Escrita livre da minha pequena. 🙂
Escrita livre da minha pequena. 🙂
Bastante interessante “Um Estudo de A Chave do Tamanho”, de *Thiago Alves Valente. Li enquanto lia para os meninos a Chave propriamente dita e fiquei bastante interessada nos pontos ressaltados por Thiago. Esta obra de Lobato, lançada em 42, já na maturidade do autor, não recebeu a atenção que merecia. E isto é facilmente percebido.
A Chave foi escrita e publicada em pleno desenrolar da Segunda Guerra Mundial e traz questões darwinianas clássicas, como evolução e adaptação. Não í toa, moderna e avançada para o seu tempo, foi marcada pela dicotomização política típica daquele pós-guerra e por “discussões que puseram na berlinda a postura transgressora e relativista da obra na formação das crianças e jovens”, nos dizeres de Thiago Valente.
Naquele período (como parece ser o nosso também) falar sobre ciência para crianças era revolucionário e Monteiro Lobato foi acusado de estar doutrinando as crianças brasileiras para o comunismo. Realmente, Lobato deu atenção í ideias comunistas em algum momento de sua vida – o que encaro com bastante respeito, inclusive. Mas é de pobreza extrema de espírito tomar a obra A Chave do Tamanho como um texto de Comunismo para crianças, como o fez o Padre Sales Brasil, 10 anos após a morte do escritor. Como diz Thiago Valente, tornou-se notória e exemplar – no mau sentido – o modo ligeiro com que muitas vezes foi lido esse texto tão original de Lobato.
Enfim, nesta obra ciência e política são elementos da vida cotidiana da turma do sítio. Os dois temas entram na construção da narrativa. O relativismo também é a chave para propiciar a experiência de um mundo sob outra perspectiva e para permitir o rompimento dos limites entre realidade e fantasia.
Fala-se em morte, seja na guerra, seja em decorrência do apequenamento e é um dos poucos livros infantis cuja história se passa no conflito mundial, sendo que as narrativas são bem realistas: “Aviões sobrevoam a cidade em exercício de guerra. Moças da classe média apressam-se, em uniformes brancos, para servir í nação com o exercício da enfermagem. Batalhões marcham nas datas cívicas: bravura, ´pão de guerra´, gasogênio – a cidade de São Paulo í década de 1940.”.
Lobato já havia, de fato, falado de guerras em obras adultas e também nos livros infantis História do Mundo para Crianças, Geografia de Dona Benta e Reforma da Natureza. Na Chave do Tamanho, contudo, o assunto vem com força total e com grande caráter pedagógico, visando í formação de novas gerações. Vale ressaltar o que Thiago Valente afirma categoricamente: o livro se opunha frontalmente a discursos oficiais nos quais a guerra constantemente aparecia como momento de manifestação dos atos mais heróicos ou dos valores morais sublimes. Lobato tinha, então, uma visão bem mais progressista, não sei se posso dizer globalista, do mundo e das relações de poder. Ele se destacava a ponto de os conservadores acusarem-no de propagar ideais heréticos e pagãos. E especialmente na Chave do Tamanho cuidou para que a ciência fosse mostrada de forma bastante coloquial, sendo bem claro que aos sábios cabe mostrar í humanidade a melhor forma de se usar o conhecimento.
Enfim, gostei bastante de ler a análise de *Thiago Alves Valente. Não sou expert em literatura, apenas uma leitora interessada. Então sua dissertação de mestrado me abriu os olhos, me deu chances para uma melhor interpretação do texto e também de seu autor. Somente a propósito, vivemos em uma época difícil. Uma época de anti-intelectualismo. A ciência e os doutos são incômodos. A massa segue aquele que mais grita e xinga. A mim me parece que Lobato nunca foi tão necessário.
*Thiago Alves Valente é Professor do Centro de Letras, Comunicação e Artes da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP. Atua como pesquisador nos temas literatura brasileira, literatura infantil, literatura juvenil e leitura.
