Há muito eu queria ter escrito um post sobre o livro O gene egoí­sta, de Richard Dawkins. Eu o li em julho deste ano, gostei bastante, e já estou na metade de outra obra dele: O Capelão do Diabo.

Mas sobre o Gene Egoí­sta, objeto deste post, vamos lá:

Hoje entendo que todo mundo  precisa ler – pelo menos um pouco – a respeito da evolução sob o ponto de vista da biologia. E lendo Dawkins você estará em ótimas mãos.

A franca argumentação é um ponto forte. O autor cerca um assunto/teoria de todos os lados possí­veis, ponderando as questões apresentadas de forma a não deixar o leitor em dúvida. O fato de ele expor suas questões desta forma talvez deixe seus textos um pouquinho cansativos,  mas em se tratando dos temas explorados por Dawkins, entendo que o excesso seja realmente bem vindo.

Fato é que não consigo me desincumbir da difí­cil tarefa de resumir em poucas palavras obra tão primorosa. Em linhas bem gerais, Dawkins expõe que o organismo é tão somente  uma máquina de sobrevivência do gene (unidade mí­nima da seleção natural). E a espécie seria a máquina mais adequada í  perpetuação deste gene.

O melhor deste livro no meu entender (publicado pela primeira vez em 1976) é que Dawkins apresenta uma acessí­vel teoria da biologia evolutiva, influenciando um sem-número de biólogos e não biólogos  a encontrar novos paradigmas do conhecimento.

Por fim, aproveito  para sugerir a leitura de Deus, um delí­rio, também de Dawkins, porque hoje, ao lado dos estudos sobre o evolucionismo, urge que nos debrucemos e analisemos  o pensamento religioso, qualquer seja a nossa experiência pessoal, crença ou tradição. E Dawkins, repito, é uma excelente fonte.