um blog sobre todas as coisas em geral

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Situação geral de abril de 2021

Nosso blog foi criado lááá atrás, há exatos 13 anos e quase 4 meses, em dezembro de 2007. O primeiro post foi no dia 09 de março de 2008, quando postamos sobre a compra de um carro. Estávamos bem felizes, era nosso primeiro carro zero. 🙂 Logo já comecei a escrever sobre minhas leituras e nossas viagens. São 13 anos de publicações, com poucas paradas de uns poucos meses (por N razões).

A ideia do blog foi Dele, que sempre adorou este tipo de interação e comunicação com o mundo; Ele queria registrar nossos passos na vida, nossas fotos, sempre sem identificação. Quando necessário, nos identificamos para nossos leitores (já aconteceu), mas o x da questão é manter um diário de nossas vidas. Queremos também que nossos filhos, um dia, possam ler algumas coisas sobre nós, descobrir coisas pela quais passamos.. achamos que pode ser bem legal. Inclusive, por vezes eu volto ao site para relembrar alguma coisa, seja uma receita – o que faço sempre – mas também o nome de algum lugar etc

E essa ideia Dele foi bem providencial. O blog me salvou em várias ocasiões. Em um momento da vida passei sem trabalhar, ora estudando para concursos, ora apenas sem saber o que fazer… e a escrita fazia a cabeça funcionar, me ocupava. Uma época em que, sem filhos, o tempo sobrava. E não estava legal.

Depois da criação do blog, eu fiquei sem o emprego de quase 10 anos… passei um tempo estudando e dando consultoria para um escritório (mas ganhava merreca)… depois desisti dos concursos… meu pai faleceu neste í­nterim… nasceram os meninos… a vida mudou… Arranjei outro emprego, em uma coisa totalmente diferente, saí­ do emprego, voltei pra minha área… Novos desafios, dificuldades sim, mas muito amor. Por Eles e por Ele.

O blog é nosso ‘lugar’ de retratar a nossa vida. E eu prefiro retratar as coisas boas, as diversões, as comidas boas, os momentos de paz. Então, são poucas as postagens sobre o que vem nos acontecendo, o que vem acontecendo ao Brasil. E o fato é: nossos filhos jamais vão entender de onde saí­mos e aonde chegamos.

Eu tinha 12 anos quando a Constituição Cidadã foi promulgada e me lembro bem de todo o clima da ocasião. Eu não entendia bem o que estava acontecendo, pois dentro da minha casa nunca se falava de ditadura, mas a escola e, depois, a faculdade me abriram os olhos. Tive professores na graduação que sofreram torturas naquela época e um deles – fenomenal – nos mostrava que os monstros ainda ocupavam o poder.

A época pós constituição/88 não permitia que esses indiví­duos aparecessem; eles estavam nas sombras, acho que só aguardando para dar o bote. E assim aconteceu décadas mais tarde. Eita lei de anistia que foi errada!

Mas antes dessa desgraça toda, tivemos esperança. Por um bom tempo a ideia era de que crescerí­amos, evoluirí­amos.. de que o paí­s honraria a Carta que promulgou. Tí­nhamos esperança e confiança.

Isso durou, acho, até o crescimento exponencial de grupos conservadores. Agora eu vou chutar: acho que a coisa piorou quando grupos neo pentecostais começaram a crescer e ganhar poder. Isso ainda na década de 90. Eles vêm trabalhando bem, a passos de formiguinha, mas têm conseguido. Porque então… tudo o que entendí­amos como evolução passou a ser tratado como um erro por uma grande massa de pessoas. E esse erro depois foi chamado (de forma desvirtuada, óbvio) de um tanto de coisa: de pecado, de perversão, de defesa de bandido, de comunismo, de defesa de pedofilia e a coisa foi ladeira abaixo.

Claro que a confusão toda não partiu de um único grupo, foi uma soma. Ideias conservadoras trazidas por religiosos sem critério + interesses de alguns poucos grupos $$$ que mandam no paí­s + escândalos de corrupção que foram usados incessantemente pela mí­dia para desenvolver um ódio anormal por um grupo de pessoas. O fenômeno do conservadorismo é mundial e talvez vá e volte ao longo dos tempos, enfim… teve também o acesso coletivo ao mundo virtual, que trouxe consigo (além das mil maravilhas) as fakes news e os benditos grupos dos tios e tias do zap, que reforçam mentiras, teorias malucas e anti ciência diuturnamente. Vale rever os videos do Canal do Slow a respeito.

