Saindo da Concha Y Toro, passeamos pelo Valle Del Maipo, mencionado em um dos posts anteriores. O lugar é uma espécie de Macacos ou Serra do Cipó. Pelo que vimos, muita gente de Santiago tem casa de campo lá, o que ocorre também na região de Vií±a Del Mar. Retornando í capital, fomos a um dos seus grandes shopping, comemos e fomos descansar. No dia seguinte partiríamos para Calama.
Nesta ocasião, ainda estávamos instalados no Hotel Paris, no centro. Uma das poucas coisas boas do lugar é que tínhamos internet a qualquer hora do dia. Então, na manhã seguinte, tomamos café no hotel – nescafé, leite, pão, geléia – mandamos emails para a família e o moço da locadora de carros, ao buscar nosso Suzuki, nos deu uma carona até a rodoviária.
Bem, aqui começa nossa viagem rumo ao Atacama.
Chegando na rodoviária, conhecemos o tal cama premium da TurBus, que é, realmente, super bacana. Não fico mais chateada por não termos este tipo de poltrona aqui no Brasil porquê nossas estradas só não são piores que as da Bolívia. No Chile é diferente. As estradas são excelentes, o que torna a viagem gostosa.
No serviço da cama premium você recebe travesseiro, cobertor, fones de ouvido para acompanhar os filmes, além das refeições, compostas de sanduíche, refrigerante, doce de pêssego ou maçã. O rodomoço, lá pelas 23:00 hs, nos ofereceu um colchãozinho para estender por sobre a poltrona, fechou as cortinas e desligou a tv. Só fizemos duas paradas: em La Serena e em Antofagasta, a cidade que sofreu com um terremoto em 2007.
Mas o mais bacana de tudo é a paisagem. De início viajamos por um bom tempo margeando o pacífico pela rota Panamericana. Eu fiquei maravilhada com o por-do-sol no mar. O céu vermelhinho, um sol gigante… muito lindo. E, junto a isso, a expectativa do deserto. Passamos por várias cidadezinhas costeiras e a estrada, í medida que se afastava de Santiago, se tornava um pouco mais vazia.
Quando abandonarmos a rota Panamericana já era tarde da noite e a janela do Turbus deu lugar a um sono entrecortado, porém perfeito.