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Clássicos do conto russo

Este livro é interessante, pois reune doze dos maiores escritores dos séculos XIX e XX. São 24 histórias, servindo como uma excelente introdução a uma das mais importantes literaturas mundiais. Você encontra Púchkin, Bábel, Gógol, Turguêniev, Dostoiévski, Tolstói, Leskov, Tchekhov, Górki, Búnin, Andrêiev e Bulgákov.

Vários textos eu já tinha lido, como o “Diário de um louco” e “O Nariz”, ambos de Gógol, “O Grande Inquisidor“, de Dostoiévski, que é um capítulo dos irmãos Karamazov e também “De quanta terra precisa um homem?“, de Tosltói. Mas outros, inéditos no Brasil – como “O espírito da senhora Genlis”, de Leskov, e “Cenas de Moscou”, de Bulgákov – foram uma boa descoberta.

Lembrando que todos são traduzidos diretamente do russo e precedida por uma pequenina biografia de cada autor.

Valeu.

Os Romanov 1613-1918

Os Romanov 1613-1918, de Simon Sebag Montefiore

Eu queria ler este livro há uns bons anos, mas achava que seria maçante e estava meio que postergando. Quando comecei me surpreendi demais. O livro é muito bom e me prendeu praticamente do início ao fim. Li relativamente rápido suas quase 1000 páginas (tem mais de 100 páginas só de notas, pra ser sincera!)

Enfim, não fiquei preocupada em guardar nomes, datas, fatos muito específicos; só fui… heheh E adorei conhecer um pouco mais desta dinastia que foi tão importante para o povo russo. É que as pessoas normalmente conhecem os Romanov como a família do czar (Nicolau II) que morreu pelas mãos dos bolcheviques, mas os Romanov foram muitos e estiveram envolvidos de modo muito íntimo e relevante com a história (porque não mundial?) desde 1600 e pouco.

Então ler sobre eles é mais do que ler sobre uma família; é ler, sim, sobre família, mas é também ler sobre política, sobre imperialismo, sobre pobreza e riqueza, sobre sociedade, sobre revolução, sobre sonhos, esperança, mudanças, morte… é ler sobre todos nós.

Longe da Árvore, de Andrew Solomon

O autor deste livro tenta entender , depois de uma abrangente pesquisa, o universo da diversidade em famílias com filhos marcados pela excepcionalidade.

Ele fala sobre surdos, anões, portadores de síndrome de Down, autistas, esquizofrênicos, portadores de deficiências múltiplas, crianças prodígios, filhos concebidos por estupro, transgêneros e menores infratores.

São ´identidades horizontais´, ou seja, divergentes dos padrões familiares, linguísticos e sociais predeterminados, e sujeitas em graus distintos a influências genéticas e ambientais.

O autor também expõe os sentimentos dos pais confrontando a inevitabilidade da convivência com estas divergências, fazendo um verdadeiro estudo particular sobre cada uma delas.

A intenção é aprender a amar e respeitar as diferenças.

Os irmãos Karamázov

Smerdiakov… Smerdiakov…

Então….

Acabei Os Irmãos Karamázov. Terminar este livro não foi simples; demorei alguns meses para tanto. A leitura é intensa e são inúmeros núcleos de personagens dentro do romance/novela, não sendo nada difícil se perder na história.

Mas é aquela coisa, né? Não preciso falar muito. Dê um clique a respeito do livro e você vai encontrar trocentos resumos, tratados e opiniões a respeito..

Só gostaria de mencionar que foi o último grande romance de Dostoiévski, terminado pouco antes da sua morte (provavelmente o escritor faria uma continuação segundo os especialistas) e considerado por Freud “a maior obra da história”.

Para Freud este romance, juntamente com Édipo Rei e Hamlet, são os três importantes livros a respeito do embate pai e filho e retratam o complexo de Édipo.

Enfim… lido!!!!

Platero e eu

Juan Ramón Jiménez Mantecón foi um poeta espanhol que se exilou nos EUA por perseguição do regime franquista. Ele recebeu o Nobel de literatura de 1956 e encanta gerações dispostas a ler suas palavras encantadoras, delicadas e poéticas.

Este texto é uma parte do livro Platero e eu, indicado para meus meninos na escola. Talvez hoje eles não entendam bem a obra, mas quem sabe um dia? Ela recria poeticamente a vida e morte de um animal de estimação, o burrinho Platero.  

Leia “O canário morre” e entenda como é bonita a escrita de Juan Ramon.

