Leitura indispensável. Não há como não ler O maior espetáculo da terra, de Richard Dawkins.

Dele eu já havia lido Deus, um delí­rio, O gene egoí­sta e  O Capelão do Diabo. 

Dawkins tornou-se uma figura internacionalmente conhecida pela sua cruzada em defesa do ateí­smo e da supremacia do pensamento cientí­fico sobre as concepções mí­sticas do mundo. É autor também de um trabalho que renovou o entendimento da obra de Charles Darwin. E se meu apreço por ele já era grande, ficou ainda maior.

O maior espetáculo da terra  começa nos mostrando que não há achismos ou intuições no que diz respeito a evolução. Que não há, na verdade, uma teoria da evolução, mas um fato, incontestável como qualquer outro fato da ciência. E explica o motivo.

Ele traz uma série de experiências com a criação  de animais, cultivo de plantas, nos define a seleção natural e a artificial; clareia, de maneira relativamente simples, como evidências moleculares mostram que o ancestral que tivemos em comum com os chimpanzés viveu há cerca de 6 milhões de anos ou um pouco antes. Fala sobre o mito do elo perdido na evolução humana, explica pormenorizadamente nossa árvore de parentesco não só com os primatas (como poderí­amos pensar), mas com todos os animais existentes hoje. Ou seja, nós todos viemos de um único ser. Dawkins menciona os negadores da história  (que só proliferam) e também de como a paz e a alegria, mas também a dor e o sofrimento  fazem parte da vida de absolutamente todos os seres vivos.

O último capí­tulo é lindo. Ele descreve o porquê de haver “grandeza nessa visão de vida”. De haver grandeza na visão naturalista da vida, na vida sem deus. Na vida que não se deu “por acidente, e sim pela consequência direta da evolução pela seleção natural não aleatória – única na vida, o maior espetáculo da Terra”.

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