Leia mais sobre o lobo-guará e os outros habitantes do Parque do Caraça.
Mês: maio 2008

Aproveitamos que estávamos em Santa Bárbara – que fica entre Mariana e Itabira – e visitamos o Colégio do Caraça, que fica em uma reserva particular que abrange a Serra do Caraça. A região é linda; é uma área de transição, convivendo ecossistemas de mata atlântica e cerrado. A primeira foto é do museu do mosteiro, já reformado. A outra é da cascatinha, uma das diversas atrações da região.
Fomos também a Catas Altas, Mariana e aproveitamos, na volta, para dar uma passada por Ouro Preto e Cachoeira do Campo, onde conhecemos o sorvete Arte e Manha.
😛

Neste feriado de 1º de maio fizemos uma viagem bem bacana. Sem planejar nada, fomos passeando até encontrar um lugar legal para ficar. A ideia era não viajar para muito longe e visitar algumas cidades que ainda não conhecíamos.
E assim foi: passamos pelas cidades de Caeté, Barão de Cocais e, quando chegamos em Santa Bárbara (fotos), resolvemos ficar. A cidade é uma gracinha, super aconchegante, a 120 km de BH, mais ou menos. O Hotel Quadrado, no qual nos hospedamos, também merece referência. Muito bom.
Em nossa viagem ao Chile, tivemos o prazer de sermos, voluntariamente, apresentados ao melhor sorvete que experimentamos até então. Em Santiago nos deliciamos diariamente (e, í s vezes mais do que uma vez ao dia) com sorvetes da Gelateria Bravissimo. Tudo começou com uma visita ao shopping center que fica próximo ao Mercado Central da capital chilena. Aquele passeio, que foi o segundo em nossa estada na cidade, marcou a viagem. Os sorvetes da Bravíssimo são tão gostosos que decidimos que cada um de nós consumiria ao menos uma bola de sorvete a cada dia… E assim fizemos este delicioso esforço. Infelizmente, por mais que nos esforçássemos, não conseguimos esgotar a pluralidade de sabores em nossa estada no país.
Desde que voltamos, colocamo-nos a buscar, em nossa cidade natal, um sorvete que fosse tão bom quanto o da Gelateria Bravíssimo. Tentamos I Scream, Easy Ice, São Domingos, Salada, Nevada e Hí¤agen-Dazs; mas nenhum chegava aos pés… Vale ressaltar que o Hí¤agen-Dazs – por duas vezes – estava com aquele aspecto de que já havia sido descongelado e recongelado…
Hoje, em uma viagem, encontramos uma sorveteria que se mostrou quase tão boa quanto. Trata-se da Arte e Manha, que vende sorvetes artesanais em Cachoeira do Campo e em Amarantina. Simplesmente deliciosos! Para melhorar, além dos tradicionais sabores que todos nós adoramos (Chocolate, Ferrero, Brigadeiro, Trufado…) há também sabores diferentes que são deliciosos. Em poucas horas no local (km 68 da rodovia dos inconfidentes, que liga a BR 040 a Ouro Preto), experimentamos:
- Pequi
- Maracujá com manjericão e gengibre
- Tangerina com manjericão e hortelã
- Cupuaçu
- Abacaxi com cardamomo
- Figo
- Fruta do conde
- Rosas e hibisco
- Brigadeiro
- Tartufo (chocolate amargo)
- Amarula
- Uva, amora e jabuticaba
- Ferrero rocher
- Chocolate com pimenta
Após consumirmos ao menos uma bola de sorvete de cada um dos sabores mencionados acima (obviamente eu experimentei alguns e Ela, outros), concluímos que o meu preferido foi o de abacaxi com cardamomo. Mas o de rosas e o de chocolate com pimenta são algo fora do comum. Ela preferiu o de fruta do conde e o de figo, com igual destaque para o de maracujá com manjericão e gengibre.
Recomendamos mais que veementemente para que aqueles que estejam a caminho de Ouro Preto que experimentem esta sorveteria. Excelente!
Opinião dEla: Eles (a sorveteria Arte e Manha) se sobressaem em virtude da pluralidade de sabores; em termos de qualidade, embora muito bons, ainda não chegam a superar os da Gelateria Bravíssimo.
Assino embaixo. E assim continua nossa busca pelo melhor sorvete. Ainda falta experimentarmos, em BH, sorvetes da La Basque e Blue Mountain. Mas agora, além da Gelateria Bravíssimo, eles também terão que ser melhores que os da Arte e Manha.
Alguns posts atrás, escrevi que SPA não é nada mais do que um ponto de apoio no deserto do Atacama. Tal afirmação não é esclarecedora em se tratando da história do Chile, por isso resolvi falar algo mais a respeito.
Pois bem, segundo registros históricos, a região de São Pedro foi frequentada por nômades desde que o homem é homem. Nesta época, havia grandes lagos e rios abundantes. Milhares de anos depois, o clima sofreu uma grande mudança, passando de chuvoso a seco. As águas se evaporaram, surgindo, por exemplo, uma das grandes atrações do lugar, o Salar do Atacama (surpreendente, por sinal).
Então, em razão desta mudança climática e já pelos idos de 1000 a.c, as famílias começaram a buscar as poucas regiões que mantiveram alguma umidade e nas quais encontrariam o algarrobo, o chanãr (duas árvores típicas que produzem fruto) e os guanacos, um tipo de lhama selvagem. Os primeiros assentamentos humanos na região foram Tulor, Coyo e Beter, nos quais se cultivava milho, batata e quinua. Mais tarde, viraram vilas e passaram a negociar com outras, como Chiu Chiu e Lasana, que se tornaram importantes centros de comércio.
Duas culturas sobressaíam nesta época, a atacamenha e a tiawanaku, e tem-se, como curiosidade, que, ainda no ano de 500 d.c, era comum o uso de alucinógenos com finalidade espiritual. A partir de 700/900 d.c as relações entre as duas culturas começaram a ruir, iniciando-se a produção de armas, sendo que as vilas tornaram-se verdadeiras fortalezas, conhecidas como Pucaras. A cultura atacamenha foi mais brava e consolidou-se na região.
Na época em que os europeus rumaram para o norte do Chile, foram se instalando onde hoje é, propriamente, São Pedro; dá pra perceber, inclusive, a cultura cristã sobrepujando-se í atacamenha (ou licanantai).
Enfim, São Pedro encontra-se neste burburinho histórico, circundada de vilas e fortalezas, algumas ainda encobertas pela areia. Â
Estivemos em alguns destes lugares. Logo virão as fotos.