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Os afazeres não acabam!

O papa negro, de Ernesto Mezzabotta

Um dos livros mais interessantes que já li foi O papa negro, de Ernesto Mezzabotta. O “negro” não se refere í  cor da pele do papa, o que pode parecer í  primeira vista a um leitor mais desavisado, mas í  batina negra daquele que é eleito pela Congregação Geral para governar toda a Ordem dos Jesuí­tas em caráter vitalí­cio. Este eleito torna-se, então, o  Superior Geral da Companhia de Jesus. O Padre Geral, como é comumente conhecido,  reside na Cúria Generalí­cia em Roma. 

A obra é um romance, porém possui grande valor histórico. Ela conta justamente a história da companhia de Jesus e de Ignácio de Loyola, seu fundador e primeiro Padre Geral.

O autor conta que Loyola era um dos membros dos Templários (que seriam os futuros maçons), duramente perseguidos pelo papado e pela monarquia da época (o papa era Clemente III e o Rei era Felipe, o Belo, da França) e que, devido aos graves problemas enfrentados pela ordem, tratou de criar a sua própria, a seu jugo e leis, fazendo-se crer um convertido em Cristo. Esta relatada conversão é um fato histórico bastante explorado no romance: uma suposta experiência espiritual pela qual passou Ignácio de Loyola.

““Pois bem — prosseguiu o peregrino, fazendo um grande forço, — foi aí­ que me apareceram os anjos do Senhor e que ensinaram a maneira de guiar os homens e de os conduzir í  fé obediência, ao caminho do céu. Os preceitos que eles me ensinaram, meus irmãos, escrevi-os, e tenho-os aqui, — e Loiola mostrou folhas que tinha ao lado. — Com estes “Exercí­cios espirituais”, escrevi enquanto os anjos mos ditavam, encontrei o modo de reduzir í  submissão as almas mais rebeldes, e de fazer com que elas sejam nas mãos do seu diretor espiritual como um cadáver nas mãos do cirurgião. Estas palavras resumiam em si a terrí­vel doutrina da Companhia de Jesus, que Inácio de Loiola devia fundar. “Perinde ac cadaver” — como um cadáver — tal é a forma de obediência impo aos jesuí­tas.” 

Em 1534, portanto, amparado por uma revelação divina, Ignácio de Loyola e seis fraternos amigos templários  fundam a Companhia de Jesus.

É interessante ressaltar que naquele tempo não havia indiferença em relação í s coisas da religião.

“O grande movimento, que se produzira na Alemanha, suprimira os indiferentes e dividira-os todos em duas classes bem distintas: uma, que era constituí­da pelos que respeitavam e obedeciam í  Igreja romana, confessando-se seus campeões; outra, que era formada pelos que se apresentavam para abalar as bases do edifí­cio do pontificado, fazendo ruir com ele todas as velhas instituições que tinham o apoio e consagração da Igreja. Ser indiferente naqueles tempos aos assuntos religiosos seria tão impossí­vel como nos ditosos dias de 1848 conservar-se estranho aos movimentos polí­ticos. Era preciso tomar-se parte 12 naqueles ou nestes; ser por Lutero ou por Clemente, pela autoridade eclesiástica, ou pela liberdade do pensamento. De uma e outra parte, a fé estava de tal modo sobre-excitada, que nenhuma força humana poderia impedir que as discussões fossem tempestuosas, violentas e irreprimí­veis. Como acontecera nos primeiros tempos do Cristianismo, o apostolado fazia-se í  custa do martí­rio. Paris, Madrid, Roma, queimavam os protestantes; Londres e Genebra perseguiam e destruí­am os católicos.”

Resumindo: gananciosamente Inácio de Loyola traiu seus irmãos templários e aliou-se ao Papa e ao Rei, exigindo da Igreja, em troca do conhecimento gnóstico que os templários possuí­am, a criação e o comando de uma nova ordem: a Ordem dos Jesuí­tas. Esta, por sua vez, trocava informações de peso por indulgências, conseguindo, assim, criar uma grandiosa rede de informantes e angariando, cada vez mais, poder e riqueza. A Companhia de Jesus dedicava-se oficialmente a pregar e a efetuar obras de caridade na Itália, mas, como se percebe do livro de Mezzabotta, tudo não passou de apenas um passo para a conquista de poder, muito poder na Europa dos séculos 16 em diante.