Pois tivemos o governo Dilma, que desagradou a muitos e ela foi retirada do cargo por um golpe sem armas. Mas mesmo antes, em sua primeira eleição, já começamos a ver um movimento estranho vindo da galera da oposição. Como escrevi neste texto, já notávamos um crescente pensamento fascista e conservador nos votantes do eterno derrotado Aécio Neves. E, embora nem todos os eleitores do falecido PSDB sejam, individualmente, escrotí­ssimos, foram eles que deram suporte ao então candidato Bozo, o reaça maior.  

Tchau, querida democracia

A resistência ao golpe de 2016

Há muito, mas muito material a respeito, inclusive de escritores/estudiosos não brasileiros. Em conclusão, quando pautas de direitos humanos começaram a virar tabu… degringolou tudo.

Pois bem, tentamos resistir, mas não deu. E ele, logo ele, um ser desprezí­vel, ignorante, preconceituoso, patético, virou presidente. Um casal conhecido nosso mudou de paí­s quando ele ganhou. “Não queremos criar nossas filhas num paí­s governado por Bolsonaro”. E foi a melhor coisa que fizeram. Eu não conseguiria, pois teria dificuldades imensas de deixar minha mãe já idosa aqui, mas os dois já não viviam próximos de suas famí­lias e hoje estão em uma situação bem melhor que a nossa.

Oras! Estamos há mais de ano em quarentena! Sem ficar perto dos parentes, sem passear direito, sem aulas presenciais, sem atividades fí­sicas adequadas para as crianças. Delas mal posso falar sem tristeza profunda. Perderam o conví­vio com as avós, tios e primos, estão com o ensino super defasado e ficam muito mais tempo em telas do que eu gostaria. Sem sol adequado, sem a presença dos amigos e convivendo com o nosso medo de pegar essa bosta de doença, que mata hoje no Brasil, por dia, em média, 3 mil pessoas!

Não vou me dar o trabalho de explicar o por que o presidente é responsável por tudo isso. Vou deixar aqui uma live do ítila Iamarino, pesquisador e divulgador cientí­fico que tem todo o meu respeito, entrevistando Deisy Ventura, Doutora em Direito e Professora Titular da Faculdade de Saúde Pública da USP; na live ela fala sobre quais órgãos são responsáveis pelo que passamos no Brasil e como a propagação da Covid-19 no paí­s foi intencional.

O fato é que não vamos sair dessa tão cedo! Não tem vacinas para todos em tempo hábil. Estamos morrendo enquanto isso! A cada dia uma notí­cia da morte de um conhecido (perdi um parente até agora) e de milhares de desconhecidos. Mães que acabaram de parir, pessoas da mesma famí­lia, pais amorosos que deixaram seus filhos, jovens que ainda tinham uma vida pela frente. Senhores e senhoras idosas que mereciam dignidade no fim da vida. E, pasme! Com crueldade, já que a maioria dos cidadãos não está tendo o atendimento adequado, mesmo enquanto intubados. A última live do ítila é um tiro no peito.

Nosso blog tem o intuito de ser leve, prazeroso para quem caia aqui de para quedas e para nós mesmos no futuro. Mas este momento é de muita tristeza e dor. E medo. E angústia. E aflição. Não sabemos aonde está o perigo e se pode nos fazer um mal maior. Temos filhos crianças e nenhum de nós dois fica tranquilo com a situação. E os danos disso tudo são enormes: estamos muito mais nervosos do que o normal; estamos vivenciando um luto estranho a cada dia. Não quero falar sobre quem ainda apoia esse genocida nem sobre o dia em que me senti acuada ao protestar na janela do prédio. Quem sabe um dia…

Agora, só quero nossa dignidade de volta. Nada mais.

Foto: Edgar Degas (French, 1834 – 1917), The Convalescent, French, about 1872–January 1887, Oil on canvas, 65.7 í— 49.8 cm (25 7/8 í— 19 5/8 in.), 2002.57.

Você gosta de quê?

Volta ou outra me pego pensando em coisas que são extremamente prazeirosas, mesmo quando estamos vivendo nesse mar de coisa ruim chamado Brasil de Bolsonaro.

Então… vou fazer uma lista das coisas que eu mais gosto. Fica aqui para eu dar uma lida nos momentos difí­ceis. Quem sabe me inspira…?

De quebra, vai lista do que não gosto também, pois sou dessas.

