um blog sobre todas as coisas em geral

Categoria: Literatura Page 4 of 12

Malala, a menina que queria ir para a escola

Terminamos ontem a leitura de Malala, a menina que queria ir para a escola, da jornalista Adriana Carranca. Eu li para os 2 durante uma semana mais ou menos, sempre í  noite, depois do banho e antes de dormir.

Eu achei esse livrinho incrí­vel. Ele é um livro pequeno, mas nem por isso raso. E até por isso mesmo demoramos uma semana inteira para finalizarmos.

A história de Malala traz um novo mundo para as crianças e aí­ inúmeras dúvidas surgiam o tempo todo por parte dos dois. Até penso que esse livro seja para meninas e meninos de uns 10 a 12 anos, mas resolvi ler por agora mesmo. Eles ganharam de presente e eu achei que a leitura seria legal nesse momento.

Surgiram questionamentos de todos os tipos: “porque as pessoas daquela região são assim? Porque se vestem assim? Porque desprezam as meninas? Quem são esses talibãs?”

Minha filha logo se espantou com o que fazem com as mulheres por lá: “mas mamãe, todos eles vieram de uma mulher, como podem se comportar assim?” Meu filho também achou revoltante e falou que não existem diferenças entre homens e mulheres…

Tive que explicar muita coisa sobre as pessoas daquele lado de lá do mundo: religião, cultura, hábitos diferentes.. e isso foi muito bom. Conhecer mais do mundo é um privilégio.

Eu também gostei de conhecer em maiores detalhes a história dessa moça tão forte e guerreira. Merecedora, de fato, de tudo o que conquistou até aqui. E digo isso sem deixar de dar os meus humildes parabéns ao pai dela, que soube perceber a importância da filha como ser humano tão digno de valor como os seus outros dois rapazes.

Gostei e indico.

Fantasmas no Cérebro

Terminei ontem Fantasmas no Cérebro, uma investigação dos mistérios da mente humana, do neurocientista Ramachandran, um indiano que fez um trabalho incrí­vel sobre a natureza e o tratamento de membros fantasmas, mas não só sobre isso escreve na obra.

Cada capí­tulo refere-se a um fenômeno neurológico incomum, sempre revivendo suas próprias experiências como médico e seus novos insights sobre o funcionamento do cérebro.

Dr. Ramachandran demonstra que muitos problemas relatados por pacientes mundo afora – e que por ora são tratados pela psiquiatria, por exemplo – talvez sejam questões puramente fí­sicas, neurológicas, problemas relacionados a um pedaço especí­fico do cérebro, danificado durante a gênese daquele ser humano ou depois, em razão de doença ou acidente.

A obra é bem interessante porque nos leva a entender o ser humano muito mais como uma máquina – idêntica aos seus pares, em última instância – do que aquele ser especial, criada í  imagem e semelhança de um deus qualquer.

“Tudo que tenho aprendido no estudo intensivo de pessoas normais e pacientes que tiveram lesões em várias partes de seus cérebros aponta para uma ideia empolgante: que você cria sua própria realidade a partir de fragmentos de informações, que o que você ‘vê’ é uma representação confiável – mas nem sempre acurtada – do que existe no mundo, que você é completamente insconsciente da grande maioria de fatos que se desenrolam em seu cérebro”.

Fato que é difí­cil mesmo chegar í  conclusão – como o fez o doutor – que toda a riqueza de nossa vida mental (pensamentos, sentimentos, emoções) nasça da atividade de pequenos feixes de protoplasma no cérebro, ou seja, de um naco de carne dentro do crânio.

Ele mesmo diz, no último capí­tulo, que não resolveu todos os mistérios. Mas que precisamos rever como estudamos a consciência, tratando-a não como uma questão filosófica, lógica ou conceitual apenas, mas também como um problema empí­rico.

Gostei do livro. Gosto de textos que me fazem perceber o quanto não sei de nada.. e o quanto posso ler e ler e ler … e que da mesma forma continuarei sem saber um monte de coisas.

Não existe tédio em um mundo assim.

