um blog sobre todas as coisas em geral

Sem açúcar e com muito afeto

Legumes assados (2) Pêras e bananas assadas  (1) Pratinho dos gêmeos de 2 anos

Já postei várias vezes sobre como cuidamos da alimentação de nossos filhos. Não sou especialista, mas tenho tido alguns cuidados dignos… E digo eu, assim na primeira pessoa, com muito orgulho. Faço todas as compras e cozinho para a casa toda. É óbvio que sem Ele aprovando o que faço nada seria do mesmo jeito. Imagine se o marido não gostasse dos hábitos que tenho tentado cultivar. Seria um caos. Mas Ele aprova e gosta.

Nada de açúcar para as crianças e pouco para os adultos. Quase nada de industrializados para todos. Congelados apenas em casos de extrema necessidade. Sem refrigerantes. Sem frituras. O que temos em casa são frutas, legumes, verduras, pães, queijos,  grãos, carnes magras. E aí­ eu vou inventando e reinventando receitas.

Asso muitos legumes. Vario os grãos. Faço ervilha, feijões diversos, grão de bico, soja.. Uso muito músculo, porco magro, peito de frango de formas variadas (ninguém suporta bife de peito de frango grelhado). Peco por não fazer peixe com frequência. Faço às vezes, mas não sou muito boa neste prato.

Faço sucos com folhas variadas e quando pinta vontade de comer doce, asso frutas. Na terceira foto vocês podem ver peras e bananas caturras cobertas com farinha de castanha de caju que foram assadas. E, logo depois, mais um exemplo do que meus filhos, com dois anos e um mês, comem com alegria:  arroz, frango refogado, feijão, abobrinha refogada com alho, cenoura e brócolis, o legume preferido.

Deixo bem claro que não tenho nada de santa quando se trata de comida. Sou uma comilona inveterada. Gosto de tudo, em grandes quantidades. E eu digo isto para mostrar que tudo o que faço no dia-a-dia é fruto de muito esforço e comprometimento. Não sou (nunca fui) daquelas que beliscam comida,  cujos pratos pesam 200/300 gramas. Muito pelo contrário: sou a amante de rodí­zios, amante de doces e frituras, amante da fartura. Só que eu sei o que é bom pra mim, para Ele e para meus filhos. Sei que se eu continuasse a comer apenas como o instinto e a gula mandam eu prejudicaria não só a mim como a toda a famí­lia. E como sou eu quem comanda a comida da casa resolvi ser racional, consciente.

Muito ou quase tudo do que faço vem dos ensinamentos passados nas reuniões dos Vigilantes do Peso. Lá (ainda na década de 90) aprendi o que é comer bem e faço questão de perpetuar esta ideia dentro de casa. É mais que claro que a quantidade de comida fornecida às crianças não é limitada. Mesmo porque ambos são magros. O que proibimos (por enquanto) e limitamos são os alimentos nocivos. Sabendo, claro, que mais cedo ou mais tarde eles conhecerão as balas, biscoitos recheados e as frituras. E serão fortemente atraí­dos.

O que vale ressaltar  é que é mais do que provado que retardar o fornecimento deste tipo de comida à  criança é benéfico. Primeiramente evita-se a obesidade, as doenças correlatas e a falta de nutrição. E depois, mas não menos importante, favorece-se o paladar. É que os alimentos perniciosos são maldosamente deliciosos, cheios de sal, açúcar e gorduras. E com eles nossas papilas gustativas ficam nitidamente obnubiladas. Ou seja, alimentos mais naturais, menos saturados, fazem naturalmente que nosso sensor fique mais apurado. E desta forma é muito mais fácil sentir o sabor de um legume, de uma verdura, de uma fruta.

E não é só isso. A gente já nasce gostando do sabor doce. Então é muito importante criarmos o hábito com o salgado, o azedo, o amargo.. E este hábito só será possí­vel se a mãe ou responsável oferecer (e insistir) ao seu pequeno, desde cedo, alimentos bem variados. Tem a questão do exemplo, sempre falada por todos, mas nem sempre respeitada. Como eu posso ofertar à  criança um alimento que eu mesma não como? Aqui em casa nós nunca tivemos este problema, já que legumes, verduras e frutas sempre estiveram presentes em nossas casas de origem. Mas não custa lembrar. Muita gente quer que a criança coma, mas não faz a sua parte.

Um conselho que eu dou aos pais que tem crianças que nada comem é que respeitem os horários das refeições e deixem que seus filhos saibam o que é ter fome. Um pouquinho de fome já na hora do almoço é mais do que saudável. Na verdade os lanches precisam sim existir, mas devem ser mais leves e neles devem sempre ser inseridas frutas. O suco é bem vindo, mas a fruta in natura é ainda melhor. Iogurtes (Danoninho não, ok?) sem açúcar também são boas pedidas. Depende do dia e do agito, né? Neste friozinho eu costumo dar, no lanche da tarde, uma fruta e também um pãozinho com requeijão.

Para guardar de lembrança:  hoje levamos os meninos para a primeira consulta de rotina ao dentista e ficamos mais uma vez felizes por obter total aprovação médica em relação à  postergação de oferta de açúcar. Os dentes também agradecem.

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  1. Rose

    Tudo que aqui está escrito assino.
    Temos que trabalhar em equipe, juntos mudamos hábitos e fazemos o bem para toda a família.Que sirvamos de exemplo, né?
    Vejo que são bons de prato…hahahahah.
    Em tempo:
    Passarinhos, sempre passarinhos.Tudo que faço tem que ter algo sobre essas fofas criaturas.AMO!!!

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