
Engraçada demais a reação das pessoas quando digo que tomo café sem açúcar. Uns fazem cara feia, outros desconfiam, mas poucos concordam. Sim, eu gosto de café sem açúcar; acho que é a única forma de se apreciar o sabor verdadeiro do café.
Isto não quer dizer – é óbvio – que eu não goste de café com açúcar. Gosto muito também. Como disse outro dia, café é bom de qualquer jeito; só não pode ser ralo, velho ou com adoçante. Ou seja, as bebidas que levam café são quase sempre muito boas, mas isto não impede que o cafezinho genuíno, aquele purinho coado na hora (ou o espresso) deva ser consumido puro.
Outro dia, numa cidade do interior de Minas, na cafeteria da foto, pedi um espresso e a atendente não se conteve.
“- Moça, mas você é a única mulher que já pediu café sem açucar aqui. Só homem gosta disto! E olha que são poucos, eim!”
Achei graça e, mesmo vendo que seria inócuo, tentei por alguns segundos explicar o porquê da opção. Ela riu, falou que eu era doida e que o seu café era bem adoçadinho. Em seguida, com a graça do sotaque mineiro do interior, saiu falando baixinho coisas a meu respeito.
Mas o mais legal é que as pessoas provem o café sem açúcar. De preferência um bom café, um café de boa qualidade. Se da primeira vez for um pouco estranho, se for amargo demais, que insistam um pouco, pois nosso paladar se acostuma com determinados sabores e tende a rechaçar os que não nos são familiares, como, por exemplo, o sabor amargo do café.
Tenho certeza que muitos dos que fizerem o teste passarão a aproveitar o café de um jeito diferente. Sem, claro, deixar de lado todas as outras modalidades da bebida. Afinal, o ideal é ampliar, reconstruir experiências, e não abandonar as que já triunfaram!
🙂