Cuide de seus pais antes que seja tarde

Estou lendo Fantasmas no cérebro, do neurologista e neurocientista indiano Vilayanur Ramachandran, mas numa destas noites passadas eu peguei este livro do Carpinejar e me interessei. É um pequeno livro, a gente lê numa sentada. Mas não é porque é pequeno e simples que não seja profundo, delicado e bonito.

O livro dá um maior enfoque ao tempo (ou pouco tempo) que dedicamos aos nosso pais quando nos tornamos adultos, nas nossas dificuldades de entender que em um determinado momento o papel de cuidador passa dos pais para os filhos: seremos todos, em algum momento, pais de nossos pais.

Fala de famí­lia num sentido geral também, de uma forma bem poética. Enfim, nunca tinha lido nada do Carpinejar e achei válido. Gostei. Chato foi ler nesse perí­odo de quarentena, quando a presença é temerária e o afastamento é sinal de cuidado. Mas valeu.

Sócrates Brasileiro

Sócrates Brasileiro, Minha vida ao lado do maior torcedor do Brasil. Por Kátia Bagnarelli.

Então, este livro é uma pequena biografia de Sócrates, contada pela esposa Kátia que viveu com ele em seus dois últimos anos de vida. Li o livro e fiquei meio pesarosa. Pela dificuldade de relacionamento que Sócrates aparentemente tinha com a famí­lia, os problemas com o álcool e também pelo pouco tempo que a esposa esteve ao lado dele.

Os dois pareciam apaixonados e a versão dela nos deixa um pouco sentidos pelo fato de a famí­lia não tê-la aceitado. Nem ao enterro a moça foi, se sentia realmente rejeitada.

Como nunca tinha lido nada sobre ele, só conhecia os feitos mais notáveis de Sócrates – e bem de relance – não tenho ideia do porquê de tudo o que foi relatado. Enfim… é um livro pequenininho e eu li bem rápido. Pra quem é muito fã, pode ser uma boa pra conhecer um certo aspecto de sua história.

Resistência, de Marco Simas

Acabei mais um livro de Marco Simas, o Resistência. Já tinha lido Identidade e gostado demais. Com esse não foi diferente.

Antes de Identidade, Marco havia publicado  Bárbara não quer perdão e O último trem, dois primeiros volumes da trilogia ” Aqui estamos nós”.

Resistência continua Identidade e é, da mesma forma, um thriller muito bacana. Se Identidade diz muito da corrupção na polí­tica brasileira, de prostituição e disputa pelo poder, Resistência foca mais na corrupção policial. O autor cutuca também o mundo das socialites carioca e, de certa forma, elogia o trabalho independente de agências de jornalismo.

Eu vejo o Marco Simas como o Stieg Larsson mineiro. Não sei se ele gostaria da comparação, mas, como adoro o autor sueco, faço-o como um elogio.

Um tique na lista deste ano! 🙂

Livros para 2020

  1. Resistência, do Marco Simas;
  2. A grande história da evolução, do Dawkins;
  3. Os demônios, de Dostoiévski;
  4. Irmãos Karamazov, de Dostoiévski;
  5. Fantasmas no cérebro, de Ramachandran;
  6. Clube da Luta, de Chuck Palahniuk;
  7. Sócrates Brasileiro: Minha vida ao lado do maior torcedor do Brasil;
  8. Cuide de seus pais antes que seja tarde, de Fabrí­cio Carpinejar.
  9. Kurt Seyit & Murka, de Nermin Bezmen;
  10. A morte de Ivan Ilitch, de Tolstói;
  11. E se fosse você? Manuela D´ávila.
  12. Harry Potter, A pedra filosofal, de JK Rowling;
  13. Harry Potter e a Câmara Secreta, de JK Rowling.

Li livros intensos e livros simples. Livros clássicos ou não. Cada um deles me proporcionou – cada um a seu modo – momentos de diversão, distração, sensações diferentes e mais vontade de aprender.

Com certeza foram bons aliados pra mim nessa quarentena, como o foram para meus filhos, que me mataram de orgulho ao lerem avidamente a saga Harry Potter e me inspiraram a ler também. Mãe coruja…

Enfim, não consegui cumprir com a lista toda ao deixar A grande história da evolução, do Dawkins e Irmãos Karamazov, de Dostoiévski de fora. São dois livros de leitura pesada, precisam de atenção, tranquilidade, e esse ano não foi um ano muito favorável. De qualquer forma, consegui ler Os demônios e fico feliz por isso. 😀

Até o ano que vem!