O livro ainda descreve a crua realidade das perseguições religiosas da época;

“A praça de Greve, lugar onde ordinariamente se efetuavam as execuções, estava enormemente concorrida. Tratava-se de uma dessas execuções que eram do particular agrado do povo parisiense. Um fornada inteira de hereges, homens e mulheres, apanhados enquanto assistiam ao sermão de um ministro evangélico, devia passar pelo fogo. Se se tratasse de ladrões ou de assassinos, na multidão não deixaria de haver tal ou qual simpatia pelos condenados. Mas tratava-se de hereges, e contra estes os parisienses, excitados pelas continuadas prédicas, não nutriam senão sentimentos de ferocí­ssimo ódio. Paris orgulhava-se de ser a cidade mais católica do reino, aquela em que a heresia nunca pudera penetrar, e olhava como inimigos terribilí­ssimos de toda a população aqueles que, seguindo uma religião diversa, pareciam ter em vista tirar í  capital francesa a sua candura de cidade não inquinada de heresia. E contudo, o suplí­cio a que tinham sido condenados os hereges — e que se devia í  satânica inteligência do cardeal de Tournon e do padre Lefí¨vre .— era tal, que deveria comover até um coração de pedra. Com efeito, os desgraçados hereges já não eram condenados só a morrer entre as chamas duma fogueira, suplí­cio horrí­vel, mas de curta duração. Os algozes tinham inventado umas cadeiras, que, amarradas a grandes argolas de ferro, subiam e desciam sobre o fogo, de modo que aqueles infelizes morriam ao cabo de convulsões cem vezes repetidas. É certo que o exemplo de tão horrí­vel crueldade já fora dado aos católicos pelo chefe dos protestantes, por João Calvino, que, discordando de Miguel Servet sobre um ponto da Trindade, o fizera queimar a fogo lento. Assim, naqueles desditosos tempos, os vários partidos, em vez de se imporem pela razão e pela persuasão, competiam em ferocidade; e não havia culpa grave num, que o outro não tivesse…”

O livro, enfim, desnuda a podridão entre as quatro paredes da Igreja e mostra como os jesuí­tas – especificamente – foram tudo menos os enviados de um Deus em que eles acreditavam. Por meio de envenenamentos (de papas e reis, inclusive), traições, subornos, chantagens e outros artifí­cios ardis os Jesuí­tas se tornaram poderosos a ponto de mandar na própria Igreja. Não havia como alguém ficar de pé caso dificultasse o caminho dos jesuí­tas, cujo poder imperava por toda a Europa e chegou ao Novo Mundo infundindo o terror e dando iní­cio í  prelazia papal que seria conhecida, anos mais tarde, como Opus Dei.

Vale a leitura; recomendo fortemente.

Sobre o autor:

Ernesto Mezzabotta foi um jornalista e escritor italiano, nascido em 1852 e morto em 1901. Ele trabalhou na Biblioteca Nacional Central de Roma, colaborou em vários jornais e escreveu vários romances históricos e religiosos. O Papa Negro, pelo que pesquisei,  é o único romance traduzido para o português e, pelo menos há algumas décadas, foi incluí­da no Index Librorum Prohibitorum, ou seja, no índice dos Livros Proibidos  da Igreja Católica, por conter teorias com as quais a Igreja Católica não apoiava ou não concordava. Tal proibição só devia atiçar ainda mais o formigueiro. 🙂

Obra – desespero a vista. E à vista!

Dia primeiro deste mês começamos uma nova empreitada. Uma obra para reforma de nossos 2 banheiros, de um lavabo, para troca de piso das salas da cobertura e para a construção de um fogão a lenha com churrasqueira.