Pegamos hoje apenas dois livros: O Menino Maluquinho, de Ziraldo (que ele leu em dois tempos) e Como Nascem Os Pássaros Azuis, de Walter Lara. Este último contem apenas ilustrações e nossa pequena criou ela mesma uma história escrita, o que foi muito bacana.
Há uns dias abri uma lata de doce de leite (de 800 gramas) e volta e meia dava uma “colheradazinha”. Não tirei muito não, mas aquele doce estava ali, todo dia me tentando. Acabaria comendo ele todo. No sábado í noite, então, resolvi fazer um pudim. Uma das melhores coisas a se fazer com um doce é dividi-lo com várias pessoas!  😀
Como eu fiz? Bati:
Usei uma forma de silicone redonda e inicialmente coloquei em banho maria no forno convencional. Como estava demorando demais (mais de 1 hora), tirei do banho maria e levei ao micro-ondas mesmo, onde ficou pronto em mais ou menos 15 minutos. Coloquei uns 7 minutos, olhei o pudim e coloquei mais alguns outros. Dependendo da potência do seu forno pode ser um tempo diferente.
O creme de leite, o leite e os ovos suavizam o açúcar do doce. Então ele fica bastante delicado, sem perder o sabor delícia do doce de leite. Na hora de comer (para não amolecer) cubra com castanha de caju picadinha (xerem) ou nozes. Dá um toque bem especial.
Dia de chuvinha gostosa é dia de bolo.
Fiz o de cenoura, a receita mais gostosa na minha opinião. Só que hoje não vai rolar cobertura. 🙂
Até o fim de maio já havíamos lido juntos alguns livros de Monteiro Lobato. Após esta data lemos O Picapau Amarelo, O Minotauro (até a metade) e A Chave do Tamanho. Estamos agora no meio de Caçadas de Pedrinho.
No Picapau Amarelo todos os personagens do mundo das fábulas decidem se mudar para o Sítio do Picapau Amarelo e, para conseguir acomodar todo mundo, Dona Benta compra todas as terras próximas ao sítio para proporcionar maior conforto os personagens. No caso do Minotauro, nós tivemos um probleminha. Acho que o livro não é muito indicado para a idade dos meninos. Na verdade foram eles mesmos que me pediram este título, mas quando estávamos quase na metade eu percebi que o interesse estava baixo. Há muito sobre os filósofos gregos, muitos nomes de lugares históricos etc. Para eles, ainda com 7 anos de idade, ficou um pouco enfadonho. Retomaremos este livro daqui a um tempinho.
A Chave do Tamanho foi muito adorada. É um livro muito bom mesmo, inclusive para nós adultos. Vou fazer uma postagem especial sobre esta obra, pois li uma dissertação de mestrado a respeito e penso que vale resumi-la aqui.
Por ora estamos lendo Caçadas e estamos todos adorando.
Me esqueci, no post de maio, de dizer que lemos ano passado As Histórias de Tia Nastácia. Eram histórias curtas, adaptações de histórias folclóricas brasileiras, mas também de outros países como Irã e Rússia. É um livro bem diverso, mas eu, pessoalmente, não fiquei muito empolgada. Achei que muitas histórias são sem pé nem cabeça, estranhas mesmo. Acho que Lobato desejava mesmo desprezar os contos populares brasileiros. A pesquisar.
Há algum tempo que frequento a Biblioteca Pública com os meninos, mas de agora em diante vou guardar para a posteridade quais livros nós 3 escolhemos em casa visita. Estamos sempre lendo livros em casa, sejam nossos (estamos no Caçadas de Pedrinho no exato momento) ou os da escola. Mas quem não gosta de uma novidade e de um passeio agradável?
Desta vez eu escolhi um conto infantil de Pushkin; bem legal, por sinal, era indicação da Biblioteca! Ele escolheu quadrinhos do Snoopy e ela queria um livro de bichinho. Trouxe, então, o da galinha que botava batatas. 🙂
Para quem acorda cedo, mais cedo do que o devido, apenas para correr e ligar a TV escondido. 🙂
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