, receptivos e seguros. E um dia, quem sabe, retornaremos ao Chile e rumaremos ao sul, até as belezas da Patagônia.

Chile Puede – um filme bacana

De cara, desde o primeiro dia em que chegamos a Santiago, vimos a propraganda do filme Chile Puede, um filme – obviamente – nacional. Bateu uma grande curiosidade, sanada quando retornamos de São Pedro do Atacama. Bem, foi muito bacana a experiência. Primeiro porquê o cinema em que fomos, bem no centro da capital, era daqueles enormes, que não existem mais em Belo Horizonte. Segundo porquê o filme é mesmo legal; é uma comédia/ficção cientí­fica e, apesar de os efeitos especiais não serem lá estas coisas, como já esperávamos, o texto tem boas tiradas, sendo bem engraçado. Vale a pena dar uma conferida no trailler.

Hotel Paris, Santiago – alerta aos brasileiros

Em Santiago, ficamos em três hotéis: Londres, Paris e Posada del Salvador. O último é bem superior aos dois primeiros. Nada a reclamar dele. Sobre preços, 60 dólares para o casal neste último e a partir de 14 mil pesos para um casal com banheiro no Paris e 16 mil nas mesmas condições no Londres – em janeiro de 2008. O Londres e o Paris ficam pareados em termos de conforto. O Paris é um pouco “menos velho” e aceita cartão de crédito…

Em compensação, mexeram em nossas coisas no hotel Paris (no Londres isso não aconteceu). Não nos levaram nada, mas de outra brasileira, que conhecemos em São Pedro e reencontramos em Santiago, levaram uma câmera digital profissional… No consulado, a nossa colega foi avisada que isso acontece com frequência naquele hotel. Também soubemos na feirinha do Serro Santa Lucia, por vendedores locais, de furtos no Hotel Paris. A dona, uma senhora que se parece com aquela Sue Johanson da TV, foi bastante rude e nos tratou super mal… Com nossa colega (que foi roubada enquanto nós já haví­amos mudado para a Posada Del Salvador) ela foi ainda mais rude.

Desrecomendamos totalmente o Paris. Quando esta brasileira chamou os carabineiros para reclamar do furto da câmera no Paris, a dona do Hotel disse que eles tinham mais o que fazer, evidenciando total cumplicidade desta senhora nos furtos ocorridos no seu hotel. Uma vergonha…

Retornando a Santiago

Nossa viagem de retorno a Santiago fora tão bacana quanto a ida ao Atacama. Assistimos a vários filmes e dormimos bem í  noite, de modo que a viagem passou mais rápido do que se pode imaginar. De fato, durante a viagem, descansamos da correria dos passeios no Atacama. Chegando a Santiago, procuramos, desta vez, um hotel no bairro Providência, que  nos lembrou o bairro Funcionários aqui da capital mineira. Pois bem, ficamos na Posada del Salvador, um hotelzinho bem simpático e bem diferente do Hotel Paris, do qual iremos falar no próximo post.

Quando chegamos inicialmente em Santiago, antes de visitar a região de Antofagasta, estávamos naquela sangria de conhecer tudo da cidade, todos os pontos turí­sticos, todas as indicações de conhecidos. Agora não. Estávamos em Santiago e irí­amos acordar tarde, curtir os restaurantes, passear tranquilamente pelos bairros da cidade, conhecer suas livrarias e lojas de Cds, seus shoppings, sua noite, suas lojas de antiguidades. E, como não poderia deixar de ser, visitar seu grande museu. Ou seja, estávamos ali para vivenciar a cidade, o que foi delicioso.

Quanto ao bairro da Providência, nós realmente o adoramos. Há muitos bares e restaurantes gostosos e muitas, mas muitas lojas interessantes. Santiago, de uma forma geral, nos pareceu muito boa para se viver; o povo é educado e simpático. A cidade é limpa, cuidada e não parece ser perigosa. E as estradas do Chile – pelo menos todas as que percorremos – são excelentes, o que, claro, conta pontos a favor da capital.