A ideia inicial era apenas a reforma dos banheiros, mas já que estávamos na m#, resolvemos atolar o pé um pouco mais na lama. Porque, né? Pra que simplificar se podemos complicar?

Como não deixamos por menos, ainda resolvemos colocar um ar condicionado no nosso quarto, embutir o que já temos no escritório, trocar a cor de algumas paredes, embutir vários fios que enfeiavam a casa… resolvemos tudo de uma hora para outra.

O resultado é que estamos há mais de 20 dias vivendo no improviso, com todas as nossas coisas empilhadas nos armários, respirando poeira que nem uns loucos e nos cansando e aborrecendo com os pedreiros.

Estes aí­ chegam para consertar meia dúzia de coisas e deixam outra dúzia estragada. Sujam suas paredes, arranham seu chão, quebram suas coisas. E nem rola de reclamar. Porquê além de não resolver nada você corre o risco do serviço ficar mais porco ainda.

Mas vai ficar tudo bacana, eu espero. Da próxima eu postarei algumas fotos de antes e depois. E vamos que vamos, veremos quando a bagunça vai acabar de vez.

🙂

 

Águas do Treme – passeio delicioso

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Nos finalmentes de 2014 fomos a um dos lugares mais lindos e gostosos daqui de Minas. O hotel fazenda íguas do Treme. Chegamos na sexta í  noite e fomos embora na segunda-feira í  tarde, feriado em BH. O local é um resort rural, lindo, com boa comida, super confortável.. Nós quatro amamos.

Achei muito engraçadinho que os dois,  com 3 aninhos apenas, já conseguiram perceber a beleza e o ‘chiquetê’ do lugar. Os comentários de ambos demonstravam que se apaixonaram pelo conforto dos quartos, pela sofisticação do restaurante, por tudo o que de bacana que o local oferece.

Ficaram encantados com o banheiro da suí­te (enorme e muito bem decorado) e muito mais ainda com as várias esculturas espalhadas pelos jardins. Dormimos os 4 numa mega cama e a farra foi muito, muito boa!

O passeio foi maravilhoso. As lembranças, deliciosas.

Lanches da semana – 9

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Mais uma semaninha de lanches.

Segunda-feira: Bolo de milho, leite integral puro e banana;

Terça-feira: Biscoitos, Iakult e morangos;

Quarta-feira: Pão integral com queijo e requeijão, Iakult e mamão com um tico de mel e passas;

Quinta-feira: Biscoitos, caqui e suco integral sem açúcar adicionado de cerejas;

Sexta-feira: Biscoitos, iogurte, caqui e uma passa.

Cachepot de cachorrinho

Vejam que gracinha este cachepot em forma de daschhund da Clí­nica Veterinária São Francisco de Assis. Me apaixonei por ele. Ainda mais com estas lindas suculentas. Quero!

Lanches da semana – 8

Mais uma vez venho postar as fotos dos lanches que tenho mandado para a escola dos meninos. A ideia é justamente dar opções í s mães, que bem sei ficam cansadas de pensar em alternativas fáceis e saudáveis para incluir nas lancheiras dos pequenos. Até porque meus lanches são simples, nada complicado/difí­cil de ter em casa.

Vale salientar que todos os sucos são integrais, sem açúcar adicionado. E o leite sempre é integral, puro. Você pode fazer o suco em casa ou comprar o industrializado, tomando o cuidado de observar as informações nutricionais. Nada de néctar de fruta. Nada com açúcar que não seja da fruta.

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Dia 1 – Suco caseiro de melancia com pão de leite, requeijão e muçarela.

Dia 2 – Leite, uva passa e biscoito de limão.

Dia 3 – Suco de uva, manga e biscoito de cebola.

Dia 4 – Leite, uva passa e biscoito quebra quebra.

Dia 5 – Suco de uva, banana e biscoito de queijo.

Nesta semana abusei dos biscoitos. Vou maneirar nas próximas! 🙂

Beringela/berinjela do SanRo

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Este nome é só uma falcatrua minha para eu saber exatamente qual receita de beringela mais chegou perto da maravilhosa beringela do SanRo, restaurante taiwanês que temos aqui em BH.

