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A falta que faz..

O ano de 2010 foi um ano emblemático pra mim. Conflitos profissionais, dúvidas, escolhas.. notí­cias avassaladoras, tristezas e alegrias andaram juntas. O contentamento veio apenas no finalzinho. Descobri minha gravidez (e de gêmeos). Preparamo-nos para uma nova vida.

Mas um acontecimento marcou e fez com que muitas expectativas fossem tolhidas. Sem volta. Foi a morte de meu pai.

Eu nunca havia perdido alguém tão próximo. Era feliz por ter a famí­lia toda por perto. Mas um câncer devastador não perdoaria um homem já idoso e, por mais que ele fosse forte como um touro, não pôde resistir.

E aí­ veio a notí­cia dos meninos, junto com a lembrança de que ele era simplesmente louco para ter filhos gêmeos. Ironias da vida.. coincidências..

Volta e meia me pego pensando nele. Era o pai severo, durão, mas que estaria ali pelos filhos, acima de qualquer coisa. Um bom pai.

E aí­ também me lembro dele como avô: outra pessoa. Um sujeito que adorava nenéns e que fazia vozinha meiga ao falar com eles. Um homem que contava histórias e que queria lhes ensinar o gosto pela ópera. Fazia a vontade dos netos í  sua medida e era, sim, muito carinhoso.

Olho os meninos e sei que para eles nunca existirá uma sensação de falta. Verão um retrato, mas nunca conhecerão o homem. Escutarão histórias, mas serão somente histórias..

Sempre fico imaginando como ele reagiria a esta ou aquela gracinha dos bebês. Quase ouço sua voz falando com eles. Ele estaria muito feliz e orgulhoso, tenho certeza.

Infelizmente pra mim restam as expectativas frustradas. Consequências da morte..

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  1. rose

    Ela, chorei.
    Uau!!!! Nossa,nem sei o que comentar.
    (tempo)
    .
    .
    .
    .

    Bom,ele estará presente em todas as fases dos netinhos, pode ter certeza.

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