Livros pretendidos para 2023

Vou começar bem tímida, com uma lista de 5 livros. Quando finalizar esses 05, faço outra. 😀

E… Fui olhar minhas últimas listas e vi que diminuí muito minha leitura nos últimos tempos… 🙁

Pode não, ô coisinha!!!

Então pega a lista aí, ó:

  1. Os irmãos Karamazov, de Dostoiévski;
  2. Longe da Árvore, de Andrew Solomon;
  3. Clássicos do Conto Russo, ed.34;
  4. A Divina Comédia, de Dante Alighieri;
  5. Os Romanov, do Simon Sebag Montefiore;

Vamos em frente.

Li também..

6. Hans Staden, de Monteiro Lobato

FECHAMENTO DO ANO

O ano não foi bom para minhas leituras. Foi bem ruim, na verdade, embora eu tenha conseguido ler 3 livros bem grandes e difíceis. Passo a 2024 com – mais uma vez – a meta de me dedicar a uma das coisas que mais gosto de fazer: ler. Em breve voltarei para publicar minhas pretensões, que comecarão com os livros que deixei de ler este ano.

A grande história da evolução, de Richard Dawkins

A grande história da evolução é uma mostra da árvore genealógica da vida. O autor parte de onde estamos hoje e vai passando por 40 entroncamentos de ancestrais e peregrinos que vêm de outros ramos até chegar há 4 bilhões de anos, na origem da vida.

É uma longa narrativa, portanto, que nos leva ao ancestral comum de todos os seres vivos da Terra, em uma história complexa e, pelo menos pra mim, bem difícil.

Algumas coisas me deixaram intrigada: eu não sabia que ainda não se definiu o porque andamos sobre dois pés ou porque perdemos a cauda.. achei interessantes as informações sobre hemofilia (não sabia que existia mulher hemofílica).. eu achava que coelhos eram roedores..

Dawkins fala sobre racismo na biologia quando explica que os gorilas foram, por muito tempo, vistos como violentos (o que não condiz com a natureza desse animal) e nos mostra que somos muito, mas muito parecidos com aqueles que entendemos diferentes.

Não consegui ler o livro inteiro. Pulei algumas partes. Penso que esse livro é uma enciclopédia da vida para mais que ler e reler: consultar sempre. E, de qualquer forma, indico ler primeiro O maior espetáculo da Terra primeiro. E depois esse. Acho que a experiência fica mais completa.

Harry Potter e as Relíquias da Morte

Olha, sinceramente, já estava com dificuldades de acabar a série. A autora realmente estendeu demais o final da história que, no meu entender, terminou cansativa. Talvez eu não seja uma fã suficiente, só sei que ouvi alguns capítulos para me ajudar a finalizar o projeto. heheheh

Mas valeu muito a pena. Fiquei satisfeita. 🙂

Donos do mercado

Esse livro é daqueles ao qual você quer que todo mundo tenha acesso. E olha.. não é fácil ler sobre tanta tramóia, tanto jogo sujo e depois fazer compras da mesma maneira, sem questionar várias coisas, desde a promoção do dia até se os ovos da granja das galinhas soltas são mesmo de galinhas soltas.

E o buraco é muito mais embaixo. Existe uma exploração contí­nua do trabalhador, todo mundo sabe disso. Porque não existe uma fiscalização firme? Porque não existe um MPT continuamente trabalhando para coibir os tomés que o povo sofre diuturnamente?

Sei lá. Esse livro nos causa um misto de esperança, por existirem pessoas que ainda se importam, com uma depressão terrí­vel, pois parece que não há como sair do poço fundo onde nos metemos. A problemática não é só brasileira – diga-se – mas aqui, ainda mais com os governos liberais que estão nos governando desde o golpe em Dilma, a coisa vai só piorando.

Lembrando que os direitos trabalhistas foram detonados no perí­odo Temer e que agora somos assolados pela praga chamada Bozonero. Aff.

Aqui em casa vamos tentando algum movimento de conscientização. Compramos, quando dá, de produtores, de feirantes (isso toda semana), de pequenos sacolões… Mas não conseguimos abandonar as grandes redes, ainda mais nesse perí­odo em que todos os produtos aumentaram demais os preços, mas os nossos salários não. Então… ofertas e promoções também nos seduzem. 🙁

Leiam esse livro.

