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Identidade, de Marco Simas

Este livro foi presente de uma amiga e colega de trabalho no Natal de 2018. O autor é mineiro, atualmente residente no Rio de Janeiro, cineasta e roteirista. Já publicou outros dois livros, Bárbara não quer perdão e O último trem, dois volumes da trilogia ” Aqui estamos nós”, que termina exatamente com Identidade.

Identidade – o último da trilogia – é um thriller excepcional. Li em duas tardes. É daqueles livros que você esquece o mundo ao redor. Você quer terminar a leitura, mas não quer que o livro acabe. A história é genuinamente brasileira: famí­lia de polí­tico corrupta, prostituição, disputa pelo poder a qualquer custo, paixão e violência.

O autor narra de maneira muito fluida o encontro de dois jovens marginalizados pelas circunstâncias e unidos pela vontade de viver uma vida normal. Ane foi violentada e prostituí­da. Joe, um assassino a serviço de um poderoso grupo polí­tico-financeiro. Desse encontro nasce um amor impossí­vel, trágico e definitivo. A narrativa é muito bem arquitetada, os personagens são bens construí­dos; o autor é definitivamente talentoso.

E acho mesmo que o texto de Identidade deveria se tornar filme ou série de TV. Aposto que faria muito sucesso. Enfim, indico demais este livro. Sua leitura me deu muito prazer.

A Transparência do Tempo

A Transparência do Tempo, de Leonardo Padura, foi presente de uma amiga querida durante o perí­odo em que eu estava me recuperando do joelho. Foi uma boa leitura, interessante para compreender melhor a realidade de Cuba.

Padura relata um pais amado, de gente boa de vida difí­cil. A pobreza e a escassez de produtos básicos estão na obra de forma enviezada, por exemplo quando os personagens se alegram por poder tomar um café decente. Não há crí­ticas tão diretas ou duras ao regime, Padura ama viver em Cuba, mas o escritor não faz questão de relatar um pais sem máculas ou dificuldades.

Pesquisei sobre Padura e li que ele mesmo se diz preterido em seu paí­s natal. Em razão de suas crí­ticas ao regime provavelmente, mas ele é o cara que diz que “precisamos refundar a utopia”, ele ama Cuba e não pretende deixá-la.

Em A transparência do tempo, seu último romance, há um trânsito entre a Guerra Civil Espanhola e o cotidiano da Cuba imediatamente anterior í  morte de Fidel Castro. A história versa sobre o famoso ex-policial cubano Mario Conde, que percebe o encolhimento da oferta de livros usados cuja revenda vinha sendo seu ganha-pão. Aparece, então, um ex-colega de escola e lhe oferece o trabalho de recuperar a estátua de uma Virgem negra que lhe fora roubada. Com o passar das investigações, Conde percebe que a peça é mais valiosa do que imaginava.

Há capí­tulos intercalados, nos quais o autor relata as lendas que envolvem a imagem da santa, tendo como pano de fundo a Catalunha, desde a Idade Média até a Guerra Civil Espanhola. Pela Cuba contemporânea Conde ronda dois polos da mesma moeda: o submundo dos cortiços, o tráfico de drogas e o ambiente tóxico dos colecionadores de arte, várias vezes envolvidos em contrabando e venda ilegal de obras. Padura fala de catolicismo e da santerí­a (que seria o Candomblé cubano?) sincretizados, o que torna o livro bastante interessante.

Leonardo Padura Fuentes nasceu em Havana em 1955. Pós-graduou-se em Literatura Hispano-Americana, é romancista, ensaí­sta, jornalista e autor de roteiros para cinema. Ganhou reconhecimento internacional com a série de romances policiais Estações Havana, adaptada para o cinema e que inclusive assistimos no Netflix. Padura também escreveu O homem que amava os cachorros, considerada sua obra principal, e Hereges, tendo recebido diversos prêmios de Literatura.

Crime e Castigo

Então… Comecei a ler Crime e Castigo, de Dostoiévski, em janeiro deste ano, quando nem sonhava que levaria um tombo, machucaria gravemente o joelho e ficaria um bom perí­odo de repouso. Após a queda e passados os primeiros dias de aflição com a situação, continuei a leitura, o que me garantiu tardes nada monótonas.

Penso que falar do enredo é chover no molhado, pois temos um sem número de resenhas e textos a respeito. Mas, afinal, porque ler Crime e Castigo?

Porque o livro não trata de uma simples história de assassinato; muito além disso: ele vai fundo na natureza humana. É um debate sobre a moral e a legalidade, um estudo sobre o remorso, sendo que o crime é apenas o pano de fundo para a análise da consciência do criminoso.

O texto de Crime e Castigo é estudado na psicologia, na sociologia e na filosofia e influenciou inúmeros pensadores ocidentais. Nietzsche, Freud, Sartre beberam suas palavras e o estilo literário influenciou Camus, George Orwell, Proust, Kafka e Hemingway.

Sem mais palavras para este obra: apenas um clássico que não perderá sua majestade. Podes crer.

Caçadas de Pedrinho

Caçadas de Pedrinho foi o nosso nono livro da coleção infantil de Monteiro Lobato. Divertido e irônico (principalmente quando se refere í s atitudes dos funcionários públicos que foram ao sí­tio recuperar o famoso paquiderme), nos trouxe bons momentos de diversão.

Os dois, como sempre, adoraram a leitura, acompanhada de algumas reflexões sobre a época em que o livro fora escrito, especialmente em razão da propriamente dita caçada da onça. 🙂 Com 07 anos eles já conseguem compreender que o mundo muda, evolui (preferencialmente) e que toda leitura precisa ser balizada e interpretada.

Daremos uma breve pausa nos livros de Monteiro Lobato e daremos iní­cio í  série de livros Diário de Pilar, indicada por amigos nossos. Parece muito interessante, já até pegamos o nosso primeiro na Biblioteca Pública.

Livros pretendidos para 2019

Para o ano de 2019 farei a lista de leitura contendo os livros que deixei de ler em 2018, acrescentando os que ganhei no Natal e durante meu perí­odo de recuperação do joelho.

Em verdade, estou com vários livros novos pra ler, muitos sobre a situação polí­tica e social do paí­s. Mas tenho dado preferência para a ficção, pra distrair um pouco. A vida em 2019 não será fácil, com todo o cenário que temos presenciado. Tá osso, tá rude.

Vamos aos livros:

  1. A grande história da evolução, do Dawkins;
  2. Os demônios, de Dostoiévski;
  3. Crime e castigo, de Dostoiévski;
  4. Irmãos Karamazov, de Dostoiévski;
  5. Fantasmas no cérebro, de Ramachandran;
  6. As aventuras de Sherlock Holmes, de Conan Doyle;
  7. Clube da Luta, de Chuck Palahniuk e
  8. Praticamente Inofensiva, de Douglas Adams.
  9. Identidade, de Marcos Simas;
  10. Seyit e Shura, de Nermin Bezmen;
  11. O Processo, de Kafka.
  12. A transparência do tempo, de Leonardo Padura. 

obs: Li apenas 06 livros em 2019, que lástima! 🙁

Um estudo de A Chave do Tamanho

Bastante interessante “Um Estudo de A Chave do Tamanho”, de *Thiago Alves Valente. Li enquanto lia para os meninos a Chave propriamente dita e fiquei bastante interessada nos pontos ressaltados por Thiago. Esta obra de Lobato, lançada em 42, já na maturidade do autor, não recebeu a atenção que merecia. E isto é facilmente percebido.

A Chave foi escrita e publicada em pleno desenrolar da Segunda Guerra Mundial e traz questões darwinianas clássicas, como evolução e adaptação. Não í  toa, moderna e avançada para o seu tempo, foi marcada pela dicotomização polí­tica tí­pica daquele pós-guerra e por “discussões que puseram na berlinda a postura transgressora e relativista da obra na formação das crianças e jovens”, nos dizeres de Thiago Valente.

