Bem, este post é apenas para constar que estamos nos adaptando ao fim das férias, que foram muito gostosas. Não viajamos, mas, ficando quietos em casa, pudemos fazer aquele tanto de coisas que sempre desejamos e nunca temos tempo.
Vimos as 4 temporadas de 4400, vimos Carnivale (as duas temporadas existentes), mais vários filmes no cinema e muitos outros na TV. Dormimos tarde e acordamos tarde. Almoçamos todos os dias na rua, passeamos no shopping, ficamos com a família, jogamos Wii, passeamos com a Neguinha, arrumamos a casa, jantamos fora, fizemos pipoca, cuidamos das plantas e o mais gostoso pra mim: ficamos todo o tempo juntos.
Agora, nós dois acordando cedo, ainda precisamos de alguns dias para não passar a tarde bocejando. Ele começando o doutorado; eu recomeçando alguns estudos. O café estará sempre presente e o melhor: mesmo atarefados continuamos bastante tempo juntos. Isto é que é vida.
E não é que, outro dia, passando por uma loja, me encantei com este menininho de madeira? Não teve jeito e ele veio parar aqui em casa. Fica lá, agachadinho na sala, com cara de quem não quer nada, só olhando, tudo e todos, com esta carinha rechonchuda.
Seu chapeuzinho lembra um garoto mexicano, mas seus olhos são orientais. Quem é esta figura, é o que me pergunto.
Pois é, quando falamos que Ele passa boas horas do dia no trânsito, tendo de aguentar a linha verde e as demais palhaçadas do governo estadual e municipal ninguém acredita.
Mas olha aí. O carro foi comprado em março e a foto é do início de novembro. Foram 09 meses e 12.345 km rodados. Em sua maioria no trajeto casa/trabalho, trabalho/casa.
36 semanas de trabalho, 180 dias úteis, média de 68 km rodados por dia. Sim, pra quem mora em Brasília, Rio ou São Paulo isto é fichinha, mas comparado a mim é um absurdo.
Como muitas meninas da minha época de adolescente, eu era apaixonada pelo Morten, vocalista do A-ha. Hoje, passeando pela net neste dia cinza de chuva, achei este vídeo e me recordei da época. Primeiro o A-ha veio ao Rock in Rio II e eu esperei impacientemente na frente da TV o início do show. Gravei tudo, claro, mas minhas fitas já viraram lixo, até porque foram tão rodadas que perderam a cor.
Depois, o grupo veio a BH. Eu e uma amiga fomos cedo para o Mineirinho para pegar um bom lugar (!) e quando o show começou foi a glória (!). Ficamos no gargalo, completamente espremidas, mas, como tudo o que é bom dura muito pouco, tive a sensação de que o show acabou em poucos minutos; ou seja, nem sofremos com o apertucho. O papo a respeito do show, claro, rendeu pra caramba.
Hoje, 17 anos depois, vem í minha mente duas coisas. A primeira é que eu era, sim, apaixonada pelo grupo, mas era algo extremamente saudável. Ouvia as músicas, até comprava revistas de fotos e tudo o mais, porém havia um limite. Artistas pra lá, fãs pra cá. Nada de gritos, choros ou outras demonstrações de confusão mental. Havia uma grande admiração, achava o cara lindo de morrer, a voz linda de morrer, mas tudo bem administrado, bem diferente do que de vez em quando vemos na TV. Mas tudo bem, cada um deve saber o que faz.
Outro ponto é que eu tinha apenas 15 anos quando fui ao show do A-ha. Fui sozinha com uma amiga e, depois, voltamos de carona com o pai de uma terceira. Hoje em dia os meninos e meninas de 15 anos mal podem sair de perto da mãe. Há uma preocupação tão grande com a violência que os adolescentes são, todo o tempo, tolhidos. Não critico os pais. Me imagino fazendo o mesmo com meus filhos, pois temerei por eles. O triste é que, com o passar do tempo, estamos nos enclausurando cada dia mais. Os grandes centros são, apesar de convidativos, violentos e estressantes. Além da questão da violência, há uma sensação de que todos vivem voando, sem tempo pra nada.
Como não gosto disto, tento viver de um jeito um pouco diferente. Não gosto de correr, de fazer tudo í s pressas. Só consigo ser feliz se tiver tempo pra dormir direito, comer direito (em casa e não na rua), fazer meu yôga, ler, andar com o cachorro… e, claro, estudar e trabalhar, pois são necessidades não só materiais como físicas e psicológicas. Eu sinto muito (mesmo) por não conseguir influenciar os outros, como algumas amigas, que vivem em estresse e não tem tempo para um papo via telefone sequer. E, claro, também sinto por ter que, na rua, conviver com o medo da violência. Por todos nós.
De qualquer forma, adorei ter ouvido esta linda música do A-ha. Neste dia de tanta chuva trouxe ótimas lembranças de quando tinha 15 anos e a vida era quase só estudar e papear. Falávamos também sobre o futuro e como estaríamos e seríamos aos 30..