As aventuras de Sherlock Holmes

Realmente não sei o motivo pelo qual eu ainda não havia lido Arthur Conan Doyle. Não a toa o cara se tornou um clássico e não a toa Mr. Sherlock Holmes se tornou o investigador mais conhecido do mundo.

No caso, comecei a leitura pelas Aventuras de Sherlock Holmes, coletânea de doze contos de aventuras do detetive, publicada pela primeira vez em 1892.

Os contos foram originalmente publicados – um a um – na revista Strand Magazine, nos anos de 1891 e 1892, sendo então compilados e publicados em um só volume em 1892.

Os 12 contos de As aventuras de Sherlock Holmes

Um Escândalo na Boêmia (A Scandal in Bohemia) – Julho de 1891. O Rei da Boêmia contrata Holmes para recuperar um retrato comprometedor que está em mãos de uma ex-amante, Irene Adler.

A Liga dos Cabeças-vermelhas (The Red-Headed League) – Agosto de 1891. Pelo simples fato de ter cabelos ruivos, Jabez Wilson consegue um emprego bem remunerado para transcrever artigos da Encyclopí¦dia Britannica. Mas por trás daquela contratação existe uma intenção oculta.

Um Caso de Identidade (A Case of Identity) – Setembro de 1891. Holmes investiga o sumiço do noivo de Miss Mary Sutherland.

O Mistério do Vale Boscombe (The Boscombe Valley Mystery) – Outubro de 1891. O Inspetor Lestrade pede que Holmes solucione a morte do fazendeiro Charles McCarthy, aparentemente morto pelo filho.

As Cinco Sementes de Laranja (The Five Orange Pips) – Novembro de 1891. História de uma famí­lia perseguida pela Ku Klux Klan norte-americana.

O Homem da Boca Torta (The Man with the Twisted Lip) – Dezembro de 1891. . Neville St. Clair, um respeitável homem de negócios, desaparece, e a mulher afirma tê-lo visto na janela de uma casa de ópio. Holmes descobre que Neville levava uma vida dupla.

O Carbúnculo Azul (The Adventure of the Blue Carbuncle) – Janeiro de 1892. Um carbúnculo (pedra preciosa) azul é roubado de uma suí­te de hotel e encontrado na garganta de um ganso natalino.

A Banda Malhada (The Adventure of the Speckled Band) – Fevereiro de 1892. A irmã de Helen Stoner morreu misteriosamente í  noite em seu quarto e agora a própria Helen sente-se ameaçada pelo padrasto.

O Polegar do Engenheiro (The Adventure of the Engineer’s Thumb) – Março de 1892. Um engenheiro é contratado para consertar uma máquina misteriosa num local ermo, no meio da noite. Desconfiado, faz perguntas indiscretas, ao que tentam matá-lo. Consegue fugir, mas tem o polegar decepado.

O Nobre Solteirão (The Adventure of the Noble Bachelor) – Abril de 1892. Sherlock Holmes desvenda o desaparecimento da noiva americana de Lord St. Simon logo após o casamento.

A Coroa de Berilos (The Adventure of the Beryl Coronet) – Maio de 1892. . Como garantia de um empréstimo, um banqueiro recebe uma coroa de berilos valiosí­ssimo, que resolve guardar em casa. No meio da noite, flagra o filho com a coroa na mão, da qual faltam algumas pedras.

As Faias Acobreadas (The Adventure of the Copper Beeches) – Junho de 1892. Violet Hunter recebe uma oferta para ser governanta, por um salário anormalmente alto, numa casa misteriosa, que abriga um segredo. Desconfiada, aciona Sherlock Holmes.

 Conan Doyle foi escritor e médico, nasceu na Escócia e apenas sobre Mr Holmes escreveu mais de 60 histórias. Ele foi um prolí­fico escritor: tem trabalhos de ficção cientí­fica, novelas históricas, peças e romances. Escreveu poesias e também obras de não-ficção.

Com certeza lerei mais Conan Doyle. Adorei e recomendo.

