um blog sobre todas as coisas em geral

Mês: janeiro 2022

Donos do mercado

Esse livro é daqueles ao qual você quer que todo mundo tenha acesso. E olha.. não é fácil ler sobre tanta tramóia, tanto jogo sujo e depois fazer compras da mesma maneira, sem questionar várias coisas, desde a promoção do dia até se os ovos da granja das galinhas soltas são mesmo de galinhas soltas.

E o buraco é muito mais embaixo. Existe uma exploração contí­nua do trabalhador, todo mundo sabe disso. Porque não existe uma fiscalização firme? Porque não existe um MPT continuamente trabalhando para coibir os tomés que o povo sofre diuturnamente?

Sei lá. Esse livro nos causa um misto de esperança, por existirem pessoas que ainda se importam, com uma depressão terrí­vel, pois parece que não há como sair do poço fundo onde nos metemos. A problemática não é só brasileira – diga-se – mas aqui, ainda mais com os governos liberais que estão nos governando desde o golpe em Dilma, a coisa vai só piorando.

Lembrando que os direitos trabalhistas foram detonados no perí­odo Temer e que agora somos assolados pela praga chamada Bozonero. Aff.

Aqui em casa vamos tentando algum movimento de conscientização. Compramos, quando dá, de produtores, de feirantes (isso toda semana), de pequenos sacolões… Mas não conseguimos abandonar as grandes redes, ainda mais nesse perí­odo em que todos os produtos aumentaram demais os preços, mas os nossos salários não. Então… ofertas e promoções também nos seduzem. 🙁

Leiam esse livro.

Como as redes de supermercados cresceram tanto? Carrefour e Pão de Açúcar formam um duopólio? Como o Estado permitiu que isso acontecesse? Que impactos esse gigantismo traz para os consumidores e fornecedores? E para os quase 200 mil funcionários das duas maiores redes? Essas e outras perguntas ecoaram em nossas cabeças por meses. As respostas estão neste livro-reportagem, que destrincha as estratégias que fizeram dos grupos franceses os donos do mercado. E mostra que o preço mais alto não está nas prateleiras. ** Nosso gesto de consumo mais banal. Mais automático. Mais repetido e repetitivo. Mais impensado. E, no entanto, um dos gestos que mais tem implicações para nós e nossos corpos. Para nossas cidades. Para nosso planeta. Os supermercados, em especial aqueles posicionados em áreas de classes média e alta, são a linha tênue entre o absolutamente chato e o perfeitamente eficiente. Um espaço onde não se está. Um não problema. Um lugar no qual entramos, nos servimos do que precisamos e seguimos a vida. Seguramente é assim que as corporações do setor querem ser vistas. Carrefour e Pão de Açúcar não pretendem rastejar pelo nosso afeto. Basta que não as odiemos. Ao longo de um ano, os repórteres Victor Matioli e João Peres vasculharam cada prateleira em busca de respostas. E, principalmente, foram além do que está exposto para venda. A investigação parte de uma pergunta simples: qual a fatia de mercado controlada por Pão de Açúcar e Carrefour? A partir disso, revela-se uma teia complexa de estratégias diversas e entrelaçadas que fizeram e fazem das duas corporações francesas as donas do varejo alimentar brasileiro. O supermercado é a vitrine principal de um paradigma de desenvolvimento que fracassou profundamente. Sete décadas depois de lançada a ideia de progresso infinito e inevitável, estamos mais pobres e mais desiguais. O planeta está esgotado. O desalento dá o tom de nossa década. Há contestações ao agronegócio, í s indústrias quí­mica, farmacêutica, alimentí­cia, automobilí­stica, têxtil, de tecnologia, a praticamente qualquer corporação do planeta. E, no entanto, os supermercados seguem desfrutando de nossa boa vontade. Da banalidade absoluta do ato de consumo mais corriqueiro. Ao longo da investigação, o sofrimento se revela como regra, e não como exceção. Trabalhadores que recebem o mí­nimo e são descartados í s dezenas de milhares todos os anos. Um Judiciário abarrotado de processos por violações, assédio, doenças laborais. Os autores descobrem um sem-fim de condições impostas pelas redes aos fornecedores, que, mesmo milionários ou bilionários, parecem sempre frágeis diante do tamanho dos supermercadistas. Um modelo de negócios que exclui os pequenos agricultores, cada vez mais em apuros. E que exclui a diversidade para transformar a todos em consumidores pasteurizados. Nesse lugar de gente infeliz, o Estado peca duplamente. Ora pela inação: foram as vistas grossas do órgão de controle da concorrência que permitiram que a concentração aumentasse fortemente nas últimas três décadas. Ora pelas atitudes em favor do poderio das duas redes: os recursos do BNDES foram absorvidos quase na totalidade pelas duas redes. Ora pela anuência a uma série de artifí­cios utilizados para evitar o recolhimento de tributos. Créditos cobrados por empresas-fantasma, esquemas de exportação fictí­cia, remessas a paraí­sos fiscais: nada disso encontra punição í  altura pelos mecanismos federais e estaduais de controle tributário e fiscal. Mas não há um grande volume de reflexões sobre o papel dos supermercados nessa operação. É ali, entre gôndolas e códigos de barra, que a história se perde. A história do alimento. A nossa história. Donos do mercado é um trabalho imprescindí­vel para quem quer enxergar além das prateleiras.