5º dia no Atacama – retorno a Santiago

Na manhã do 5º dia em que estávamos em São Pedro, passeamos pela cidade, fotografamos o exuberante Licancabur (primeira foto, encoberto por grossas nuvens), deixamos nossas calças jeans para lavar, mandamos mensagens para a famí­lia e até cogitamos em postergar a viagem de volta. Afinal, não tí­nhamos tido a oportunidade de fazer o passeio astronômico, em razão do mau tempo e, bem, estávamos (talvez eu mais) um pouco saudosos de deixar a cidade.

Todavia, depois de conversar um pouco, concluí­mos que valeria a pena retornar í  Santiago e aproveitar um pouco mais da cidade da qual também ficamos fãs. Destino decidido, almoçamos este pratão aí­ da foto, pegamos nossas calças jeans e rumamos para a rodoviária.

Vale ressaltar que no dia em que viemos embora, passamos em uma drogaria que nos pareceu servir especialmente aos habitantes da cidade de São Pedro e não aos turistas. Pois bem, na parede do estabelecimento havia um grande banner e nele havia informações sobre a existência de minas terrestres na região do Atacama. O banner explicitava as espécies de minas, como reconhecê-las, o perigo de encontrá-las e as precauções devidas. Ficamos nos entreolhando com cara de espanto, mas não tivemos a coragem de perguntar nada, pois o dono da loja, ao perceber nossa curiosidade, não mostrou nenhuma receptividade, o que nos deixou sem jeito. Restou, então, a curiosidade e o arrependimento por não termos sido mais cara de pau. Ou melhor, fomos educados e sacamos que o assunto era meio tabu; não estávamos ali para incomodar ninguém.   

 

Mais fotos do pôr-do-sol no Atacama

Nos despedí­amos do Atacama e fomos presenteados por este lindo pôr-do-sol.

4º dia no Atacama – Pôr-do-sol no Salar

Pouco depois de vermos o arco-í­ris no salar, presenciamos um lindo pôr-do-sol. A sensação é muito maluca; há pouquí­ssimos minutos estávamos com calor, mas os ventos e as núvens que ameaçavam despejar água faziam a temperatura oscilar bastante. Com o sol baixando, o frio veio pra ficar. E como o ar estava bastante seco, as cores que ví­amos pareciam ser mais fortes e vivas.

A quantidade de tons de amarelo e sombras que ví­amos no céu foi algo muito surpreendente. Uma pena estar nublado, mas, ainda assim, foi um espetáculo e tanto. A segunda foto deste post mostra as nossas sombras, abraçados no deserto. Esta mesma foto vai decorar – ampliada – a sala de nossa casa.

4º dia no Atacama – Arco-íris no Salar

Como já disse, presenciamos chuva ao iniciar o passeio pelo Vale da Lua; na ocasião, fomos informados de que o evento era consequência de algo chamado “Inverno Boliviano” que, naquela época do ano (janeiro) faz com que a temperatura baixe um pouco e ocorram precipitações isoladas. Apesar disso, há regiões no deserto que nos disseram nunca ter chovido.

Durante este passeio pelo salar fomos ameaçados por nuvens negras. Neste dia, entretanto, não choveu. Ao entardecer, quando estávamos fazendo um pequeno lanche com o pessoal da empresa de turismo e os outros turistas (franceses, alemães e uma iraniana, como já foi dito) presenciamos um lindo arco-í­ris.

É uma pena que a foto não consiga mostrar a magnitude da coisa. Como estávamos numa grande área plana, o arco-í­ris era gigantesco e parecia bem mais perto de nós. Uma pena também não dispormos de equipamentos adequados e/ou conhecimento necessário para registrar aquele lindo momento em foto.

4º dia no Atacama – Salar de Atacama, parte II

Mais fotos do Salar.

Exuberância das formas que surgem no curso da evaporação do pouco que resta de água na região.

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