Neste mês tivemos um feriado bem prolongado, o do dia das Crianças e dos Professores. Não viajamos, mas fizemos alguns passeios aqui em BH e cozinhamos coisinhas gostosas em casa. Fato que, dos dias do feriado, dois foram de chuva intensa e não conseguimos passear. Nos outros fizemos os passeios nos parques e passamos o dia no clube. Fizemos churrasco de verdade, churrasco de mentira na airfrier, assistimos a filminhos divertidos na TV, jogamos jogos de tabuleiro… enfim, ficamos juntos e foi bom. Foi pena que tanto eu quanto o pai estávamos trabalhando em alguns dias em que eles estavam de folga. Mas deu tudo certo.
Os meninos estão crescendo e agora nem sempre é fácil agradar a todos, mas seguimos tentando. E seguimos tentando ser bons pais, na contramão muitas vezes, pois o mais fácil é ser o pai amigão, o que deixa tudo, o que libera tudo, a todo tempo… a velha história de sempre. Isso não muda e nunca mudará. Seguimos.
Ilha de Sacalina é um relato de Anton Tchékcov, escritor russo – considerado um dos maiores contistas de todos os tempos – que também era médico e teve o interesse (e grande disposição, pois não foi um trabalho simples) de ir até a ilha de Sacalina, para onde eram enviados os condenados a trabalhos forçados na Rússia czarista, e fazer um inquérito de saúde pública.
O condenado, em regra, cumpria sua pena de trabalhos forçados e, ao final de sua pena, recebia um pequeno pedaço de terra para trabalhar como colono. A ideia era a ressocialização. Decorridos dez anos de permanência na condição de colono, o deportado passava ao estatuto de camponês, sujeito a mais direitos. Mas a deportação era irrevogável.
Tudo ocorria em meio a muita degradação e sofrimento; as mulheres, por exemplo, sofriam horrores. Em número ínfimo em relação aos homens, viravam mero objeto de servidão na ilha:
“…uma dona de casa, mas uma criatura inferior até mesmo a um animal doméstico. Os colonos do povoado de Siska entregaram ao chefe do distrito o seguinte pedido: “Pedimos muito humildemente a Vossa Excelentíssima que mande gado para produção leiteira para a localidade mencionada abaixo e também o sexo feminino, para cuidar da vida doméstica 
Depois de sua viagem e relatos, Tchekhov chegou í conclusão de que o governo tinha a obrigação de assegurar um tratamento humanitário aos prisioneiros. Suas pesquisas foram publicadas exatamente sob o título A Ilha de Sacalina como uma obra sociológica — ou seja, não literária – e suscitaram a atenção do Czar. Ela só foi desativada como colônia penal em 1906, no entanto.
A propósito, ela é objeto de breve comentário e análise no romance 1Q84, do escritor japonês Haruki Murakami, texto que tenho baixado e preciso ler. Mais um pra lista. 🙂
obs: Sacalina: ilha do Pacífico ao norte do Japão, a mais de 9 mil quilômetros de Moscou.
Frita bacon, cebola, alho, junta polpa do maracujá, deixa ferver um pouco, junta açúcar para retirar um pouco a acidez, junta cheiro verde a gosto, temperos de seu gosto (usei só sal), um pouco de manteiga e farinha de mandioca até dar uma ligeira torrada.
Eu tento de tudo um pouco, inclusive colocar um pedaço de carvão dentro da airfrier. Desta vez eu e Ele tentamos juntos, sejamos justos.
E não é que ficou gostoso? O lance é esquentar o carvão primeiro na boca do fogão, depois colocá-lo no meio da air fryer, numa espécie de caminha de papel alumínio. Ao redor dele, coloque a carne de sua preferência, que não deve ser carne seca nem dura. Eu usei um bife ancho muito macio, então nem tinha jeito de ficar ruim.
Em uma leva usei bastante alho, noutra não. E só sal pra temperar, ao final do preparo. Como gosto de carne mal passada, deixei pouco tempo. Isso fica a seu critério; vá olhando. Ficou muito bom e eu aconselho a experiência, tomando cuidado, claro, com o carvão, que fica incandescente dentro da panela.