
Cumbuquinhas que ganharam quando ainda eram bebês. Eles as adoram.

Hoje o lanchinho da escola foi mais especial. Aniversário dos meus pequenos, fiz um brigadeirão bem gostoso, usando cacau 100%.
Mandei suco de laranja, croissant quentinho e um pedaço do brigadeirão. Pra completar o dia, almoçamos no restaurante japonês (que eles amam) e í noite nós três, já que papai ainda estava trabalhando, lanchamos quiche de queijo, pasteizinhos e coxinha.
O dia foi ótimo e eles adoraram os presentes que ganharam. No próximo sábado faremos um bolinho para a família e cantaremos os parabéns.
Também li O Processo, de Kafka, durante minha recuperação. E esta leitura foi, pra mim, tão difícil e complicada quanto a leitura de A Metamorfose.
O Processo, confesso, achei ainda mais difícil de digerir. O livro é absurdo e distópico, sendo que a realidade na qual o personagem Josef K. está imerso é claustrofóbica. Há uma série de surpresas surreais, geradas por uma realidade inacessível. Josef K., o protagonista, desorienta-se diante do absurdo das situações, trazendo ao leitor – como não? – o mal-estar típico das obras de Kafka.
Josef K. nunca é informado por que motivos está sofrendo o processo e isto é angustiante. O texto é atual e provoca questionamentos acerca dos costumes e crenças arbitrários, que podem ser, sim, bizarros quanto os acontecimentos da vida de K.
Kafka não é meu autor preferido, mas penso que ele é necessário.
Este livro foi presente de uma amiga e colega de trabalho no Natal de 2018. O autor é mineiro, atualmente residente no Rio de Janeiro, cineasta e roteirista. Já publicou outros dois livros, Bárbara não quer perdão e O último trem, dois volumes da trilogia ” Aqui estamos nós”, que termina exatamente com Identidade.
Identidade – o último da trilogia – é um thriller excepcional. Li em duas tardes. É daqueles livros que você esquece o mundo ao redor. Você quer terminar a leitura, mas não quer que o livro acabe. A história é genuinamente brasileira: família de político corrupta, prostituição, disputa pelo poder a qualquer custo, paixão e violência.
O autor narra de maneira muito fluida o encontro de dois jovens marginalizados pelas circunstâncias e unidos pela vontade de viver uma vida normal. Ane foi violentada e prostituída. Joe, um assassino a serviço de um poderoso grupo político-financeiro. Desse encontro nasce um amor impossível, trágico e definitivo. A narrativa é muito bem arquitetada, os personagens são bens construídos; o autor é definitivamente talentoso.
E acho mesmo que o texto de Identidade deveria se tornar filme ou série de TV. Aposto que faria muito sucesso. Enfim, indico demais este livro. Sua leitura me deu muito prazer.
A Transparência do Tempo, de Leonardo Padura, foi presente de uma amiga querida durante o período em que eu estava me recuperando do joelho. Foi uma boa leitura, interessante para compreender melhor a realidade de Cuba.
Padura relata um pais amado, de gente boa de vida difícil. A pobreza e a escassez de produtos básicos estão na obra de forma enviezada, por exemplo quando os personagens se alegram por poder tomar um café decente. Não há críticas tão diretas ou duras ao regime, Padura ama viver em Cuba, mas o escritor não faz questão de relatar um pais sem máculas ou dificuldades.
Pesquisei sobre Padura e li que ele mesmo se diz preterido em seu país natal. Em razão de suas críticas ao regime provavelmente, mas ele é o cara que diz que “precisamos refundar a utopia”, ele ama Cuba e não pretende deixá-la.
Em A transparência do tempo, seu último romance, há um trânsito entre a Guerra Civil Espanhola e o cotidiano da Cuba imediatamente anterior í morte de Fidel Castro. A história versa sobre o famoso ex-policial cubano Mario Conde, que percebe o encolhimento da oferta de livros usados cuja revenda vinha sendo seu ganha-pão. Aparece, então, um ex-colega de escola e lhe oferece o trabalho de recuperar a estátua de uma Virgem negra que lhe fora roubada. Com o passar das investigações, Conde percebe que a peça é mais valiosa do que imaginava.
Há capítulos intercalados, nos quais o autor relata as lendas que envolvem a imagem da santa, tendo como pano de fundo a Catalunha, desde a Idade Média até a Guerra Civil Espanhola. Pela Cuba contemporânea Conde ronda dois polos da mesma moeda: o submundo dos cortiços, o tráfico de drogas e o ambiente tóxico dos colecionadores de arte, várias vezes envolvidos em contrabando e venda ilegal de obras. Padura fala de catolicismo e da santería (que seria o Candomblé cubano?) sincretizados, o que torna o livro bastante interessante.
Leonardo Padura Fuentes nasceu em Havana em 1955. Pós-graduou-se em Literatura Hispano-Americana, é romancista, ensaísta, jornalista e autor de roteiros para cinema. Ganhou reconhecimento internacional com a série de romances policiais Estações Havana, adaptada para o cinema e que inclusive assistimos no Netflix. Padura também escreveu O homem que amava os cachorros, considerada sua obra principal, e Hereges, tendo recebido diversos prêmios de Literatura.

