um blog sobre todas as coisas em geral

Autor: Ela Page 46 of 117

Muitos acontecimentos e pouca postagem

Continuamos atualizando comentários, respondendo aos leitores etc e tal, mas as postagens do blog realmente estão deixando a desejar. Prometo trabalhar mais por aqui. 🙂

Aniversário de 5 anos!

Neste ano de 2016 nossos meninos completam 5 aninhos. Estamos e somos muito gratos í  vida por termos dois filhos maravilhosos, saudáveis, inteligentes, amorosos..

Nos últimos anos fizemos comemorações bem gostosas com eles, mas sempre apenas com a famí­lia (vovós, tios, primos..). Neste ano, comemorando os 5 anos, fizemos uma festinha maior um pouco e convidamos todos os coleguinhas da escola, suas famí­lias e alguns amigos nossos.

Fizemos um almoço num salão de festas super gostoso, um salão que tem parte fechada, com brinquedos eletrônicos, mas que também tem uma área aberta, com animais de fazenda, pônei, cabritinhos, galinhas…

Toda a arrumação da festa, desta vez, ficou por conta do buffet do salão, salvo as lembrancinhas, que eu fiz. O salão fornecia uma lembrancinha padrão, mas, como eram balas somente, resolvemos dispensá-la. No lugar das balas colocamos miniaturas de dinossauros, adesivos de dinossauros e uma palha italiana caseira, feita com cacau 100%, leite condensado, manteiga e biscoito maisena.

Como se pode ver o tema da festinha foram os dinossauros, escolhido em comum acordo entre os dois. 🙂

A festa foi simplesmente deliciosa. Todos nós adoramos!

O Capote (e outras histórias) de Gogol

“Todos nós saí­mos de O Capote de Gogol”, disse Dostoiévski e foi justamente por causa desta frase que eu tive interesse em ler este maravilhoso escritor. 🙂

Nikolai Vasilievich Gogol nasceu em 1809, na cidade de Poltava.  Sua nacionalidade é motivo de controvérsia, pois sua cidade natal fazia parte do Império Russo na época, mas atualmente pertence í  Ucrânia. Como consequência, tanto a Rússia quanto a Ucrânia reivindicam a sua nacionalidade. Muitos de seus trabalhos foram influenciados pela tradição ucraniana, mas Gogol escreveu em russo e sua obra é considerada herança da literatura russa.

Aos 20 anos Gogol conheceu Púchkin (ambos influenciadores de Tolstoi e Dostoiévski), o maior escritor russo de então, e ficaram bem amigos.  Gogol não era polí­tico –  ao contrário de Púchkin -, não tinha um programa de ação contra o regime do Czar. Era um homem de preocupações mí­sticas, religiosas. Tinha, pelo que li, um misticismo até doentio.

Seus livros são bem diferentes dos dos famosos escritores russos, os tradicionalmente conhecidos no ocidente. Ele se funda no realismo, mas com um pé inteiro no que seria chamado posteriormente de surrealismo.

O conto “O Capote” é bem interessante; seu protagonista se tornou o arquétipo do pequeno funcionário público russo. Ou seja, foi o primeiro modelo ou imagem deste tipo de funcionário, que, a meu sentir, representa também outros tipos de funcionários públicos, não só os russos e os daquela época.

Também interessantes desta edição da Editora 34 são os contos  “O Nariz”, “Noite de Natal” e “Viy”.

“Diário de um louco” foi o meu preferido (todos da edição da foto): a história narra as aventuras de um funcionário público que nutre uma paixão platônica por Sofia, a filha de seu chefe. Com um humor insuperável, Gogol demonstra que este amor não correspondido (Sofia está noiva de outro) transforma a sanidade do protagonista em loucura. O conto é um diário e à medida que a loucura chega, as datas dos escritos vão ficando desconexas.

Em um belo dia ele “se descobre” rei da Espanha e passa a espalhar a notí­cia onde quer que vá, iniciando sua derrocada social. Rabugento, reclamão, ele tem grandes idéias, entre elas interceptar a correspondência de dois cachorros: Medji (a cadelinha de Sofia) e sua amiga Fiel. O diálogo das bichinhas é realmente divertido para nós, leitores. Mas não para o protagonista, pois, através dele, ele descobre que sua amada está realmente “enrabichada” (uma das expressões da cadelinha) por seu namorado Tieplov. O apaixonado fica, então, mais perturbado  e se diz rei Fernando VIII. Mais loucuras são proferidas e o personagem acaba na cadeia, onde sofre toda sorte de maus tratos que o fazem desejar que o matem de uma vez. O conto é divertido, mas a parte final traz a reflexão sobre a loucura real e suas consequências.