A receita eu peguei no Cantinho Vegetariano e fiquei imediatamente fã após a primeira tentativa. Ele e meus meninos também amaram, o que me dá um gosto danado de fazer. 🙂

Vamos lá: ingredientes
1 beringela lavada e cortada
1 cebola média cortada em fatias
1 pimentão vermelho cortado em tiras grossas

2 dentes de alho picados
1 tomate bem maduro picado
Sal e pimenta-do-reino a gosto
2 colheres (sopa) de shoyu
3 colheres (sopa) de óleo vegetal

Como fazer
Lave bem e corte a berinjela em fatias grossas no sentido do comprimento. Salpique com sal e disponha as fatias em uma peneira apoiada sobre uma bacia para escorrer o liquido. Deixe-as descansarem até que comece a escorrer um liquido escuro. Depois coloque as fatias de berinjela em uma travessa, seque ligeiramente com papel toalha e corte-as no sentido longitudinal. Reserve.

Prepare o restante dos ingredientes. Corte a cebola em fatias de tamanho médio. Corte o pimentão em fatias grossas. Pique o alho e corte os tomates em pequenos cubinhos. Reserve. Em uma frigideira grande bem aberta coloque o óleo para aquecer. Doure primeiramente o alho, cuidando para não queimar. Acrescente o tomate picado, tempere com sal e deixe apurar até que o tomate se desmanche. Acrescente as fatias de beringela e deixe incorporar ao tomate. Abaixe o fogo e deixe cozinhar.
Em uma outra frigideira menor, aqueça um pouco de óleo e doure as cebolas com uma pitadinha de sal. Coloque uma colher (sopa) de shoyu e quando as cebolas estiverem bem douradas acrescente as fatias de pimentão. Misture a cebola e pimentão refogados í  beringela e acrescente a outra colher de shoyu. Acrescente a pimenta-do-reino moí­da na hora e verifique o sal. Deixe em fogo baixo por mais alguns minutos até que a mistura esteja bem agregada.
A propósito, beringela pode ser escrita com G ou com J. Por costume escrevo com G. 🙂

Villa Floriano Pizzaria e Sí Senor

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Vez ou outra deixamos os meninos com a avó e aproveitamos para sair um pouco. Eles adoram e nós também, embora sempre fiquemos de voltar com os dois para que eles possam experimentar a comida. Eles são bons de garfo, gostam de comer comida boa e diferente. Portanto dá sim um pouco de aperto no coração quando chega aquele prato lindo e eles não estão conosco. Mas, enfim, todo mundo sabe que o casal precisa de um tempo a sós.

No futuro quero ficar com meus netos para que os filhotes possam fazer o mesmo. 😀

Nossas dicas de hoje, então, são a Villa Floriano Pizzaria e o Sí­ Senor.

A pizzaria é situada na Praça Floriano Peixoto ou Praça do Quartel, no bairro Santa Efigênia. Pizza deliciosa, preço honesto. Lugar charmoso e bom atendimento. Eu adorei. Experimentamos 3 pizzas diferentes (estávamos em 3 pessoas) e todas estavam ótimas.

O restaurante Sí­ Senor é um tex-mex muito bom que você encontra nos shoppings Boulevard e BH. Lá nós pedimos o prato chefe da casa, um mix de tudo o que eles oferecem. Uma tábua de comida tex-mexicana, digamos assim. Vale dizer que esta porção custa por volta dos R$ 100,00, mas é enorme. Dá pra 3 pessoas comerem bem. Dá pra 4 pessoas ficarem felizes. Como fomos só nós dois, saí­mos de lá como duas pipas.

Aconselho  a visita a ambas as casas. São propostas diferentes e todas duas muito boas.

Lanche da escola com suco de jabuticaba!

Fiz o suco de jabuticaba integral hoje cedo e aproveitei para incluí­-lo no lanche dos meninos. Eles adoraram; tomaram tudo.
No lanche teve:
Biscoitinhos salgados tipo Salpet, manga e suco de jabuticaba.

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