Adoro

  • passear com a famí­lia, nem que seja só de carro (pandemia feelings);
  • ouvir música que eu gosto, qualquer ritmo que seja; inclusive, ando muito sensí­vel í s clássicas;
  • fazer um bolo perto do fim de semana: adoro cozinhar quando estou bem de espí­rito;
  • ler um livro bom na calma de deus, sem ninguém me interpelando;
  • tomar aquele banho quente í s 6 da tarde e já ter terminado todas as obrigações do dia nesse momento;
  • acordar cedo a ponto de as pessoas ainda estarem quietas e caladas em suas casas;
  • ir para o campo, acordar na natureza;
  • ver animais na natureza, observá-los, desde os insetinhos;
  • ver um filme com a famí­lia, todo mundo de banhozinho tomado e num dia fresco/frio;
  • arrumar armários de roupas, cozinha, estantes de livro da casa; todos eles;
  • ir para a cama/sofá ver uma boa série com maridão;
  • chegar em casa do sacolão, com aquele tanto de fruta e legume bonito;
  • férias das crianças e do marido: sem horários, sem compromissos;
  • jogar cartas com meninos e marido;
  • todas as comidas conforto, principalmente as caudalosas;
  • ver os filhos e marido rindo;
  • fazer atividades fí­sicas: alongamentos, pilates, local, bike e yôga; musculação não gosto, mas é necessária. Adoro caminhar também. Fico péssima sem atividades fí­sicas;
  • encontrar a famí­lia para bater papo;
  • aprender lí­nguas;
  • receber mensagem das amigas, pode me mandar áudio de 10 minutos;
  • conversar;
  • escrever no blog;
  • marcar um fim de semana fora de BH: nesse momento tem sido nosso alí­vio encontrar um cantinho de paz fora de BH;
  • ver o dia amanhecer;
  • cuidar das nossas plantinhas;

Gosto de jeito nenhum

  • ouvir música que não gosto; vou do 8 ao 80, amo ou odeio música! Enquanto faço compras é uó, inclusive;
  • sentir frio: mas eu gostava muito quando era nova.
  • tomar banho muito tarde, atrapalha meu sono;
  • dormir de cabelo molhado;
  • livro com cheiro de mofo: um dos motivos pelos quais me desfaço deles í s vezes;

Hheheheh…

Até agora a lista das coisas que gosto está ganhando em tamanho. E isso é muito bom; e ela não é exaustiva, claro; vou completando ao longo do tempo… 🙂

Viajar é preciso

Que dia poderemos viajar em paz novamente? Estamos doidos para fazê-lo, mas tá osso enfrentar o risco de adoecer. Vamos esperar a vacina chegar pra gente e ainda assim teremos cuidado.

Temos crianças pequenas e não queremos nos colocar em risco e complicar a vida delas… e nem a nossa, claro.

VEM VACINA, que queremos viver, viajar, aglomerar!

Enquanto isso vamos nos virando com nosso passeios por aqui perto, com todo cuidado possí­vel. Em breve vamos dar um passeio para uma casa de campo e acho que vai ser uma grande alegria para os meninos.

O amor… :)

Não cobre amor, que amor não é cobre. É ouro.

Não peça amor, que amor não é peça. É todo.

Mas chama, chama amor, que amor é chama. É fogo! (C.Lemos)

Recebemos – eu e Ele – uma linda homenagem hoje. Inesquecí­vel. 🙂

E eu, em particular, também. Só tenho a agradecer, imensamente.

Como é ser mãe/pai ateia/ateu?

Essa postagem é baseada no texto 9 Ways Atheist Moms Are Different From Religious Moms. Sigo a autora no twitter e até tentei me comunicar com ela via direct pra ver se ela aceitaria que eu fizesse a tradução do texto e postasse aqui, literalmente. Mas ela não tem direct aberto. Então vou traduzir algumas partes, mas abraçando o pai nessa história, já que aqui somos os dois ateus e estamos criando crianças sem deus.

Lembrando que nem todos os pais religiosos são iguais. Há os que fazem um ótimo trabalho e nós sabemos muito bem disso.

Então, vamos lá! Como nós somos como pais ateus?