Nikolai Gogol foi o maior escritor russo da primeira metade do século XIX, introdutor do realismo na literatura russa e precursor de todos os grandes escritores russos que se lhe seguiram.

Não há como não repetir: “Todos nós saí­mos de O Capote de Gógol”.

Doce de ovos tradicional

Na minha infância era muito comum ter doces em casa. Na verdade sempre tinha; sempre. Era doce de leite, de frutas, cocada.. quando não tinha um doce especí­fico tinha rapadura picada. Lembro-me muito bem do meu pai sentado vendo o jornal da noite roendo uma bitola de rapadura; ele era muito doceiro. E tinha também o doce de ovos.  Quando papai fazia era o sucesso do fim de semana. O doce de ovos dele ficava como carne moí­da. Era marrom, não tinha gosto nenhum de ovo. Era muito bom, era delicioso.

O problema é que papai já é falecido e não deixou escrita a receita do seu doce. Procurei na internet e todos os doces que vi não me pareceram com o dele. E então teve o dia que a saudade bateu e eu resolvi tentar fazer o meu próprio doce de ovos. 🙂

Como a receita do papai não rolou, peguei a da minha vó, mãe de mamãe, e resolvi testar. Quem experimentou disse que ficou idêntica a original. Mas eu achei – pelo meu costume atual de comer menos açúcar –  excessivamente doce.

De qualquer forma, eis a receita. O doce é tradicional e, para muitos, cheira e tem gosto de infância.

Ingredientes:

  • 1/2 litro de leite cru
  • 1/1 quilo do açúcar
  • 4 ovos

Como fazer: 

Bata as claras em neve, acrescente as gemas e depois o leite. Despeje então na calda, que deve estar em ponto de fio (coloque cravos na calda). Pingue 1 gota de vinagre. Não mexa.

Detalhes importantes: retire a pelí­cula das gemas antes de acrescentá-las í s claras em neve; depois de acrescentadas as gemas bata muito bem para retirar o gosto forte caracterí­stico. E depois que a massa for levada ao cozimento, na calda, e depois de adicionado o pingo de vinagre, não se deve ficar mexendo a panela. Quando notar que houve o cozimento desligue o fogo e deixe esfriar.

Frango na air fryer

Olha, uma das coisas bacanas que podem ser feitas na air fryer é o peito de frango picadinho, temperado. A dica é picar o frango, temperar a seu gosto, e depois passar todos os pedaços na farinha de trigo. A farinha de trigo impede que a água da carne saia e a deixa bem mais suculenta. Se você estiver na vibe do super light você não precisa colocar nenhum óleo. Fica bom! Mas borrifando óleo nos pedaços você terá um frango suculento e douradinho. É difí­cil, enfim, ter uma carne dourada sem nem uma gota de óleo.

A facilidade desta carne é o que surpreende.

Bolinho de arroz na air fryer; merenda caseira

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Aproveitei que fiz um bolinho de arroz na air fryer e o enviei como merenda das crianças no outro dia. E isto, claro, porque os meninos adoraram. A receita foi mais ou menos a seguinte:

  • 2 xí­caras de arroz cozido;
  • 2 ovos;
  • 50 gramas de parmesão ralado;
  • mais ou menos 1 xí­cara de farinha de trigo;
  • temperos diversos (eu não tinha cheiro verde, mas é bom colocar)

No caso da farinha de trigo, vá adicionando aos poucos: ela serve  para dar o ponto de fazer as bolinhas; serve como “liga”. Então caso você consiga com um pouco menos, ok. Se precisar de mais, pode adicionar; fui colocando no olho.

Então, junte todos os ingredientes (a farinha aos poucos) e passe no processador. Eu gostei de fazer desta forma porque a massa ficou muito fina e leve, ficaram parecendo pães de queijo. Na medida que você for passando no processador vá verificando se já dá pra fazer as bolinhas, com a ajuda de um pouco de óleo espalhado nas mãos. Como não foi nada de óleo na massa, apenas o do queijo, a bolinha continua ficando bastante leve e light.

Massa adequada e devidamente temperada, faça as bolinhas (não se esqueça do óleo nas mãos) e coloque-as diretamente na air fryer. Aqui em casa foram menos de 10 minutos para que estivessem prontinhas.

Meus meninos gostaram, perguntaram se não era pão de queijo… e no dia seguinte ainda comeram um bolinho de arroz no lanche da escola, acompanhado de meia maça (picada com faca de cerâmica e coberta com papel alumí­nio para não escurecer) e suco integral de frutas vermelhas, sem adição de açúcares extras.

Costela de porco no bafo

marinada

costela no bafo (2)

macarrão primo pastifí­cio

Há muitos anos fizemos uma deliciosa costela de boi no bafo. O tempo passou, usamos a churrasqueira para assados tradicionais e só quase 7 anos depois é que voltamos a fazer um assado no bafo. Só que hoje, no lugar do boi, usamos uma costela de porco. Super carnuda, muito boa.

