Recentemente fomos ao cinema para assistir o tão falado filme do diretor Fernando Meirelles que adapta o elogiado livro de José Saramago, “Ensaio sobre a cegueira“.
O quê achamos? Bem… Não achamos muito legal, não.
Os motivos são apresentados a seguir:
- Será que se todos ficarmos cegos realmente perderemos a noção e nos comportaremos como animais?
- Será que precisava pegar tão pesado com sexo e nudez?
- Será que somos mesmo assim?
Talvez não tenhamos entendido bem as metáforas evocadas no filme – mesmo porquê, quem leu o livro nos disse que no texto as coisas não aconteceram daquela maneira mostrada na tela (nenhuma surpresa).
Mas o fato é que o filme nos deixou bem desconfortáveis. De um jeito que não precisava; principalmente se a idéia era mostrar a mensagem de que estamos cegos para as coisas que nos fazem bem.
Sei lá. Não recomendamos pagar para assistir no cinema… Se estiver passando na TV, vale a pena. A não ser que esteja passando algo melhor em outro canal. í“bvio 🙂
Fernando Elias
Sorry.
Respondendo à sua pergunta: sim, somos mesmo assim, bem guturais, ególatras e tolinhos. Saramago, como poucos, foi desconcertante em nos confrontar com nossa natureza cruenta.
Duvida?
Veja o Brasil: está sendo rachado ao meio, com gente grande manipulando as massas (sejam as masses dos “proles” – Orwell -, sejam as “massas cheirosinhas”, como disse aquela apresentadora de entretenimento jornalÃstico), e a quase totalidade se tornou um bando de zumbis, seja de direita, seja de esquerda, seja de centro, repetindo até mesmo as antÃteses que o sistema lhes oferece, mas todos com um objetivo único: “conseguir dinheiro para comprar sem se vender”, como diria aquele poeta sujo.
Manipulação não existe? Ainda não conversei com nenhum ser humano que fosse, de qualquer forma, influenciado pela inaceitável propaganda de cerveja (o que me faz crer que o Leman, na verdade, é um imbecil, gastando bilhões em propaganda à toa). Mas recomendo, só pra começar: THE CENTURY OF DE SELF, da BBC, banido do Youtube mas disponÃvel no Vimeo.
Como disse o salmista: a justiça do homem não passa de trapo de imundÃcia.
Mas vamos levando, uns indo pra lá, outros para aculá, mas todos igualmente egoÃstas, egocêntricos e agora, mais que nunca, edonistas e malinos.
Sorry.
Ela
Este post sobre o “Ensaio sobre a cegueira” foi escrito há alguns anos e muita coisa se modificou em nossa sociedade. Vivemos uma época bem gutural mesmo. Penso que hoje estamos bem mais perto da realidade apontada no livro! Valeu pelo comentário. Vamos procurar o documentário. Abraço!