  • Não nos referimos a nossos filhos como pecadores.
  • Não dizemos a nossos filhos que algumas pessoas vão para um lugar após a morte para serem torturadas e queimadas para a eternidade.
  • Nunca dizemos a nossos filhos que, se eles adotarem certos comportamentos, eles também podem acabar no inferno.
  • Não dizemos a nossos filhos que o pão que estão comendo é a carne de um homem que morreu 2.000 anos antes.
  • Não dizemos a nossos filhos que eles estão sendo observados por um homem invisí­vel que julga seu comportamento.
  • Não decoramos nossas casas com métodos de execução ou damos joias a nossos filhos com métodos de tortura.
  • Não fazemos nossos filhos acreditarem que, se desejarem da maneira certa, um ser todo-poderoso pode conceder esse desejo, apesar de bilhões de pessoas desejarem diariamente as necessidades básicas da vida.
  • Nunca dizemos a nossos filhos que doenças de qualquer tipo podem ser curadas por um homem mágico, desde que você faça as orações certas e apenas o suficiente para agradá-lo. Queremos que nossos filhos cresçam entendendo que a melhor chance de vencer uma doença é consultar o médico. Por quê? Acho que só queremos que nossos filhos tenham uma vida longa e saudável. Chame-nos de loucos.
  • Conversamos sobre todas as religiões (até onde as conhecemos e sempre dispostos a aprender) e tentamos não demonizar nenhuma delas.
  • Ensinamos o que é intolerância religiosa e que isso não é legal.
  • Explicamos que há pessoas que querem ou precisam acreditar; e que tudo bem, que respeito é essencial. 
  • Jamais dirí­amos a nossos filhos que um homem invisí­vel no céu é mais importante do que a famí­lia. (lembrando que o mote do atual excremento do Brasil é ‘Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.’).
  • Ensinamos que atitudes decentes contribuem para uma sociedade decente e que isso é muito benéfico pra nós mesmos.  

Enfim, acreditamos que agir assim ajuda as crianças a se tornarem pensadores saudáveis ​​e inteligentes, que podem cuidar de si mesmas e contribuir para um mundo melhor.

Se você ainda precisa acreditar, ok, mas nos deixe em paz ensinando aos nossos filhos a razão e o pensamento crí­tico. O que elas farão com essas informações, já adultas e criadas, foge ao nosso alcance.

É isso. 

 

Prato do dia

69 dias de quarentena..

Feijão preto com beterrabas e calabresa, arroz branco, couve, laranja bahia e saladinha.

Expectativa x realidade – Wish

E no dia da mentira a gente posta o quê??? A expectativa x realidade das compras do Wish.

Eu já havia comprado na loja (estas forminhas verdes de bolo, por exemplo, foram compradas lá) e não havia me decepcionado.

Ainda né..? Quando esse tapete chegou eu só não fiquei mais macha porque acabei rindo muito.

EXPECTATIVA
REALIDADE
REALIDADE

E tem mais: eu garanto que conferi o tamanho no caso deste tapete. Pra mim ele viria com 1 metro de diâmetro. Só que eles me mandaram o metro de diâmetro do mundo das drí­ades.

Enfim, vivendo e não aprendendo. Ainda tenho 5 reais de crédito no Wish e preciso gastar. 😀

Aniversário de queda

Há um ano, por volta da meia noite, estava chegando na casa de minha mãe, onde fiquei por 4 meses ininterruptos enquanto me recuperava de uma queda que causou uma grave fratura na patela esquerda.

A queda foi péssima, as duas cirurgias horrí­veis, chatí­ssimo ficar longe do marido e de casa. Muito incômodo, falta de autonomia..

Mas não posso reclamar de nada em relação ao tratamento que recebi, de todos da famí­lia. Fui cuidada, mimada, tratada. Dei um trabalhão danado pra mamis e pros irmãos que estiveram mais próximos.

O tempo passou, a recuperação está de vento em popa; mas não me esquecerei dos bons momentos (porque houve muitos) na casa mais gostosa do mundo.

E que meus meninos sempre tenham o lar que eu e maridex construí­mos a disposição – sempre – não importando o que aconteça.

Veludo Branco, a Tradescantia Sillamontana

Surpresa na nossa Tradescantia Sillamontana ou Veludo Branco, uma xerófita que eu adoro. Xerófitas são plantas adaptadas para viverem em regiões de climas semiárido e desértico (árido).

Adoro. E adoro ainda mais quando surgem estas belezinhas.

Flores solitárias, terminais, pequenas, de três pétalas, de cor rosa-arrocheadas, muito vistosas. Surgem nos meses de verão e outono.

Quiche de massa de pastel

Eu gostei da ideia dessa quiche. Usei massa de pastel crua para forrar a forma. No recheio fui no olho mesmo, não tenho receita com quantidades. Ovo, queijo, temperos, cottage, brócolis, tudo temperadinho com o que eu tinha na hora.

A massa fica crocante, mais durinha mesmo, mas fica gostosinha e diferente. Uma boa pedida pra um momento de pressa.

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