Um escritor bem bacana: conheça Pierre Gripari

Semana passada fomos a uma feira de livros e meu filho pediu que comprássemos o livro Contos da rua Brocá, de Pierre Gripari. Ele conheceu o livro na escola, mas eu nunca nem tinha ouvido falar no escritor. Uma breve folheada foi bastante para eu me interessar.

Pierre Gripari é realmente mais conhecido do público como escritor infantil. O Contos da Rua Brocá é seu trabalho mais famoso, tendo sido publicado em 1967 . Inclui várias histórias que caracterizam o cenário familiar fantástico de um distrito da Paris contemporânea. Alguns personagens são filhos de imigrantes, mas também são objetos, legumes, bruxas… A convivência é harmônica. Ou talvez não.

Eu adorei a história da batata que desejava ser batata frita e também a da bruxa do armário. Vale demais como presente para crianças de 8 a 12 anos ou mais. Eu, já com algumas décadas, adorei e vou procurar outros livros do autor, infantis ou não. O público aqui de casa é heterogêneo. 🙂

Pierre Gripari nasceu de pai grego e mãe francesa e ambos morreram durante a Segunda Grande Guerra. í“rfão e sem condições financeiras, abandonou os estudos e começou a trabalhar em toda sorte de atividades, até que em 1946 se ofereceu para servir í s tropas aéreas. Em determinado momento larga tudo e dedica-se í  literatura, mas as dificuldades em ser reconhecido o colocam em estado de pobreza.

Pierre Gripari foi rejeitado sucessivamente por dezessete editores e só em 1974 encontrou uma editora  (L’Age d’Homme) que lhe deu total liberdade, aceitando sistematicamente todos os seus livros.

Também foi crí­tico teatral, colaborador do Espetáculo Mundial e da Defesa do Ocidente , periódicos da época, e falava frequentemente no rádio, em duas empresas ideologicamente diferentes: a Rádio Courtoisie , que retransmite regularmente uma longa conversa sobre Gogol,  e a France Culture

Eu achei muito interessante o fato dele ter participado da Rádio Courtoisie. Quando fui pesquisar sobre Gripari esperei que houvesse a informação de que ele se inspirara em Gogol, mas nada encontrei. Apenas que ele participava da rádio e que falava russo. Então, logo já admiti que ele leu Gogol no original e que gostava tanto do autor que tomou para si seu tom surrealista. Gogol foi o precursor de alguns dos escritores mais famosos do mundo. Não me admiraria se fosse também de Pierre Gripari.

Leia aqui o que eu achei do Capote e de outros contos de Gogol!

Personalidade

Membro da Mensa, ele se definia como “um marciano observando o mundo dos homens com uma curiosidade divertida, estranha ao mundo terrestre. Levou uma vida indiferente a ambições materiais. Segundo ele, “Há sacrifí­cios. O prazer de escrever vale tudo isso. “

Comunista com tendência stalinista dos anos de 1950 a 1956, posteriormente se aproximou dos cí­rculos da extrema direita, mas não tinha compromisso polí­tico. O que ele mais queria era apontar o folclore da religião, sendo bastante irônico em seus livros e contos.

Gripari explorou praticamente todos os gêneros. Foi excelente conhecedor do patrimônio literário nacional e soube aproveitar ao máximo os mitos e o folclore popular, sem desprezar as histórias de fantasia e a ficção cientí­fica. Criou um universo inteiro. 

As únicas histórias em que estou interessado“, escreve ele em “Back-World “, são aquelas que tenho certeza desde o iní­cio que nunca aconteceram, nunca acontecerão, nunca acontecerão“.

Vivia a homossexualidade sem aparentes problemas. Escrevia muito sobre o assunto, bem como sobre a história do século XX e fazia duras crí­ticas ao monoteí­smo, especialmente í  religião judaica, o que fez com que – em muitos momentos – fosse chamado de anti-semita.

Os contos de Gripari já nos renderam várias noites de muitas risadas, gargalhadas inclusive. O difí­cil é parar de ler para ir dormir. Quando tiver a oportunidade de ler alguma obra adulta menciono por estas bandas. Minha lista de livros está tão grande… ui.