Naquele perí­odo (como parece ser o nosso também) falar sobre ciência para crianças era revolucionário e Monteiro Lobato foi acusado de estar doutrinando as crianças brasileiras para o comunismo. Realmente, Lobato deu atenção í  ideias comunistas em algum momento de sua vida – o que encaro com bastante respeito, inclusive. Mas é de pobreza extrema de espí­rito tomar a obra A Chave do Tamanho como um texto de Comunismo para crianças, como o fez o Padre Sales Brasil, 10 anos após a morte do escritor. Como diz Thiago Valente, tornou-se notória e exemplar – no mau sentido – o modo ligeiro com que muitas vezes foi lido esse texto tão original de Lobato.

Enfim, nesta obra ciência e polí­tica são elementos da vida cotidiana da turma do sí­tio. Os dois temas entram na construção da narrativa. O relativismo também é a chave para propiciar a experiência de um mundo sob outra perspectiva e para permitir o rompimento dos limites entre realidade e fantasia.

Fala-se em morte, seja na guerra, seja em decorrência do apequenamento e é um dos poucos livros infantis cuja história se passa no conflito mundial, sendo que as narrativas são bem realistas: “Aviões sobrevoam a cidade em exercí­cio de guerra. Moças da classe média apressam-se, em uniformes brancos, para servir í  nação com o exercí­cio da enfermagem. Batalhões marcham nas datas cí­vicas: bravura, ´pão de guerra´, gasogênio – a cidade de São Paulo í  década de 1940.”.

Lobato já havia, de fato, falado de guerras em obras adultas e também nos livros infantis História do Mundo para Crianças, Geografia de Dona Benta e Reforma da Natureza. Na Chave do Tamanho, contudo, o assunto vem com força total e com grande caráter pedagógico, visando í  formação de novas gerações. Vale ressaltar o que Thiago Valente afirma categoricamente: o livro se opunha frontalmente a discursos oficiais nos quais a guerra constantemente aparecia como momento de manifestação dos atos mais heróicos ou dos valores morais sublimes. Lobato tinha, então, uma visão bem mais progressista, não sei se posso dizer globalista, do mundo e das relações de poder. Ele se destacava a ponto de os conservadores acusarem-no de propagar ideais heréticos e pagãos. E especialmente na Chave do Tamanho cuidou para que a ciência fosse mostrada de forma bastante coloquial, sendo bem claro que aos sábios cabe mostrar í  humanidade a melhor forma de se usar o conhecimento.

Enfim, gostei bastante de ler a análise de *Thiago Alves Valente. Não sou expert em literatura, apenas uma leitora interessada. Então sua dissertação de mestrado me abriu os olhos, me deu chances para uma melhor interpretação do texto e também de seu autor. Somente a propósito, vivemos em uma época difí­cil. Uma época de anti-intelectualismo. A ciência e os doutos são incômodos. A massa segue aquele que mais grita e xinga. A mim me parece que Lobato nunca foi tão necessário.

*Thiago Alves Valente é Professor do Centro de Letras, Comunicação e Artes da Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP. Atua como pesquisador nos temas literatura brasileira, literatura infantil, literatura juvenil e leitura.

Monteiro Lobato com as crianças

Até o fim de maio já haví­amos lido juntos alguns livros de Monteiro Lobato. Após esta data lemos O Picapau Amarelo, O Minotauro (até a metade) e A Chave do Tamanho. Estamos agora no meio de Caçadas de Pedrinho.

No Picapau Amarelo todos os personagens do mundo das fábulas decidem se mudar para o Sí­tio do Picapau Amarelo e, para conseguir acomodar todo mundo, Dona Benta compra todas as terras próximas ao sí­tio para proporcionar maior conforto os personagens. No caso do Minotauro, nós tivemos um probleminha. Acho que o livro não é muito indicado para a idade dos meninos. Na verdade foram eles mesmos que me pediram este tí­tulo, mas quando estávamos quase na metade eu percebi que o interesse estava baixo. Há muito sobre os filósofos gregos, muitos nomes de lugares históricos etc. Para eles, ainda com 7 anos de idade, ficou um pouco enfadonho. Retomaremos este livro daqui a um tempinho.