Cenas de janeiro de 2022

Mamãe me deu essas aí­ no meu aniversário de 2021.
Vimos algumas séries para descansar
Fazendo biscuit com farinha e sal.
Achei dentro do armário no dia 17/01/2022 hahahahaha (mas era coisa antiga)
Temos sido visitados pelos beija-flores (e outros pássaros) diariamente.
Tomates e pimentões (os tomates não foram pra frente)
Amiguinho de todas as horas
E o pimentão floriu ao longo do mês…
E tivemos a visita de uma jequitiranaboia na varanda.
Diferentona; muito chique essa cigarra
Infelizmente estava doente e não resistiu
Li esse livro e fiquei chocada (tem resenha no site)
Comemos PFS gostosos (Cozinha Santo Antônio)
Mas também fiz macarrão bom, com cogumelos na manteiga e no shoyu
Mais especificamente: cebola, manteiga, cogumelos paris, shoyu e creme de leite.
Teve comida vegetariana do Sol Nascente…
E risto mequetrefe de frutos do mar. Heheheh…
Um passeio para fechar o mês: domingo, dia 30.
Com direito a cafezinho carinhosamente servido por nossa amiga.
Fiz poucos exercí­cios, pouca musculação; preciso melhorar. Enfim…

Janeiro de 2022. Ainda há pandemia. Meninos se vacinaram só no fim do mês, no dia 26, com a vacina Coronavac. Isso significa que tomarão a segunda dose em 28 dias e daí­ – depois do perí­odo de 15 dias – estarão imunizados. Muitos – mas muitos – conhecidos nossos ficaram doentes ao viajar e resolvemos ficar por aqui. Já corremos um grande risco deixando que eles fossem para a colônia de férias do clube, mas poxa… não dava pra ficar mais umas férias em casa, parados.

íamos sim viajar uns dias no iní­cio do mês para alguma casa alugada. Chegamos a cogitar hotel fazenda até, mas estávamos com medo. E aí­ vieram aquelas chuvas que detonaram tudo, alagaram o estado. Ficamos quietos e nos divertimos por aqui mesmo.

Não caprichei nos exercí­cios fí­sicos e comi muita porcaria. Mas também, a professora do pilates teve Covid e ficou 10 dias sem dar as aulas. Mais um prejuí­zo. Nesse perí­odo, desanimei com a musculação. Fiz corpo mole. E comi além da conta. Meu problema não é o peso. É ficar sem ânimo mesmo: todo mundo precisa de uma alimentação equilibrada, muita água, sono bom e exercí­cios. Sem neuras, taokei?

Por fim, no último final de semana do mês tivemos um aniversário de uma amiguinha no Museu dos Brinquedos e no dia seguinte fomos í  casa de uma amiga, passar um dia muito agradável. Pena que as férias se foram.

Mas tá bom também. Voltemos í  rotina de sempre.. estamos de volta. Vamos lá. Força!!

Doce de ovos, ambrosia ou manjar dos deuses

O doce de ovos é um doce originário da Pení­nsula Ibérica e é muito popular no interior do Brasil. Ele é feito de leite, ovos e açúcar, apenas. Papai fazia com maestria e até mandou fazer uma panela personalizada para o seu ‘doce de ovo’: era uma panela para fogão, mas que cozia em banho maria. Infelizmente, ele morreu e eu não aprendi a fazer com ele o doce que me fazia querer comer a panela, mas eu tenho dado meus pulos e tentado imitar o doce da infância.

Outro dia fiz um muito gostoso (esse aí­ de baixo mais clarinho). De outra feita fiz um outro com mais calda queimada. Nessa ocasião fui seguir uma receita e coloquei limão no lugar do vinagre. Gostei não. Enfim…

Você tem uma receita de doce de ovos? Como faz? Conta aí­? Aqui eu tenho feito da seguinte forma:

Ingredientes:

  • 1 litro de leite
  • 1 xí­cara e meia de açúcar
  • 6 ovos

Como fazer?

Daí­ você faz uma calda com um pouco desse açúcar. í€ parte bate o leite, o resto do açúcar e os ovos e depois joga na calda. Quando derreter a calda, pinga algumas gotas de vinagre e deixa cozinhar em fogo brando. Não precisa ficar mexendo toda hora, faça-o de maneira delicada. Quando o soro secar (o vinagre faz o leite talhar e separa o soro do leite), desligue o fogo e deixe esfriar.

Minha avó materna fazia esse doce com as claras em neve, mas eu não acho que faça muita diferença. Então desisti dessa prática :D.

Ah, nesse último – mais escuro – eu coloquei os ovos batidos separados do leite. Foi um teste, mas não vi diferença ao final. Prefiro bater todos os ingredientes primeiro.

Doce de ovos ou ambrosia – primeira experiência do ano
Doce de ovos ou ambrosia – primeira experiência de 2022
Segundo doce de 2022 – agora com limão no lugar do vinagre
A calda tinha ficado bem escurinha
Mexe pouco
Carne moí­da ou doce
Comi demais

Então.. você já fez? Conta aí­.

Livros para 2022

Li apenas 05 livros em 2022… 🙁

  1. Os donos do mercado, de Victor Matioli & João Peres;
  2. Harry Potter e as Relí­quias da Morte;
  3. A grande história da evolução, do Richard Dawkins
  4. Irmãos Karamazov, de Dostoiévski (li só metade);
  5. Clássicos do Conto Russo, ed.34;
  6. A Divina Comédia, de Dante Alighieri;
  7. Os Romanov, do Simon Sebag Montefiore;

Tem livro me esperando desde 2017, crendeuspai!!

Eu ia ler apenas os da lista mas li também ….

O reizinho da casa, de Gustavo Teixeira;

Encurtando a adolescência, de Tania Zagury

E estou com dois em andamento:

O Irmãos Karamazov e o livro Longe da árvore, de Andrew Solomon serão os primeiros que finalizarei em 2023. 🙂

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