Como as redes de supermercados cresceram tanto? Carrefour e Pão de Açúcar formam um duopólio? Como o Estado permitiu que isso acontecesse? Que impactos esse gigantismo traz para os consumidores e fornecedores? E para os quase 200 mil funcionários das duas maiores redes? Essas e outras perguntas ecoaram em nossas cabeças por meses. As respostas estão neste livro-reportagem, que destrincha as estratégias que fizeram dos grupos franceses os donos do mercado. E mostra que o preço mais alto não está nas prateleiras. ** Nosso gesto de consumo mais banal. Mais automático. Mais repetido e repetitivo. Mais impensado. E, no entanto, um dos gestos que mais tem implicações para nós e nossos corpos. Para nossas cidades. Para nosso planeta. Os supermercados, em especial aqueles posicionados em áreas de classes média e alta, são a linha tênue entre o absolutamente chato e o perfeitamente eficiente. Um espaço onde não se está. Um não problema. Um lugar no qual entramos, nos servimos do que precisamos e seguimos a vida. Seguramente é assim que as corporações do setor querem ser vistas. Carrefour e Pão de Açúcar não pretendem rastejar pelo nosso afeto. Basta que não as odiemos. Ao longo de um ano, os repórteres Victor Matioli e João Peres vasculharam cada prateleira em busca de respostas. E, principalmente, foram além do que está exposto para venda. A investigação parte de uma pergunta simples: qual a fatia de mercado controlada por Pão de Açúcar e Carrefour? A partir disso, revela-se uma teia complexa de estratégias diversas e entrelaçadas que fizeram e fazem das duas corporações francesas as donas do varejo alimentar brasileiro. O supermercado é a vitrine principal de um paradigma de desenvolvimento que fracassou profundamente. Sete décadas depois de lançada a ideia de progresso infinito e inevitável, estamos mais pobres e mais desiguais. O planeta está esgotado. O desalento dá o tom de nossa década. Há contestações ao agronegócio, í s indústrias quí­mica, farmacêutica, alimentí­cia, automobilí­stica, têxtil, de tecnologia, a praticamente qualquer corporação do planeta. E, no entanto, os supermercados seguem desfrutando de nossa boa vontade. Da banalidade absoluta do ato de consumo mais corriqueiro. Ao longo da investigação, o sofrimento se revela como regra, e não como exceção. Trabalhadores que recebem o mí­nimo e são descartados í s dezenas de milhares todos os anos. Um Judiciário abarrotado de processos por violações, assédio, doenças laborais. Os autores descobrem um sem-fim de condições impostas pelas redes aos fornecedores, que, mesmo milionários ou bilionários, parecem sempre frágeis diante do tamanho dos supermercadistas. Um modelo de negócios que exclui os pequenos agricultores, cada vez mais em apuros. E que exclui a diversidade para transformar a todos em consumidores pasteurizados. Nesse lugar de gente infeliz, o Estado peca duplamente. Ora pela inação: foram as vistas grossas do órgão de controle da concorrência que permitiram que a concentração aumentasse fortemente nas últimas três décadas. Ora pelas atitudes em favor do poderio das duas redes: os recursos do BNDES foram absorvidos quase na totalidade pelas duas redes. Ora pela anuência a uma série de artifí­cios utilizados para evitar o recolhimento de tributos. Créditos cobrados por empresas-fantasma, esquemas de exportação fictí­cia, remessas a paraí­sos fiscais: nada disso encontra punição í  altura pelos mecanismos federais e estaduais de controle tributário e fiscal. Mas não há um grande volume de reflexões sobre o papel dos supermercados nessa operação. É ali, entre gôndolas e códigos de barra, que a história se perde. A história do alimento. A nossa história. Donos do mercado é um trabalho imprescindí­vel para quem quer enxergar além das prateleiras.

Livros para 2022

Li apenas 05 livros em 2022… 🙁

  1. Os donos do mercado, de Victor Matioli & João Peres;
  2. Harry Potter e as Relí­quias da Morte;
  3. A grande história da evolução, do Richard Dawkins
  4. Irmãos Karamazov, de Dostoiévski (li só metade);
  5. Clássicos do Conto Russo, ed.34;
  6. A Divina Comédia, de Dante Alighieri;
  7. Os Romanov, do Simon Sebag Montefiore;

Tem livro me esperando desde 2017, crendeuspai!!

Eu ia ler apenas os da lista mas li também ….

O reizinho da casa, de Gustavo Teixeira;

Encurtando a adolescência, de Tania Zagury

E estou com dois em andamento:

O Irmãos Karamazov e o livro Longe da árvore, de Andrew Solomon serão os primeiros que finalizarei em 2023. 🙂

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