Primeiro eu marinei de um dia para o outro 1 quilo de costela de porco. Usei óleo, shoyu, molho de pimenta, alho, cominho, louro e ainda pinguei umas gotinhas de óleo de gergelim. O tempero cobriu metade da carne, que foi virada no meio do tempo da marinada. Depois a costela ficou a cargo d´Ele, que a enrolou em bastante papel alumí­nio, “recheando” os pedaços de costela com cebola e um pouco de manteiga. A manteiga foi colocada porque a carne estava com pouca gordura e ficamos com medo que ficasse seca.

Dica: ao fazer a carne no bafo enrole-a em muito papel alumí­nio, de modo que o suco que desprende da peça não evapore. O x da questão é fazer uma espécie de panela de pressão dos tempos das cavernas, saca? Ah, o tempo de cozimento foi de mais ou menos 2 horas e meia.

O resultado foi muito bom, embora eu ache que o tempero podia ter sido um pouco mais carregado no sal. Também achei que uma carne mais gorda seria mais apropriada. No caso, costela de porco mesmo, porém com mais gordura. Ou então uma fraldinha, uma capa de filé…

Também fiz peito de frango passado na farinha de trigo na air fryer para caso a costela desse zica. E a massa ficou por conta de um macarrão da Primo Pastifí­cio,  que comemos com um molho de tomates caseiro (que ficou delicioso, por sinal).

Claro que não poderia faltar uma salada: alface, rúcula, tomatinhos sweet grape, mussarela de búfala e beringela (também da Primo Pastifí­cio).

Ps. quando a costela ficou pronta foi um salve-se quem puder. Garfo pra cá, garfo pra lá..  quando me lembrei da foto já era tarde demais. 😉

Ps2. Este não é um post patrocinado pela Primo Pastifí­cio. Nós comemos uma vez no estabelecimento e gostamos. Ontem resolvemos experimentar a massa seca, que foi aprovada, apesar de acharmos o preço meio salgado. O pacote da foto (macarrão para 3 pessoas) sai por R$14,90. Eu acho um pouco caro comparado í s massas comuns. A propósito, usei dois pacotes e deu bem para 4 adultos e 2 crianças.

O Idiota, de Dostoiévski

O livro O Idiota, de Dostoiévski, começa com o retorno do prí­ncipe Mí­chkin (que dizem ter vários traços do autor) da Suí­ça, onde fazia tratamento de saúde. A personalidade do prí­ncipe Mí­chkin é o grande ponto deste livro. Ele era visto como uma pessoa diferente, exótica. Não possuí­a nenhuma idiotia, mas era tão diferente das demais pessoas, era um indiví­duo tão puro, superior, que acabava sendo para os demais, numa sociedade corrompida, um idiota, um inadaptado.

Mí­chkin era um humanista; a crí­tica diz que Dostoiévski o criou uma mescla de Cristo e Dom Quixote (não aceito por todos, pois Dom Quixote era desconectado da realidade e Mí­chkin não era). Sua compaixão sem limites vai de encontro ao desregramento de Rogójin e a beleza de Nastácia Filí­ppovna. Sua bondade e o impacto da sua sinceridade briga com um mundo obcecado por dinheiro, poder e conquistas. E o sanatório acaba sendo o único lugar para um santo.

O Idiota é bem diferente de Gente Pobre. Não é um livro fácil. A narrativa é um pouco cansativa. Há muitos personagens (í s vezes chamado pelo nome, í s vezes pelo diminutivo, í s vezes pelo apelido) e a trama é, sim, um pouco rocambolesca. De fato, neste livro, as discussões morais sobre as questões do romance acabam sendo bem mais interessantes que o próprio.

Mas vale a leitura. Sempre vale. 🙂

O antes e o depois de um hall de prédio

Hall de prédio predio antigo (2)

Pois então, o que uma reforma não faz, não é mesmo?

Nosso hall de prédio era bem feio. Tí­nhamos duas portas que levavam para o mesmo lugar e, além disso, na parte externa, havia uma parede dividindo estas duas passagens. O prédio ficava com uma cara bem mais chulé e descuidada. A porta que vocês vêem í  direita dava para a rua e a outra para a garagem da parte de trás do edifí­cio.

Além deste verdadeiro puxadinho que a construtora fez, havia um corrimão de ferro (bem mal feito) e a pintura já estava bem estragada. Inicialmente apenas pintarí­amos o prédio, mas depois que a bagunça já havia sido feita aqui em casa e que os pedreiros já estavam disponí­veis, começamos a sonhar com uma nova cara para o ambiente.