Então… Comecei a ler Crime e Castigo, de Dostoiévski, em janeiro deste ano, quando nem sonhava que levaria um tombo, machucaria gravemente o joelho e ficaria um bom período de repouso. Após a queda e passados os primeiros dias de aflição com a situação, continuei a leitura, o que me garantiu tardes nada monótonas.
Penso que falar do enredo é chover no molhado, pois temos um sem número de resenhas e textos a respeito. Mas, afinal, porque ler Crime e Castigo?
Porque o livro não trata de uma simples história de assassinato; muito além disso: ele vai fundo na natureza humana. É um debate sobre a moral e a legalidade, um estudo sobre o remorso, sendo que o crime é apenas o pano de fundo para a análise da consciência do criminoso.
O texto de Crime e Castigo é estudado na psicologia, na sociologia e na filosofia e influenciou inúmeros pensadores ocidentais. Nietzsche, Freud, Sartre beberam suas palavras e o estilo literário influenciou Camus, George Orwell, Proust, Kafka e Hemingway.
Sem mais palavras para este obra: apenas um clássico que não perderá sua majestade. Podes crer.
No dia 28 de janeiro fiz uma postagem. Estávamos ainda em férias e devolvendo livro na Biblioteca Pública da Praça da Liberdade. Mal sabia eu que 4 dias depois eu sofreria uma queda (boba) e quebraria de forma grave a patela. Até aqui já são 3 meses de recuperação, uma cirurgia por vir e a vida quase parada.
De lá pra cá li alguns livros sobre os quais vou escrever em breve, vi alguns filmes, séries e… fiquei parada. Por mais de mês nem banho pude tomar sozinha, estava dependendo de várias pessoas, principalmente para me ajudarem com as crianças.
Agora estou caminhando com alguma dificuldade, mas estou caminhando. Já posso fazer várias coisas, passeio com os meninos e a vida está quase normal. Foi uma queda e um joelho gravemente quebrado. Mas, ainda bem, algo que se resolve e a vida volta ao normal.

Uma amiga querida me deu uma ideia maravilhosa. A de assar a batata doce picada e temperada com uma mistura de manteiga, alho, sal e páprica picante. Você faz uma pastinha com estes ingredientes e passa bem em todos os cubinhos de batata doce.
O resultado é uma batata doce macia por dentro, sequinha por fora e muito saborosa. Se você quiser, pode misturar páprica doce para não ficar muito apimentada. Neste dia também assei abóbora vermelha no azeite e tirinhas de abobrinha temperadas e passadas na farinha de rosca. Tudo fez sucesso.



Você conhece aquafaba, sabe o que é? Aquafaba é o resultado da água do cozimento de leguminosas, sendo o mais usado o grão de bico. Você vai deixar 1 xícara de grão de bico de molho em 3 xícaras de água por, pelo menos 6 horas. Neste período escorra e troque a água por 2 vezes.
No fim do período, escorra e descarte a água do molho. Coloque o grão-de-bico escorrido em panela de pressão e adicione mais 3 xícaras de água. Feche a panela e leve ao fogo alto. Não adicione sal nem temperos.
Quando a panela de pressão começar a fazer barulho, baixe o fogo e deixe cozinhar por 20 minutos. Desligue o fogo, espere esfriar. Ao abrir a panela despeje tudo – o grão-de-bico mais a água – em um pote com tampa e leve í geladeira até o dia seguinte. Passe, então, o grão-de-bico por uma peneira e recolha o líquido, que é, justamente, a aquafaba.
Agora, para fazer a base da musse, leve este líquido í batedeira e bata bastante, até que se transforme no ‘chantilly’ mostrado nas fotos. Adicione, depois de já iniciado o processo, algumas gotas de baunilha pra reduzir o cheio do grão de bico. No caso, não junte nenhum açúcar, pois quando a base já estiver bem durinha, vamos juntar chocolate ao leite derretido, que já é bastante doce.
Quando o ‘chantilly’ estiver em ponto de claras em neve, junte o chocolate derretido, mexa delicadamente e leve ao congelador por algumas horas antes de servir. Se desejar, reduza ainda mais o açúcar da receita, usando chocolate amargo ou mesclando este com o chocolate ao leite. A receita ficou deliciosa, mas dá um pouquinho de trabalho. De qualquer forma, foi super válida de fazer e conhecer; achamos (eu e Ele fizemos juntos) muito interessante o processo, sem contar que nos rendeu uma sobremesa deliciosa.

Para o aniversário Dele fizemos, no fim de semana após o dia 15, um almoço mexicano. Eu com a perna imobilizada, mas animada, combinamos alguns pratos típicos e o também típico creme azedo.
Este Ele mesmo fez, dessorando 500g de coalhada integral de um dia para o outro. O resultado são 200g de creme azedo e 300g de soro, aproximadamente. E deu muito certo. Foi um ótimo acompanhamento.
Dessorar a coalhada é simplesmente deixa-la escorrendo em um papel de coador. O soro sai e fica o creme azedo. Vai no improviso mesmo.
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