um blog sobre todas as coisas em geral

Mês: março 2010

A Metamorfose – Kafka

Sempre tive curiosidade em ler Kafka, especificamente sua Metamorfose, mas sempre achei que seria uma leitura difí­cil, penosa. Mais a mais, dei preferência a autores mais familiares, uns mais clássicos, outros mais populares. E Kafka ia ficando pelo caminho..

Num belo dia, por um acaso, Ele traz pra casa Oscar Wilde, Platão, Kant e… Kafka, pondo um fim ao antigo desejo.

Li A Metamorfose, Carta a meu pai e o conto O artista da fome. Inicialmente  não compreendi nada do universo de Kafka. A Metamorfose é um livro pra baixo, depressivo. A linguagem utilizada é simples (pelo menos a tradução que li), porém seu conteúdo é tão denso que chega a causar mal-estar.

O que ocorre é que quem lê Kafka sem conhecer um pouco de sua biografia não entende bem as razões pelas quais há este peso em sua escrita. Depois que li um pouco a respeito de sua vida e também li Carta a meu pai,  pude compreender um pouquinho o espí­rito do escritor. Ele é um  atormentado pelas relações familiares e  descrente do homem. Como não poderia deixar de ser, tais caracterí­sticas são refletidas em seus textos e seus leitores, bem, não ficam impunes.

Fato é que me assustei com Kafka, pelo menos  a princí­pio. Me pareceu muito frustado e surreal.  Mas agora, depois  que ingressei em seu universo nonsense, resta-me compreendê-lo e ler mais alguns de seus escritos. O Veredicto e O processo estão na minha lista.

A-ha em Belo Horizonte

E então chegou o dia do show.

Apesar da forte chuva que atrapalhou a vida de muitas pessoas na tarde de domingo, chegamos a tempo de ver um excelente show. A banda tocou muito bem e não deixou barato. Comparado aos mais recentes shows que fomos no mesmo local (Pet Shop Boys e Faith no more), o do A-ha foi o que mais gente levou ao Marista/Chevrolet Hall.

Teve de tudo. As músicas do disco novo (que é muito bom, por sinal) e os grandes hits.

A grande ocupação do local foi boa e ruim ao mesmo tempo. Boa pois mostrou do que o A-ha é capaz; ruim porque acabamos ficando um pouco mais distantes do palco que gostarí­amos.

Isso não foi, no entanto, um impedimento para que fizéssemos alguns ví­deos do show. Apesar de o ví­deo não ter a melhor qualidade, o áudio está bem bacana. Assista nossos ví­deos e diga-nos o que achou.

Foot of the mountain

Scoundrel days

The blood that moves the body

Move to Memphis

Stay on these roads

Cry wolf

Crying in the rain

Como disse, o show foi ótimo! Colocou o dia 14 de março de 2010 em nosso calendário de datas marcantes.

Além dessas músicas, os caras tocaram “Early morning”, “Manhattan Skyline” e a indefectí­vel “Take on me” (no segundo bis!). Uma pena que a bateria e o cartão do celular não aguentaram o tranco…

Apenas sentimos falta de “You are the one”. Acho que, se eles tivessem tocado esta música, certamente serí­amos transportados de vez para a década de 1980…

Lanchinho gostoso e saudável

Querendo, dá pra fazer do Subway uma opção saudável de lanche fora de casa. É só escolher os ingredientes mais leves, de preferência montar um sanduba sem carne, e optar por um suquinho ou um chá. Não estou dizendo que á coisa mais saudável do mundo, mas, vá lá: é um lanche fora de casa!

Eu só não sei o porquê quando vamos lá sempre comemos o Subway Melt, o que leva queijo gordo e, bem, bacon.

Delí­cia.

Esperando o show do A-ha em Belo Horizonte

Só pra constar, estou bastante ansiosa esperando pelo show do A-ha no próximo domingo. Imagine que eu tinha 13 anos (idade crí­tica) quando o Morten esteve no Rio em 89. A fita com a gravação do show – que passou ao vivo na Globo – quase furou.

Depois, quando eles vieram a BH, lá estava eu no Mineirinho, com uma amiga, na maior empolgação.  Neste ví­deo, de 1991, vocês podem me ver aos 15 anos. Eu sou esta aí­,  grudada no palco, bem aos pés do Morten.

Enfim… esperando por domingo e  imaginando como vai ser uma delí­cia reviver esta época ao lado d´Ele.

Espero ouvir, dentre outras..

Manhattan Skyline

We are looking for the whales

Living a boy´s adventure tale

Early morning

Stay on these roads

The blood that moves the body

Morten Harket an porta do Hotel Oton

Morten Harket

Foto tirada em 1991, na porta do Hotel Othon, quando do primeiro show do A-ha em Belo Horizonte.

Que o Chile logo se recupere

Ficamos muito, mas muito tristes com o terremoto que assolou o Chile na semana passada. Em 2008 estivemos lá e foi uma experiência fantástica. Visitamos Santiago e depois fomos ao deserto do Atacama, um dos lugares mais maravilhosos do mundo na minha opinião.  Quando retornamos a BH  relatamos passo a passo nossa viagem. Postamos muitas fotos do deserto, das lagunas, do salar, dos geiseres…  Falamos da comida chilena e dos chilenos, claro. E hoje, vasculhando os arquivos passados, dei com este post.  Achei interessante revivê-lo para mostrar como este terrí­vel evento natural é encarado pelos chilenos.

Enfim, agora é torcer para que cada indiví­duo afetado pelo terremoto possa se reerguer e que o Estado possa recuperar suas forças e finanças para voltar a ser como antes. É o que gente deseja a este paí­s que tão bem nos recebeu e que ainda nos terá por suas terras – espero que em um tempo não muito distante.

O texto e as fotos  abaixo foram postados em 17 de abril de 2008.

Um dos guias que tivemos no Atacama foi o Patrí­cio, que aparece neste ví­deo de 2007 durante o terremoto que atingiu o norte do Chile. Ele nos deu algumas informações sobre os tremores de terra que assolam diariamente o paí­s. De acordo com ele, o chileno está acostumado a este tipo de evento e nos falou a respeito de um ditado popular do paí­s segundo o qual o chileno só morre de doença de chagas, tiro e mulher.

Ou seja, os tremores de terra e terremotos podem até assustar, mas não tiram o sono de nenhum chileno, o que é normal quando se é obrigado a conviver com este tipo de coisa, vide o cotidiano de milhares de pessoas no mundo inteiro que se vêem obrigadas a continuar na luta mesmo em época de guerras ou calamidades naturais de toda espécie, o que pode ser bem pior que um tremorzinho de terra.

Pra quem é turista, porém, o buraco é mais embaixo e não dá pra não ficar assustado quando, a todo tempo, se é lembrado de que a terra pode dar uma sacolejadinha. Em Vinã del Mar, em cada esquina, nos deparamos com placas alertando para rotas de fuga em caso de tsunamis. Já em Valparaí­so, ao entrarmos no ascensor, tivemos a grata surpresa de ler o aviso abaixo.

De toda forma, mais importante é ter informação. Tremores de terra ocorrem sempre, quase que diariamente, segundo o Patrí­cio. Eles são suaves e quase imperceptí­veis. Já os terremotos ou sismos são mais fortes e ‘sabe-se deus’ quando e com qual intensidade podem ocorrer. Se você estiver em área descampada, como no Atacama, o risco de ser soterrado é pequeno. Mas, em Santiago, com tantos prédios í  volta, não sei não.

O lance é torcer pra não ser na sua vez.

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