Olha, não vou tecer maiores comentários. Vou apenas tomar a liberdade de transcrever o relato de uma moça que foi agredida dentro de uma boate na zona sul de Belo Horizonte neste fim de semana. E deixar um pedido a todos: jamais façam vistas grossas í  violência, í  covardia e ao desrespeito.

Violência contra a mulher no Major Lock

Mulher diz ter sido assediada na boite Major Lock

Todas as minhas amigas me perguntam o porquê de desde sempre eu preferir baladas gays. Simples! Gays são respeitosos, são educados, são dignos, são humanos! E isso é facilmente comprovado!!

Hoje, fui prestigiar a banda de amigos que inclusive tem feito um cover maravilhoso de RATM, banda que muito representou na minha adolescência. O local eu nunca gostei, justamente pelo público repleto de Pitboys abusados!

Estava uma noite agradável. Boate não tão cheia e o show maravilhoso. Até o momento em que decidi ir buscar uma bebida e fui abordada por um rapaz que quis me beijar a força, fato comum nesse tipo de boate. Me esquivei e o abusado encheu a mão na minha bunda. Eu o repreendi alertando-o que chamaria o segurança e ele me chamou de lésbica, apertou meu braço e pasmem, me puxou e … eu estou morta de vergonha de dizer… ELE ENFIOU A MíƒO DEBAIXO DO MEU VESTIDO E TOCOU EM MIM e ainda me deu um banho de energético! Fiquei molhada e estagnada no mesmo lugar! CHOCADA! 

O brutamontes dava dois de mim!!

Procurei o segurança, relatei o ocorrido e o marginal sumiu. Alguns minutos depois ele voltou. Fui falar com ele para certificar que era ele enquanto minha amiga foi chamar o segurança. Ele me dizia que tatuadas ou são lésbicas ou putas e que tinha preconceito. Putas e lésbicas também merecem respeito!

 O segurança veio pontamente mas foi levado na conversa!  Era minha palavra contra a dele. Eu tinha 3 (TRES) Testemunhas indignadas, C. V., L. M. e R., e bastou o cara negar que foi logo liberado e sequer advertido.

Alegaram que não houve flagrante e um segurança despreparado veio me dizer que “Maria da Penha” só se aplica a casais casados! E eu nem havia falado em tal lei, mas falei sobre violência contra a mulher, que foi o que ocorreu.

Em seguida me dirigi ao proprietário do estabelecimento que prontamente me disse: “Vim aqui pra curtir. Faça o mesmo”. Como alguém pode curtir algo após tal violência e falta de respeito? Me disse que não poderia fazer nada, me ridicularizou dizendo: “Pode chamar a polí­cia…” ele estava seguro demais que não teria problemas com a polí­cia!

Agora eu me pergunto e pergunto a vocês: ATÉ QUANDO VAI SER ASSIM? ATÉ QUANDO AS MULHERES SERíƒO OBRIGADAS A CONVIVER COM TODO O TIPO DE VIOLíŠNCIA? ATÉ QUANDO A NOSSA PALAVRA NíƒO TERí VALIDADE?

O que sofri foi uma violência que me lesou em todos os aspectos! Fui desrespeitada por todos os homens que procurei para pedir ajuda. Sinal que todos são capazes da mesma atrocidade. Pra eles, não foi nada de mais!!

Ta aí­ um lugar que eu não piso mais e que na segunda feira estou processando para que outras mulheres não passem por isso!