Em novembro terminei a leitura de Ana Karenina e, desde então, estou para escrever a respeito. Me esqueço ou acabo me desanimando, pois sei que não conseguirei postar nada í altura.
Mesmo assim, lá vai. Ana Karenina foi um dos melhores, ou o melhor, livro que já li. O romance é surpreendente porque, apesar de ser conhecido como o maior romance da literatura mundial cujo tema é o adultério, o texto não se resume, de maneira alguma, a este tópico.
Relacionar Ana Karenina apenas com o adultério é reduzir demais o conteúdo da obra, que aborda com destaque profundas questões existenciais. É claro que o assunto é uma constante, mas não é o único. O personagem Lievin é questionador e assume papel importantíssimo no decorrer da leitura. Li, inclusive, que Lievin seria o próprio Tolstói encarnado e, parando para pensar, bem que pode ser verdade. Ele assume um personagem que de secundário nada tem e assombra com suas dúvidas e percepções.
É tocante como Tolstói consegue passar em palavras as várias nuances do amor, do desejo, do ciúmes, da vingança, da fé e a minuciosa descrição da época e dos costumes a mim me agrada muito. Sei que tal característica da obra de Tolstói afugenta muita gente, ainda mais em uma época em que a falta de tempo é a tônica dos bate-papos, mas vale a pena dar-se esta oportunidade.
O clipe acima é do filme de 1997, ao qual, a propósito, assistimos hoje. A música é belíssima e os personagens charmosos, mas é óbvio que assistir ao filme não exime de ler o livro se você quiser realmente conhecer a história.
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