O francês morreu aos 65 anos, em Paris, em decorrência de complicações operatórias, foi cremado e teve suas cinzas espalhadas no cemitério de Pí¨re-Lachaise.

O que já lemos de Monteiro Lobato

Fizemos em conjunto com os meninos uma lista dos mais importantes livros infantis de Monteiro Lobato. Aos poucos vamos lendo todos, respeitando, claro, a compreensão e interesse deles.

O Minotauro, por exemplo, nós tentamos ler no iní­cio deste ano. Chegamos ate quase a metade, mas notei que estavam sem interesse, então posterguei a continuação.

A lista ficará aqui na postagem e, na medida em que formos terminando cada obra, vamos sinalizar em negrito. Nos ajuda a fixar a ordem cronológica da escrita de Monteiro Lobato e também a definir a nossa próxima leitura.

LEITURAS DE MAMíƒE, PAPAI E CRIANí‡AS

  • 1921 – O Saci
  • 1922 – Fábulas
  • 1924 – O Garimpeiro do Rio das Garças
  • 1927 – As aventuras de Hans Staden
  • 1930 – Peter Pan
  • 1931 – Reinações de Narizinho
  • 1932 – Viagem ao Céu
  • 1933 – Caçadas de Pedrinho
  • 1933 – História do Mundo para as Crianças
  • 1934 – Emí­lia no Paí­s da Gramática
  • 1935 – Aritmética da Emí­lia
  • 1935 – Geografia de Dona Benta
  • 1935 – História das Invenções
  • 1936 – Dom Quixote das Crianças
  • 1936 – Memórias da Emí­lia
  • 1937 – Serões de Dona Benta
  • 1937 – O Poço do Visconde
  • 1937 – Histórias de Tia Nastácia
  • 1939 – O Picapau Amarelo
  • 1939 – O Minotauro
  • 1941 – A Reforma da Natureza
  • 1942 – A Chave do Tamanho
  • 1944 – Os 12 trabalhos de Hércules (2 volumes)
  • 1947 – Histórias Diversas

Lemos na seguinte ordem:

  • Histórias de Tia Nastácia
  • Reinações de Narizinho
  • A Reforma da Natureza
  • O Saci
  • Memórias de Emí­lia
  • O Garimpeiro do Rio das Garças
  • O Picapau Amarelo
  • O Minotauro (não terminamos)
  • A Chave do Tamanho
  • Caçadas de Pedrinho

É preciso dizer que muita leitura nova e diferente tem sido feita em casa. Eles tem trazido muitos livros da escola e então damos preferência a estes, claro.

Também, os livros ainda não lidos são realmente para crianças um pouco maiores. Na medida em que eles forem crescendo irão se interessar pela Aritmética da Emí­lia, por exemplo, ou Emí­lia no Paí­s da Gramatica.

Livros como o Minotauro e Os 12 trabalhos de Hércules exigem uma maturidade maior também, coisa que os dois, que fizeram 8 anos há pouco, não possuem.

Seyit e Shura, de Nermin Bezmen

Em 2018 acompanhei pelo Netflix a série Seyit e Shura, um romance daqueles impossí­veis, em que as famí­lias dos respectivos amantes não aprovam a união. No caso, na época dos acontecimentos, o amor entre um turco de famí­lia muçulmana e uma russa cristã não era cogitado, principalmente pelos turcos mais conservadores.

Depois de um tempo descobri que a série foi baseada em uma história real, contada pela neta de Kurt Seyit e me interessei em ler o livro. E é bacana, um livro de quase 3 décadas de existência, a propósito. Além do relato da paixão intensa dos protagonistas, Nermin Bezmen conta um pouco da Revolução Russa e dos conflitos existentes na região da Turquia das décadas de 20/30. Ela fez um pesquisa intensa de sua própria famí­lia e também conseguiu relatos de familiares da russa Shura, conseguindo dados impressionantes do que foi a vida dos dois namorados.

Como não quero dar spoilers vou ficando por aqui, deixando mesmo apenas um registro de mais esta leitura. Fique com o suspense de como o casal passou pelas agruras da Revolução Russa, o que aconteceu com cada um e como foi o destino de ambos. Ficaram juntos? 😉

Page 4 of 12

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén