Estou lendo Fantasmas no cérebro, do neurologista e neurocientista indiano Vilayanur Ramachandran, mas numa destas noites passadas eu peguei este livro do Carpinejar e me interessei. É um pequeno livro, a gente lê numa sentada. Mas não é porque é pequeno e simples que não seja profundo, delicado e bonito.
O livro dá um maior enfoque ao tempo (ou pouco tempo) que dedicamos aos nosso pais quando nos tornamos adultos, nas nossas dificuldades de entender que em um determinado momento o papel de cuidador passa dos pais para os filhos: seremos todos, em algum momento, pais de nossos pais.
Fala de família num sentido geral também, de uma forma bem poética. Enfim, nunca tinha lido nada do Carpinejar e achei válido. Gostei. Chato foi ler nesse período de quarentena, quando a presença é temerária e o afastamento é sinal de cuidado. Mas valeu.
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