Acho que todo mundo já leu a notícia de que um pequeno vídeo da filha da Tizuka Yamazaki fazendo sexo caiu na rede. E aí começam as gracinhas, as piadinhas, os deboches. E aí começam as comparações com Paris Hilton e a possibilidade de a moça ser contratada pelas Brasileirinhas. Que preguiça.
No caso, na minha opinião, mais negócio pra moça (em se tratando de internet) é ligar o “dane-se”. Se ficar tentando evitar que se fale no assunto, mais vão falar e divulgar o vídeo, vide todos os outros casos já divulgados.E, descobrindo-se quem divulgou as cenas, que este alguém pague pelas consequências na Justiça.  Â
O que mais me aborrece é que a mulher ainda é uma vítima em tudo o que se refere a sexo. A moça não estava só, mas é só seu nome, sua imagem, que acabam sendo diminuídos. O homem, como sempre, estava apenas se divertindo, como tem que ser.
Porque ainda existe tanta hipocrisia, tanto pudor especificamente relacionado í mulher? Porque tantos dedos quando sexo entra na jogada? Já não se falou o bastante, já não se discutiu o suficiente? Gostaria tanto de entender as origens deste sentimento de pecado, de sujeira, que brota nas pessoas quando um destes vídeos aparece na internet. Sim, eu sei, são frutos da religião, mas ainda não me explicaram, quero saber mais, quero entender.
Ah, sim, não há explicação, minha amiga, religião não se explica. Se obedece, segue, respeita. São dogmas. E é assim que tem que ser. O que fica é que sexo é pecado, é sujo, é errado. E quem o fizer vai ter contra si um grande dedo em riste, em desaprovação. Simplesmente porque você agiu como o animal que é.
Enfim, mais uma vez socorro-me das palavras do psiquiatra Galeno Alvarenga quando diz que somos muito mais idiotas que inteligentes. Que pena.
Falando em cerrado e em Coromandel, é interessante salientar que a população do Alto Paranaíba tem sotaque e palavrear bastante característicos. Tudo é bem diferente de quem mora na capital e as pessoas pronunciam expressões do tempo do onça ou nunca utilizadas por aqui.
Quando criança, passando férias por lá, especialmente quando ficava na fazenda, me assustava ouvir verbos como apear, arribar, alumiar e muitos outros que não me recordo agora. Por vezes não sabia mesmo o que queriam me dizer e, na minha ignorância, por vezes achava que aquela linguagem encontrava-se em desacordo com a norma do português.
Mais tarde, estudando e lendo mais e mais, compreendi que, em verdade, não há um português errado ou correto. Há, sim, a norma culta, que deve obedecer aos padrões gramaticais e é utilizada em ocasiões específicas, mas o português – definitivamente – não se resume a ela e as diferentes regiões e/ou populações possuem a sua linguagem particular, que deve ser respeitada.
Pois então. Na nossa última viagem, ouvimos por vezes o verbo alumiar. Chegando a Beagá, continuei a leitura de Anna Karenina e, pra minha surpresa, em uma tradução não muito recente, lá estava ele. Eu não imaginava, sinceramente, que alumiar é verbo regular da 1ª conjugação. Aproveitei e verifiquei apear e arribar e também são, isto mesmo, verbos constantes da norma culta. O que quero dizer: o que eu, por vezes, achei fosse “errado”, não era. E o meu desconhecimento, minha ignorância, fora fruto de algum preconceito.
E ainda que não fossem verbos da norma culta, vale dizer, estariam inseridos em um contexto próprio, ou seja, em nada desqualificariam seus falantes. Hoje, claro, tenho uma visão mais crítica e a mim me agrada bastante conhecer um pouco mais da riqueza de nossa lingua.
Enfim, em Coromandel, por várias razões, ficamos um pouco mais ricos em matéria de lingua portuguesa, o que também foi muito bacana.
E não é que a Igreja Universal do Reino de Deus foi condenada a devolver a um de seus fiéis todo o dinheiro ofertado a título de dízimo, desde 1996? O sujeito, portador de doença mental, envolveu-se até o pescoço com os ‘pastores’ da ‘igreja’, que chegaram a lhe vender a chave do céu. Quem tentasse dissuadi-lo, claro, era chamado de demônio.
Milhares de políticos cuja vida pregressa está pior que pau de galinheiro irão disputar as próximas eleições. Acabo de ver, por exemplo, a cara lavada do atual prefeito de Uberaba/MG, Anderson Adauto, em sua atual campanha. O santinho estampa um sorriso aberto de quem ‘aga e anda’ pra quantidade de denúncias que correm contra ele.
Estamos em casa novamente e já preparando alguns posts com fotos de nossa viagem. Inicialmente fomos até a cidade de Coromandel, no Alto Paranaíba, iniciando o percurso pelo cerrado mineiro. Depois, fomos até Brasília e, após uma breve estada na Capital Federal, fomos para a Chapada dos Veadeiros, GO, fixando lugar em São José, distrito da conhecida Alto Paraíso. Tudo foi muito bacana e teremos muito prazer em compartilhar aqui algumas belas fotos.