A Chave do Tamanho foi muito adorada. É um livro muito bom mesmo, inclusive para nós adultos. Vou fazer uma postagem especial sobre esta obra, pois li uma dissertação de mestrado a respeito e penso que vale resumi-la aqui.

Por ora estamos lendo Caçadas e estamos todos adorando.

Me esqueci, no post de maio, de dizer que lemos ano passado As Histórias de Tia Nastácia. Eram histórias curtas, adaptações de histórias folclóricas brasileiras, mas também de outros paí­ses como Irã e Rússia. É um livro bem diverso, mas eu, pessoalmente, não fiquei muito empolgada. Achei que muitas histórias são sem pé nem cabeça, estranhas mesmo. Acho que Lobato desejava mesmo desprezar os contos populares brasileiros. A pesquisar.

Instruções para enfrentar o mau tempo

Instruções para enfrentar o mau tempo, por Alejandro Robino 

Em primeiro lugar, não se desespere.
E em caso de agitação não siga as regras que a repressão quiser impor.
Refugie-se em casa e feche as trancas quando todos os seus estiverem a salvo.
Compartilhe o mate e a conversa com os companheiros,
os beijos furtivos e as noites clandestinas com quem lhe assegure ternura.
Não deixe que a estupidez se imponha.
Defenda-se.
Contra a estética, ética.
Esteja sempre atento.
Não lhes bastará empobrecê-lo, e vão querer subjugá-lo na sua própria tristeza.
Ria ostensivamente.
Tire sarro: a direita é mal comida!
Será imprescindí­vel jantar juntos, a cada dia, até que a tormenta passe.
São coisas simples, mas nem por isso menos eficazes.
Diga para o compa: bom dia, por favor e obrigado.
E tomar no cu, para os de cima.
Atire tudo o que puderes, mas nunca sozinho.
Eles sabem como emboscá-lo na solidão desprevenida de uma tarde.
Lembre-se que os artistas serão sempre nossos.
E o desprezo será eterno para o bando de impostores que os acompanham.
Tudo vai ficar bem se você me ouvir.
Sobreviveremos novamente, estamos prontos.
Cuidemos dos jovens, que “eles” vão querer podá-los.
Só é preciso preparar-se bem e não amesquinhar amabilidades.
Devemos ter sempre í  mão os poemas indispensáveis, o vinho tinto e o violão.
Sorrir aos nossos pais, como vacina contra a angústia diária.
Ser generosos com os amigos.
Não confundir os ingênuos com os traidores.
E, mesmo com estes, ter o perdão quando acabarem com suas ilusões.
Aqui ninguém sobrará.
E, para isto, ser perseverantes e tenazes,
escrever religiosamente todos os dias, todas as tardes, todas as noites.
Ainda que sustentados na teimosia se a fé desmoronar.
Nisso, não haverá trégua para ninguém.
A poesia dói para esses filhos da puta!

 

Alejandro Robino é dramaturgo, diretor de teatro, professor, escreveu desde 1991 mais de dez peças teatrais e dirigiu mais de vinte espetáculos. Suas peças foram estreadas e publicadas na Argentina e no exterior, além de obterem prêmios na especialidade. Ele leciona na Universidade de Buenos Aires,  no Teatro del Pasillo e em sua oficina privada. De contí­nua atividade pedagógica itinerante em seu paí­s e no exterior, ditou inúmeros cursos, oficinas e seminários nas disciplinas: atuação, direção, dramaturgia e análise textual.