A ideia da retirada de uma das portas foi do meu marido. E mesmo sem arquiteto ou decorador, ajustando aqui e acolá, tivemos um ótimo resultado!  Ele pediu aos pedreiros que fechassem a porta da esquerda, criando uma salinha na portaria. Criada a salinha, seguimos o conselho de minha irmã e fizemos a iluminação. As partes internas do hall receberam  um grafiato palha, a porta da direita foi substituí­da por um blindex e o corrimão de ferro foi trocado por um de inox.

Quanto í  decoração, uma estudante da área nos aconselhou a colocar os móveis mais ou menos nesta proporção,  móveis que foram comprados na Mafuá Móveis (escolhidos por mim e por Ele) e os adornos foram comprados por uma vizinha em uma loja no bairro Santo Agostinho.

A única coisa que ainda está pendente de reforma ou troca total é o piso. Como o dindin não dava para trocar tudo, resolvemos deixar para depois ou talvez fazer apenas uma limpeza profunda ou raspagem na pedra.

De qualquer forma, vejam como o cuidado com um ambiente pode transforma-lo. Não estava dando muito gosto entrar em casa. Mas agora sim! 🙂

Fim de semana prazeroso

ilustrissimo

No sábado fomos nós 4 a um casamento. Confesso que teria sido melhor se fôssemos apenas nós dois, mas não tivemos escolha. Então éramos nós 4 ou nada feito. Na igreja as crianças não se comportam mesmo, né? Querem correr, andar de um lado para outro. O jeito foi ficar meio de fora do recinto e tentar distrair os dois. Não os culpo: padre falando é chato demais. Já a festa estava muito boa. Tudo muito lindo, chique e gostoso. De cordeiro aos melhores queijos. Vinhos deliciosos e belos doces. Aproveitamos muito e eles idem.

No domingo estivemos no condomí­nio Canto das águas, localizado em Rio Acima, a convite de amigos da escolinha dos nossos filhos. Foi um convite muito bacana, os anfitriões foram muito simpáticos conosco, muito receptivos e gentis. Foi uma experiência joia. Sem contar que o Canto das íguas é lindí­ssimo. Nós  haví­amos entrado neste condomí­nio apenas de passagem quando estivemos na Pousada do Canto e ficamos encantados. As casas são todas lindas, o lugar é muito bem cuidado e aparentemente seguro. Ontem eles fizeram um ótimo churrasco e a casa deles é muito gostosa. Foi um dia extremamente agradável.

Não preciso dizer que meus meninos e amigos não arredaram o pé da piscina. Penso que nadaram uns 2/3 do tempo que passamos lá. A bem da verdade não saí­ram nem para comer. Comeram carninha, pão de alho e queijo dentro da piscina mesmo. Uma breve pausa foi feita sob protestos com o fim de renovar o filtro solar e já já estavam os 3 dentro da piscina novamente. Ao final da tarde estavam tão cansados que demoraram uns poucos minutos dentro do carro para adormecerem profundamente.

Uma breve nota preciso fazer em relação a um acontecimento. Nossa menina jamais nadou sem boia em piscinas que não “dão pé”. Ela é mais medrosa e mesmo com a boia de braço ela não se arrisca (com 4 anos e quase 9 meses) a pular na piscina. Sempre entrou com cuidado e nunca se aventurou perigosamente. O garoto, por sua vez, foi super ousado (sempre ousado!) ontem e, sem boia, pulou na piscina funda e saiu nadando tranquilamente. Posso dizer que ele já nada. Mas ela não! Ela não nada sem boia. E mesmo assim, durante uma brincadeira em volta da piscina, ela pulou! Pulou do nada, sem boia, sem conseguir pé na piscina! Claro que se assustou, eu precisei socorre-la. Como ela estava mais ou menos perto da borda, eu consegui puxa-la pelo braço e retira-la da piscina. Bebeu água , ficou assustada (assim como eu), saiu chorando e nervosa!

Ainda bem (puxa, ainda bem!) que eu e Ele jamais despregamos os olhos dos dois. Eu vi, portanto, o pulo imprevisto e pude imediatamente ajuda-la. De outra forma, se eu estivesse longe, poderia ter ocorrido um acidente pior. Não podemos confiar de jeito nenhum na criança, porque ela mesma não sabe o porquê daquilo que fez. Nossa filha é super cuidadosa, até medrosa mesmo da água, jamais pulou de uma vez na piscina, mesmo usando as boias de braço. Ou seja, aquele pulo na água nos surpreendeu bastante.  Não sabemos o que se passou naquela cabecinha.

Mas enfim, foi um breve susto em um domingo cheio de coisas legais. O convite foi muito simpático, as conversas foram boas, o lugar lindo, o tempo colaborou e tivemos um dia quente e ensolarado. As crianças saí­ram exaustas e nós muito satisfeitos.

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