Uma breve história do século XX, de Geoffrey Blainey

Terminei o livro Uma breve história do século XX, de Geoffrey Blainey.  Indico? Talvez. É um resumo bastante simplório, o texto não é lá grandes coisas, mas se você deseja apenas um apanhado do século XX, uma breve recordação dos fatos mais importantes e/ou famosos das décadas, ok, vá em frente. Para o que eu queria… valeu. Mas não é um livro de pesquisa, vamos dizer assim.

Geoffrey Blainey é  historiador, professor e escritor australiano que tornou-se mundialmente famoso ao escrever o livro “Uma Breve História do Mundo”. Posteriormente escreveu  “Uma Breve História do século XX”, livro que também foi bestseller internacional. Ele é autor de mais de 30 livros, em verdade, mas penso que estes são os mais populares e ao alcance da galera.

O professor foi aclamado por seu trabalho na disseminação do conhecimento em favor da humanidade. Foi membro de diversas comissões de relações internacionais e amplamente reconhecido pela forma simples de expor temas complexos. Dá pra perceber, por seus textos, que é conservador e religioso, então o leitor precisa ter em mente a linha de pensamento seguida. Enfim, resumão, texto de revista, mas me distraiu por alguns dias.

Se você não tem tempo sobrando, leia o Harari que faz melhor. 😀

 

A ilha do Dr. Moureau, de H. G. Wells

“Cada vez que mergulho uma criatura viva nesse banho ardente de dor, penso: desta vez, queimarei todo o animal até extingui-lo, desta vez produzirei uma criatura racional de acordo com meu desejo. Afinal de contas, o que são dez anos? O homem está sendo aperfeiçoado há cem mil.”

Li A Ilha do dr. Moreau, de H. G. Wells e fiquei muito, muito impressionada. Que livro!

Primeiro temos que mencionar que foi escrito em 1896. Sequer havia acontecido a primeira transmissão de rádio no mundo! Pare um pouco pra pensar de como era aquela época, em que pé estávamos na Medicina, como estávamos em sociedade e em como Wells foi inovador e criativo ao forjar a história de um médico e seus experimentos com genética. Não por acaso H.G. Wells (autor também de Guerra dos Mundos, A máquina do Tempo e o Homem Invisí­vel, dentre outros) é apontado como um dos pais da moderna ficção cientí­fica, tendo influenciado inúmeros escritores – todos fantásticos e imprescindí­veis – como George Orwell, Asimov, Arthur Clarke,  Aldous Huxley, C. S. Lewis e Carl Sagan.

A história é relatada por Edward Prendick que, depois de um naufrágio, é resgatado por Montgomery, passageiro de um barco que leva um grande número de animais para uma ilha perdida no Pací­fico. Prendick é obrigado a ficar na ilha e lá conhece o doutor Moreau (exilado por suas pesquisas controversas na Inglaterra), para quem Montgomery trabalha. Na ilha eles desenvolvem um trabalho duvidoso: recriar a forma humana a partir da remodelagem fí­sica de animais utilizando a hipnose e o processo de vivissecção. A dor do processo serviria para trazer í  tona a humanidade destes animais.
Neste passo, há, na ilha,  homens-porcos, homens-hienas, homens-cães.. Alguns mais tranquilos e dóceis acompanham o mestre. Outros foram abandonados e vivem em bandos, sempre idolatrando Moreau como um deus. Prendick, claro, fica acuado e acaba por colaborar para o iní­cio de uma rebelião entre os habitantes da ilha.
O livro não é exatamente sobre eventuais problemas surgidos com a condução errônea de experimentos cientí­ficos, embora trate da ética cientí­fica. A  ênfase está no comportamento humano, na religião, na polí­tica, nas relações de poder e na evolução. O grande destaque da obra, a meu ver, é para o funcionamento da sociedade semi-humana (Povo Animal), as interações das bestas umas com as outras e com cada um dos personagens humanos. Muito se fala sobre o conceito de civilidade e sociedade em geral.
A Ilha do dr Moreau é daquelas obras que transbordam os limites do seu tempo e atingem todas as outras épocas. São as obras-primas. Não deixe de ler.

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